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sábado, 30 de setembro de 2006

 

Ibope apura: 51% para Maranhão, contra 47% para Cássio

Globonews divulga pesquisa do Ibope dando Maranhão com 51% contra 47% para Cássio. Copia do gráfico divulgado na tv
A Globonews, emissora de canal fechado da Rede Globo, veiculou na madrugada deste sábado, concomitantemente à noticia da queda do avião da Gol, números da ultima pesquisa do Ibope na Paraíba dando a vitória do senador José Maranhão com 51% dos votos contra 47% em favor do governador Cássio Cunha Lima. O advogado Sólon Benevides disse que o diretor da emissora, Humberto Lago, negou a informação, mas o portal WSCOM Online teve acesso ao vídeo e gráfico da pesquisa.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

 

Cássio vence o debate

Como era esperado, o debate entre os candidatos ao Governo da Paraíba terminou mesmo centrado entre Cássio Cunha Lima e José Maranhão – os dois principais contendores desta disputa estadual, apesar do respeito merecido pelo representante do PSOL, David Lobão. Os dois principais candidatos atraíram para si a atenção porque em torno deles está a perspectiva de poder e a possibilidade real de implementação de políticas a serem transformadas a partir de propostas de agora. Se é assim, a leitura conceitual, por que dizer peremptoriamente que Cássio teve melhor desempenho no debate do que o senador Maranhão? Por uma razão simples: o atual governador se apresentou menos tenso, mais objetivo nas respostas e perguntas diante de um adversário com raciocínio lento e embaraçado em algumas abordagens, como se deu no trato da lei que permitia a liquidação das casas populares já em 2002 (durante seu governo). O senador, ficou evidente, começou o debate com semblante fechado e contraditório já a partir da primeira pergunta de David Lobão sobre o elemento da corrupção envolvendo sanguessugas. De cara, Maranhão perdeu a oportunidade de repetir a estratégia lógica trazida a João Pessoa por Lula que, segundo o presidenciável, até prova em contrário, isto é, sem julgamento final, todos – inclusive Ney Suassuna – precisa ser tratado como inocente. O senador sequer citou o nome de Ney, nem de longe repetiu Lula e Ricardo Coutinho. Fixou-se na lógica de Antonio Lavareda esquecendo-se de que hoje a campanha dele e de Suassuna é uma só. Mas, o debate movimentou a leitura dos candidatos em vários temas – educação, saúde, investimentos – mostrando Cássio reproduzindo uma lógica de raciocínio mais objetiva, mesmo que em alguns momentos parecendo mecânico, só que com clareza no que falava. Até mesmo quando David Lobão questionou o olhar Suíço de Cássio em tratar a Paraíba como se fosse primeiro mundo, o candidato à reeleição retrucou o candidato do PSOL lembrando que foi no seu governo a formalização da contratação de Lobão como professor. Maranhão, é preciso também reconhecer, tem história vasta mas não soube expressar com mesma dimensão seu desempenho no trato midiático, ou seja, da midia eletrônica parecendo – como o é, forjado no conservadorismo de uma forma de fazer política distante de métodos atuais. Pode ser que o debate não fulmine por inteiro a cartada, mas vai repercutir sim, isso levando-se em conta que Cássio saiu-se bem melhor. Ainda o Aeroporto A quarta-feira chega como a abrigar um movimento ‘sui generis’ com a presença do presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, na perspectiva de poder alterar o atual projeto de reforma do Aeroporto Castro Pinto, que mais parece obra de rodoviária. A ação, justiça seja feita, é fruto de ação do senador Roberto Cavalcanti. Umas & Outras ...O telemarketing do debate mostrou aos jornalistas o seguinte resultado: Cássio 67 a 13 pró Maranhão. A consulta foi feita simultaneamente com 3 mil pessoas. ...Na quali, contudo, em alguns momentos David se apresentou melhor. ...O pessoal de Ney não gostou do desempenho do companheiro de chapa. ...Já no período da tarde, na TV Miramar, o senador estava com cara fechada. ...Jornalistas e advogados ligados a Maranhão tentavam ontem dissimular, após o debate, que o resultado foi mesmo favorável ao senador. Aliás, criticavam - como é mais óbvio acontecer - as avaliações contra o candidato do PMDB. ... No off, e na conversa de bastidores, muitos deles viviam o clima de baixo astral. ...Na prática, Maranhão não estava no melhor de suas noites. Última “É duro/ tanto ter que caminhar/ E dar / muito mais do que receber...” Do wscom. Walter Santos.
Walter Santos.

Jaldes Menezes avalia debate; ‘Cássio foi mais linear, Maranhão superou nervosismo inicial e Lobão perdeu ganchos fundamentais’wscom Jaldes Menezes, professor da UFPB e doutor em História

O professor Jaldes Menezes, doutor em História pela Universidade Federal da Paraíba, avaliando o debate realizado entre três dos sete candidatos ao Governo do Estado, classificou como ‘razoável’, não atingindo o eleitorado indeciso. “Foi um debate morno, ninguém foi nocauteado. Faltou melhor aproveitamento”, disse. Segundo ele, o debate ficou aquém do esperado, em relação ao promovido em 2002, que, na avaliação dele, influenciou muito o eleitorado. “Este ano, parece que não: quem já ia votar em Cássio permanece com ele, quem ia votar em Maranhão também não vai mudar, e não houve impacto em quem não tinha candidato definido”, declarou. Avaliando os candidatos individualmente, Jaldes viu uma maior linearidade no atual governador e candidato à reeleição Cássio Cunha Lima (PSDB). “Ele poderia ter aprofundado mais a questão da quitação dos débitos, e acabou não fazendo, mas mesmo assim, foi o que demonstrou mais auto-confiança”, pontuou. Para ele, José Maranhão (PMDB) começou muito nervoso mas foi ganhando tranqüilidade ao longo do debate. O professor só considera que ele poderia ter defendido de forma mais incisiva os candidatos da coligação que estão sendo acusados de envolvimento na máfia das ambulâncias superfaturadas. Porém, o que obteve o menor êxito foi o candidato Davi Lobão (PSOL). Para Jaldes, o candidato da Frente de Esquerda até tinha boa retórica, mas perdeu ganchos que poderiam dar um rumo diferente ao debate. “Ele fez um esforço genérico, mas foi um discurso que não condiz com a particularidade do estado. Ele podia ter esmiuçado mais a questão dos cargos comissionados, por exemplo, ou a questão previdenciária, mas optou por ser uma espécie de ventríloquo das formulações gerais de Heloísa Helena”, disse. Jaldes disse ainda que Lobão centralizou seu discurso voltando-se para as classes mais pobres, desconsiderando, segundo ele, um crescimento econômico módico no país. “Esse apelo que ele faz não vai ter efeito. Podia ter feito interlocução mais ampla com a classe média”, disse.
Onivaldo Júnior do wscom.

 

Cássio vence o debate

Como era esperado, o debate entre os candidatos ao Governo da Paraíba terminou mesmo centrado entre Cássio Cunha Lima e José Maranhão – os dois principais contendores desta disputa estadual, apesar do respeito merecido pelo representante do PSOL, David Lobão. Os dois principais candidatos atraíram para si a atenção porque em torno deles está a perspectiva de poder e a possibilidade real de implementação de políticas a serem transformadas a partir de propostas de agora. Se é assim, a leitura conceitual, por que dizer peremptoriamente que Cássio teve melhor desempenho no debate do que o senador Maranhão? Por uma razão simples: o atual governador se apresentou menos tenso, mais objetivo nas respostas e perguntas diante de um adversário com raciocínio lento e embaraçado em algumas abordagens, como se deu no trato da lei que permitia a liquidação das casas populares já em 2002 (durante seu governo). O senador, ficou evidente, começou o debate com semblante fechado e contraditório já a partir da primeira pergunta de David Lobão sobre o elemento da corrupção envolvendo sanguessugas. De cara, Maranhão perdeu a oportunidade de repetir a estratégia lógica trazida a João Pessoa por Lula que, segundo o presidenciável, até prova em contrário, isto é, sem julgamento final, todos – inclusive Ney Suassuna – precisa ser tratado como inocente. O senador sequer citou o nome de Ney, nem de longe repetiu Lula e Ricardo Coutinho. Fixou-se na lógica de Antonio Lavareda esquecendo-se de que hoje a campanha dele e de Suassuna é uma só. Mas, o debate movimentou a leitura dos candidatos em vários temas – educação, saúde, investimentos – mostrando Cássio reproduzindo uma lógica de raciocínio mais objetiva, mesmo que em alguns momentos parecendo mecânico, só que com clareza no que falava. Até mesmo quando David Lobão questionou o olhar Suíço de Cássio em tratar a Paraíba como se fosse primeiro mundo, o candidato à reeleição retrucou o candidato do PSOL lembrando que foi no seu governo a formalização da contratação de Lobão como professor. Maranhão, é preciso também reconhecer, tem história vasta mas não soube expressar com mesma dimensão seu desempenho no trato midiático, ou seja, da midia eletrônica parecendo – como o é, forjado no conservadorismo de uma forma de fazer política distante de métodos atuais. Pode ser que o debate não fulmine por inteiro a cartada, mas vai repercutir sim, isso levando-se em conta que Cássio saiu-se bem melhor. Ainda o Aeroporto A quarta-feira chega como a abrigar um movimento ‘sui generis’ com a presença do presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, na perspectiva de poder alterar o atual projeto de reforma do Aeroporto Castro Pinto, que mais parece obra de rodoviária. A ação, justiça seja feita, é fruto de ação do senador Roberto Cavalcanti. Umas & Outras ...O telemarketing do debate mostrou aos jornalistas o seguinte resultado: Cássio 67 a 13 pró Maranhão. A consulta foi feita simultaneamente com 3 mil pessoas. ...Na quali, contudo, em alguns momentos David se apresentou melhor. ...O pessoal de Ney não gostou do desempenho do companheiro de chapa. ...Já no período da tarde, na TV Miramar, o senador estava com cara fechada. ...Jornalistas e advogados ligados a Maranhão tentavam ontem dissimular, após o debate, que o resultado foi mesmo favorável ao senador. Aliás, criticavam - como é mais óbvio acontecer - as avaliações contra o candidato do PMDB. ... No off, e na conversa de bastidores, muitos deles viviam o clima de baixo astral. ...Na prática, Maranhão não estava no melhor de suas noites. Última “É duro/ tanto ter que caminhar/ E dar / muito mais do que receber...”
Walter Santos ws@wscom.com.br

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

 

Ney desafia a quem provar envolvimento dele

Em depoimento ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ontem, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), citado no relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas por conduta incompatível com o decoro parlamentar, afirmou que não merece as acusações de que está sendo vítima e desafiou os parlamentares a apresentarem “provas concretas” que o incriminem. Nesse caso, garantiu que renunciaria ao mandato e à campanha pela reeleição. Suassuna registrou que tem anos de mandato parlamentar e vários diplomas universitários e disse que não se conforma com a possibilidade de um simples bandido, referindo-se ao empresário Luiz Antônio Vedoin, dono da Planam, pôr abaixo toda sua história com uma simples declaração. “Eu renuncio a meu mandato aqui e agora e também a minha campanha na Paraíba se me apresentarem outra prova, a não ser a de um bandido que uma hora falou “eu acho que ele sabia” e outra hora disse “acho que ele não sabia”. Eu não mereço tudo o que está acontecendo”, desabafou Suassuna. “Esta afirmação não é clara e não há contra mim outra acusação se não essa”, reforçou. Afirmando ser inocente, Suassuna disse que desconhece os personagens da “máfia das ambulâncias” e que nenhum deles o conhece. O senador garantiu que nunca falou pessoalmente ou por telefone com a ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino ou com os empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin, donos da empresa acusada de comandar o esquema de fraudes para a compra superfaturada de ambulâncias com utilização de emendas parlamentares ao Orçamento da União. Suassuna depôs sem a assessoria de advogado e em reunião aberta. Ele estava acompanhado por sua ex-mulher, Tânia, e pelos três filhos - Rodrigo, Diego e Fabrício. “Fiz a melhor defesa que pude. Fui extremamente claro e o mais incisivo que poderia ser”, destacou. Ney disse que está tranqüilo e espera com muita humildade a votação do relatório, que deve acontecer na próxima quarta. Suassuna acusa seu ex-assessor Suassuna também disse que conheceu Marcelo Cardoso Carvalho ao assumir o Ministério da Integração Nacional, onde o ex-funcionário trabalhava como assessor parlamentar e, mais tarde, o contratou para seu gabinete. Suassuna alega que Marcelo Carvalho falsificou sua assinatura. Já o ex-assessor disse que o senador sabia das negociações que promovia e nega ter falsificado qualquer assinatura em pedidos de liberação de emendas do Orçamento da União. A CPI Mista dos Sanguessugas levantou informações sobre depósitos bancários no valor de R$ 21 mil na conta bancária de Marcelo Carvalho. O senador observou que só tinha elogios a Marcelo, que ele era extremamente simpático e dedicado, muito elogiado pelos prefeitos. “Nunca imaginei que isso pudesse acontecer’’, desabafou Suassuna, informando que ao saber das denúncias pela rádio CBN, em maio último, pediu à chefe de gabinete que demitisse Marcelo e o outro funcionário envolvido na denúncia. O senador Jefferson Péres (PDT-AM), relator do processo disciplinar contra Suassuna no Conselho de Ética, questionou o senador paraibano a respeito de uma assinatura em ofício de Suassuna que destinava recursos de R$ 1,6 milhão, que deveriam ser transferidos para a Paraíba, ao Instituto de Pesquisa e Promoção de Educação e Saúde, no Rio de Janeiro. Suassuna disse que abordou o assunto com seu assessor à época, Marcelo Carvalho, e que este teria atribuído o fato a um equívoco. O senador também afirmou que o ofício pode ter sido assinado por ele sem que tenha percebido, quando da assinatura de muitos papéis em seu gabinete. Apesar das explicações, Jefferson Péres quis saber o motivo pelo qual Suassuna não quis averiguar como tal ofício - um assunto considerado grave pelo relator - saiu de seu gabinete. O senador disse que outras pessoas assinaram por ele documentos oficiais, além de seu ex-assessor Marcelo Carvalho, inclusive uma assessora do quadro do Senado, sua chefe de gabinete à época, que pediu para deixar o cargo. Essa assessora, no entanto, segundo Suassuna, assinou “de boa-fé” papéis em seu nome. Relator diz que não há indício de crime Após o depoimento do senador Ney Suassuna (PMDB-PB) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, ontem, o senador Jefferson Péres (PDT-AM), relator do processo disciplinar contra o parlamentar paraibano, afirmou que já tem opinião formada e poderia apresentar seu relatório imediatamente, pois, segundo ele, a oitiva de Suassuna não trouxe novidades. Péres disse que, para elaborar o relatório, consultou documentos, ouviu testemunhas e apreciou todo o comportamento de Suassuna, não apenas em relação à prática de ilícitos penais. Ele ressaltou que pode haver quebra de decoro sem que o parlamentar pratique ilícito penal. “Vamos julgar é se houve ou não quebra de decoro e não se houve ilícito penal. Não estou absolvendo o senador por todo o comportamento dele. Devo deixar claro que um parlamentar, por ações ou omissões, pode ter cometido falta de decoro, quebrado o decoro, sem necessariamente ter praticado ilícito. Não é preciso cometer ilícito penal para cometer quebra de decoro. Um senador pode quebrar o decoro, ter um comportamento indecoroso por muitas outras ações ou omissões que ele praticou”, explicou. Na opinião do relator, não há comprovação nem indício de que o senador Ney Suassuna tenha cometido o ilícito penal de recebimento de propina envolvendo venda superfaturada de ambulâncias com recursos de emendas parlamentares ao orçamento da União. “Quanto ao recebimento de propina pelo senador [Suassuna], ele não precisaria nem se defender. Não há nada no processo que comprove ou mesmo indique como indício forte que o senador tenha se beneficiado das propinas recebidas pelo seu assessor”, disse Jefferson Péres. O senador Suassuna enfrenta processo disciplinar porque seu nome foi incluído no relatório parcial da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas. Péres defende que, se a CPI tem provas da participação do senador, deve encaminhar o relatório ao Ministério Público e à Polícia Federal. Na opinião de Jefferson Péres, quando o senador Ney Suassuna soube que sua assinatura foi falsificada em documentos envolvendo recursos vultosos, deveria ter aberto imediatamente uma sindicância e até mesmo inquérito policial em relação ao assunto. “Cada um tem sua maneira de reagir. Não posso julgar os outros por mim. Eu teria imediatamente pedido a abertura de inquérito policial e não apenas o inquérito administrativo no Senado”, ressaltou o relator. Em relação à negativa de Suassuna quanto a ter perguntado ao presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), se ele não sabia que “90% dos parlamentares tiram uma beirada das emendas ao orçamento”, Péres disse que é inútil fazer acareação entre os parlamentares porque ambos afirmaram com determinação e iriam reiterar o que disseram. DA REDAÇÃO do Jornal da Paraíba.

O Jornal Nacional disse que o relator Jefferson Peres vai pedir a cassação do parlamentar paraibano
O relator nega antecipação de voto à Imprensa. William Bonner e Fátima Bernardes deram informação no Jornal Nacional O Jornal Nacional, principal programa de jornalismo da Rede Globo, nesta quarta-feira, através de seus âncoras – William Bonner e Fátima Bernardes, que o relator Jefferson Peres, da Comissão de Ética no trato do caso das ambulâncias envolvendo o senador Ney Suassuna, vai pedir a cassação do parlamentar paraibano, Em contato, por telefone, Peres disse a Suassuna que não deu informação a nenhum veiculo de comunicação. O casal de jornalistas / âncoras trouxe a informação, sem tape do Jefferson Peres, ao final da edição do Jornal Nacional como fato consumado pela confiança obtida pela equipe de jornalismo, mesmo sem manifestação do senador do PDT. Assim que tomou conhecimento da noticia, o senador Ney ligou para Jefferson Peres de quem ouviu a informação de que não dera nenhuma declaração a nenhum veículos de comunicação nem autorizava ninguém falar por ele antes de ler o relatório na comissão no próximo dia 4. Mesmo assim, desde o Jornal Nacional que o senador do PMDB está reunido com seu staff de campanha para decidir o que fazer a partir de agora com a nova conjuntura. No decorrer desta quinta-feira, Ney deve reunir a imprensa para anunciar suas próximas movimentações. Unidade - O coordenador de comunicação da campanha da coligação “Paraíba de Futuro”, Nonato Bandeira, disse nesta quarta-feira que a campanha se mantém unida, independentemente da informação da Rede Globo. - Agora, mais do que nunca, a campanha está unida e gerando muitos fatos favoráveis à vitória de nossos candidatos – afirmou.

 

Dossiê- Origem/Destino, sequencia e consequencias

» Heráclito liga Lula ao caso do dossiê; Virgílio defende o presidente» Garcia diz que Berzoini continua presidente do PT» Pont reclama da cobertura da imprensa sobre dossiê» Alckmin diz que ninguém mais acredita no Lula
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O candidato à reeleição e presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que, se alguém tentou ajudar o PT com o caso do dossiê contra o PSDB, a prática não ajudou. Para o presidente, "mexer com bandido não dá certo em nenhum lugar" e o caso é grave. Ao ser questionado sobre o envolvimento do partido, que estava quebrado, em suposta compra do dossiê pelo valor de R$ 1,7 milhão, Lula se defendeu: "a minha campanha está cumprindo com aquilo nos propusemos. Eu não gosto de insinuações a mim e nem a adversários. Quero explicações para saber porque integrantes do PT se meteram nessa insanidade".
» Alckmin: ninguém mais acredita no Lula» Entenda o caso de compra do dossiê» Opine sobre a descoberta do dossiê
Durante entrevista concedida ao telejornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo, Lula afirmou que quer saber o que há no dossiê e respondeu a questões sobre outros casos de corrupção no governo, política de juros e a relação do Brasil com a Bolívia. O petista reclamou por não ser perguntado sobre o seu programa de governo.
O dossiê que continha informações ligando José Serra (PSDB), candidato ao governo de São Paulo, e Gerado Alckmin (PSDB), candidato à Presidência, à máfia das sanguessugas e envolveu a participação de petistas foi o principal assunto da entrevista. Lula disse que abomina o caso: "o caso é grave. Você tem partir sempre do seguinte pressuposto: quando alguém usa do dinheiro para prejudicar os outros, não pode ficar assim".
Lula desaprovou o comportamento de petistas que supostamente teriam participado da autoria do dossiê para trazer vantagens a sua campanha. "Eu não acredito neste tipo de comportamento. Se companheiros achavam que descobririam algo muito importante para o PT, eles erraram". No entanto, o presidente afirmou que quer saber quais são as informações do material apreendido pela Polícia Fderal."Eu quero saber afinal o que tem de tão valioso nesse dossiê", disse. Quando questionado sobre medidas preventivas contra a corrupção, Lula respondeu em tom de defesa e disse que sua função enquanto presidente é apenas afastar os envolvidos e não julgá-los.
Segundo a justificativa do entrevistado, Ricardo Berzoini foi afastado do cargo de coordenador da campanha, porque ele não tem condições de dar conta das demandas da campanha já que deve ficar "os próximos 10 dias respondendo perguntas" sobre o dossiê.
Escândalos e corrupção Os jornalistas perguntaram o presidente se ele não considerava suspeito tantos escândalos de corrupção, envolvendo pessoas próximas, acontecerem no primeiro mandato de seu governo. Lula mais uma vez disse que no governo dele está acontecendo o que acontecia em outros governos. Ele também explicou qual tem sido seu posicionamento diante dos escândalos: "há a denúncia, nos afastamos e investigamos a pessoa. Contratamos mais pessoas para a Polícia Federal para investigar as pessoas. Obviamente, o meu papel é só afastar". O petista defendeu ainda o Aloizio Mercadante (PT), candidato ao governo de São Paulo.
BolíviaQuestionado sobre estar sendo carinhoso com a Bolívia, conforme declarou dias atrás ao dizer que nem sempre adiantava ser duro, mas sim carinhoso para negociar com o presidente Evo Morales, estaria resolvendo o problema depois da reapropriação de duas refinarias da Petrobrás pelo governo boliviano, Lula prosseguiu em um posicionamento brando. "Eu confio que a Bolívia tem exata noção da importância do Brasil, assim como o Brasil sabe da importância do gás natural da Bolívia. Se não vender o gás para nós, vai ser difícil vender para alguém. Depois das eleições eu trarei o Evo aqui ou vou ir lá para fazermos um acordo. Ou seja, a Bolívia só tem a ganhar com as parcerias com o Brasil".
Política de juros Lula enumerou os pontos positivos proporcionados pela taxa de juros durante seu governo, considerada alta por muitos críticos. "Você não via isso há 30 anos e está vendo agora. As exportações, os salários e os empregos cresceram. Nós não resolvemos fazer mágica, resolvemos fazer política. Aumentamos o Confins para ajustar a arrecadação das empresas. Exoneramos a cadeia da cesta básica. Mais de R$ 20 milhões de desoneração. Cada vez que as empresas pagam mais impostos, o Brasil arrecada mais", afirmou.

Heráclito liga Lula ao caso do dossiê; Virgílio defende o presidente

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O senador do Piauí Heráclito Fortes (PFL) disse que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é responsável por todas as crises que surgiram durante o primeiro mandato. Já o deputado federal por Minas Gerais Virgílio Guimarães (PT) saiu em defesa do presidente, dizendo que os problemas do PT não são problemas do presidente. Os dois políticos participaram hoje da rodada de entrevistas da rádio CBN sobre os reflexos dos escândalos de corrupção, especialmente o do dossiê contra candidatos tucanos de suposta autoria petista, nas eleições.
"O Virgílio que fala aí é o Virgílio que foi punido pelo PT. O partido absorveu o impacto e ele hoje está integrado à campanha. A oposição em nenhum momento criou factódides, pelo contrário, foi surpreendida por mais este fato do dossiê. A oposição. O governo Lula criou todas as crises", disse Heráclito Fortes ao avaliar o impacto do dossiê nas eleições. Virgílio Guimarães defendeu o presidente ao dizer que este é um problema do PT e não é do governo. Segundo ele, o bom presidente da República tem que saber lidar com crises. "Não é correto essas bombinhas de última hora com o eleitor. O eleitor tem que comparar projetos", afirmou o deputado ao mencionar que a oposição está tirando proveito das recentes denúncias sobre o dossiê na revista Isto É.
"A origem da crise é dentro do PT, é na família do PT, é dentro do Palácio do Planalto", atacou Heráclito em resposta a Virgílio, quando este mencionou que o Lula é ético e colocou em cheque as informações sobre o último caso de corrupção, porque a imprensa estaria envolvida na negociação do dossiê.


Pont reclama da cobertura da imprensa sobre dossiê

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Em entrevista ao jornal Zero Hora, o secretário-geral licenciado do PT e candidato a deputado estadual pelo Rio Grande do Sul Raul Pont acredita que a cobertura dos meios de comunicação sobre o episódio do dossiê ataca o PT e não esclarece as acusações sobre José Serra.
O dossiê contra Serra teria sido encomendado por petistas para prejudicá-lo na disputa pelo governo de São Paulo. Contudo, o caso tomou proporções nacionais e acabou respingando na reeleição de Lula.
Questionado se não considera grave o envolvimento de petistas no caso do dossiê, Pont disse que "chantagista tem de estar preso. Agora, a cobertura que vocês (a imprensa) estão dando é completamente parcial. Vocês só trataram do PT, como se não existisse uma acusação duríssima (de envolvimento com a máfia das sanguessugas) contra Serra".
Pont disse ainda que o impacto maior do caso deveria ser na campanha de José Serra, "porque o acusado é ele". Sobre o afastamento de Ricardo Berzoini do comando da campanha para reeleição presidencial, Pont avalia que a decisão foi correta.


Alckmin diz que ninguém mais acredita no Lula

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O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, não poupou críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista à rádio CBN, na manhã desta quinta-feira. Segundo o tucano, a credibilidade do petista está arranhada, após denúncias de corrupção e do caso da compra do dossiê, que comprovaria o envolvimento de políticos do PSDB - inclusive do próprio Alckmin e de José Serra - na máfia das ambulâncias. "O que nós vemos diariamente é a corrosão da credibilidade do presidente. Acho que ninguém mais acredita no Lula", disse.
» Lula diz que quer saber o que há no dossiê
Alckmin exigiu respostas do concorrente sobre o caso do dossiê. "Mensalão, Valerioduto e agora R$ 1,7 milhão que ninguém sabe de onde veio para comprar um dossiê e prejudicar a minha campanha. E o presidente diz, mais uma vez, que não sabe de nada. É muito triste o que está acontecendo no Brasil", comentou.
O candidato associou o caso a figuras importantes do PT e afirmou que descarta a possibilidade de o dossiê ter sido tramado por uma única pessoa. "Todo esse esquema foi muito bem elaborado. Envolve diretores de bancos, presidência do partido, gente ligada à campanha. É tudo bem orquestrado. Conta com toda uma estrutura montada."
O tucano garantiu, ainda, que não usará as denúncias para benefícios eleitorais. "Eu não levo essa questão para o lado eleitoral. Para mim, isso tudo é questão de princípio", garantiu.
Segundo Alckmin, as denúncias contra os petistas se repetem devido à impunidade no País. "É como o ladrão de carro, que rouba e continua roubando porque sabe que dificilmente será preso", comparou.
Segundo turnoO candidato Geraldo Alckmin descartou a possibilidade de a eleição presidencial ser decidida em primeiro turno. "É óbvio que haverá segundo turno, porque o povo entende que o Lula desperdiçou sua chance."
"Razões para o impeachment o Brasil teve todas. Se fosse Parlamentarismo, o governo teria caído há um ano e meio atrás. Houve muita tolerância com o governo do PT", completou Alckmin.
PropostasO tucano apresentou algumas propostas de seu programa de governo durante a entrevista desta quinta-feira. Alckmin assegurou melhorias na saúde, na geração de energia e corte nos gastos públicos. "Vou ter um Estado forte. Hoje o Estado é tão fraco que estão roubando dentro deles", disse.
"No dia primeiro de janeiro vou fazer um bom ajuste das contas do governo. Vou cortar gastos com o desperdício. Para que ter o aerolula? Durante meu governo em São Paulo, economizei R$ 4 bilhões", afirmou o candidato.
Alckmin também criticou a postura do governo Lula na questão do gás da Bolívia. "A postura do Lula foi de submissão. O governo tinha de ter recriminado a postura da Bolívia desde o primeiro momento. Isso cria uma insegurança para novos investimentos na América Latina", apontou.
Para o tucano, a saída para o impasse está na força do governo brasileiro. "O presidente do Brasil tem de defender o Brasil e o trabalhador brasileiro. O Lula coloca na frente dos interesses do Brasil os interesses dos 'companheiros'."

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

 

Deputado Ruy Carneiro diz que não tinha dinheiro para pagar tratamento da mulher

"A minha esposa sofreu um acidente na região maxilar e precisou fazer um tratamento que custava, à época, R$ 50 mil. Como não tínhamos este dinheiro, sugeri que ela pedisse ajuda à Casa Civil do Governo do Estado".
Foi a explicação que o deputado Ruy Carneiro (PSDB) deu nesta terça-feira (19), durante entrevista ao programa Correio Debate, para explicar a doação feita pelo Governo à mulher dele, Emília Mendonça Limeira Ferreira, para pagar o tratamento dentário.
Em nenhum momento da entrevista o deputado negou que a mulher tenha sido beneficiada com a liberação dos R$ 10 mil oriundos dos cofres do Governo do Estado, sempre ressaltando, no entanto, que havia sugerido a ajuda ao Governo por não dispor do dinheiro para o tratamento que Emilia Mendonça necessitava no momento.
Em determinado momento da entrevista, Ruy disse que "teria vergonha se tivesse roubado algum dinheiro ou empregasse minha esposa no meu gabinete. Existem vários casos semelhantes ao da minha esposa, de pessoas que não têm recursos para custear tratamentos médicos", salientou o deputado.
(Eliseu Lins do Correio da PB)

Odontólogo desmente Ruy Carneiro
O odontólogo Talvane Sobreira enviou nota, ontem, ao CORREIO, contestando declarações do deputado estadual Ruy Carneiro (PSDB), sobre tratamento dentário feito por sua esposa, a funcionária do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), Maria Emília Mendonça Ferreira, contemplada com ajuda financeira de R$ 10,9 mil do Governo no ano passado. Na defesa de sua mulher, Ruy chegou a dizer que Emília tinha feito parte do tratamento com Talvane Sobreira.
Segundo o odontólogo, Emília não foi atendida por ele no ano passado. Ele afirmou que a mulher de Ruy fez um implante dentário em sua clínica há nove anos e que pagou a importância de R$ 1,5 mil.
"Em resposta às declarações dadas pelo Sr. Ruy Carneiro, venho de público esclarecer que o tratamento realizado em sua esposa, Sra. Maria Emília Mendonça, foi efetuado há aproximadamente nove anos atrás. Tratava-se de um implante que foi colocado na região de incisivo superior perdido, não logrando sucesso na primeira cirurgia, a um custo de R$1.500,00", diz um trecho da nota.
E acrescenta: "Foi, então, colocado um novo implante da marca alemã Frialit, aproveitando a minha vinda daquele país (Alemanha) com nova tecnologia, sem nenhum ônus para a paciente, conduta esta que adoto desde que comecei a fazer implantes há mais de 11 anos".
"Quero esclarecer, ainda, que a paciente não mais retornou ao meu consultório para a finalização do tratamento, procurando um colega protesista para a colocação da prótese e finalização do tratamento", conclui a nota.
Talvane Sobreira é especialista pela em cirurgia Buço Maxilo Facial, pela Faculdade de Odontologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). É membro da Sociedade Brasileira de CTBMF (Cirurgia em Técnica Buço Maxilo Facial).
Também é membro da Sociedade Latino Americana de CTBMF (Cirurgia em Técnica Buço Maxilo Facial) e da Associação Internacional de Cirurgia Buco Maxilo Facial e mestre em Diagnóstico Bucal pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba) e UFBA (Universidade Federal da Bahia), além de diretor Científico da Associação Brasileira de Analgesia e Sedação Consciente.
Sinap quer lista de beneficiados
O presidente do Sindicato dos Administradores da Paraíba (Sinap), Lúcio Flávio Costa, protocolou documento na Casa Civil do Governo do Estado, ontem, pedindo informações sobre ajudas financeiras dadas a centenas de pessoas, em valores muito altos, contemplando aliados do governador Cássio Cunha Lima (PSDB), conforme foi denunciado pela imprensa paraibana.
Com as informações em mãos, Lúcio Flávio pretende encaminhar uma Ação Popular na Justiça. Lúcio Flávio vê, na distribuição de dinheiro da área social, para algumas pessoas, ato lesivo aos recursos públicos. Ele acha que há ilegalidade e imoralidade na atitude do Governo de distribuir o dinheiro público para algumas pessoas (sob alegação de ajuda para tratamento de saúde), enquanto a grande maioria do povo pobre sofre e morre á míngua em hospitais públicos sem remédios, sem equipamentos e totalmente sucateados.
De acordo com Lúcio Flávio, a prova de que o dinheiro público está financiado aliados do governador está nas ajudas dadas aos ex-deputados João Fernandes e Gilbran Asfora, à mulher do deputado Ruy Carneiro, Emília Mendonça, entre outras pessoas. Ele quer que o Governo forneça informações a partir do anos de 2003, quando o governador Cássio Cunha Lima assumiu a Chefia do Poder Executivo. (Eliseu Lins do Correio da PB)

 

Luciano Cataxo! Essa ninguém esperava

Prefeitura de JP beneficiou pai de Luciano Cartaxo com R$ 5,4 mil
(LÍVIA KAROL ARAÚJO)
O pai do vereador Luciano Cartaxo (PT), ex-líder do prefeito Ricardo Coutinho na Câmara Municipal de João Pessoa e candidato a vice-governador na chapa do senador José Maranhão (PMDB), foi beneficiado com o valor de R$ 5.430,00 em medicamentos pela prefeitura da capital. Segundo consta na Relação de Empenho da prefeitura, os medicamentos foram adquiridos em março deste ano pela Secretaria de Saúde de João Pessoa e repassados para Célio Pires de Sá, pai do vereador. Os produtos foram comprados em uma farmácia que funciona no centro da capital. De acordo com Roseana Meira, secretária de Saúde do município, Célio Pires de Sá, aposentado, solicitou ajuda dos medicamentos à Secretaria de Saúde obedecendo aos critérios de escolha e seleção da secretaria, sem que fosse dada qualquer atenção especial pelo fato de ter um parentesco com o líder do governo na Câmara. “Ele nos trouxe uma solicitação, o receituário do médico e seguiu todo o processo, inclusive uma assistente social fez uma visita à residência dele antes de nós liberarmos a compra dos medicamentos”, explica Roseana. A secretária de Saúde considera que a divulgação dessas informações foi essencialmente “política” já que Luciano Cartaxo, na época líder do prefeito Ricardo Coutinho na Câmara Municipal, disputa o cargo de vice na chapa de José Maranhão. O vereador Luciano Cartaxo não comentou a informação porque estava em uma reunião. A secretária ainda esclarece que este procedimento é transparente e está disponível para quem quiser conferir o trâmite da solicitação. “A secretaria recebe, diariamente, pedidos aleatórios ou via Curadorias, de medicamentos caros, leites especiais e materiais médicos”, afirmou. “Nos últimos meses, nós autorizamos a compra de um medicamento no valor de R$ 12 mil para uma criança com síndrome de Down e que precisava passar por uma cirurgia cardíaca”, ressaltou. “Isso não é utilização indevida de verba pública”, comentou. Outro fato que chama a atenção é que a Prefeitura de João Pessoa empenhou, ano passado, R$ 4.441,76 para a compra do medicamento Viagra, destinado a um único paciente. Roseana Meira explicou que se trata de um paciente que sofre de hipertensão pulmonar grave e que está em tratamento há mais de um ano com este remédio. “As pessoas podem até entender de forma equivocada, mas este medicamento é utilizado, sim, no tratamento da hipertensão pulmonar. Inclusive, o receituário deste paciente está assinado por uma médica pneumologista”, ressalta. Ela ainda esclareceu que o mesmo paciente já passou por uma cirurgia no Rio Grande do Sul para minimizar os efeitos da doença, mas precisa dar continuidade ao tratamento com remédios contínuos e entre eles está o Viagra.

Secretária Roseane, indignada com denúncia, chama Cássio de irresponsável
Nota divulgada ontem à noite pela Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de João Pessoa informa que a secretária de Saúde de João Pessoa, Roseana Meira, reagiu com indignação às acusações feitas pela coligação liderada pelo governador Cássio Cunha Lima (PSDB) de que a Prefeitura teria comprado medicamentos para parentes do vereador Luciano Cartaxo, incluindo até viagra entre estes medicamentos.
“Isso é uma irresponsabilidade que eu só posso creditar à proximidade das eleições e não sabia que o governador do Estado é irresponsável a este ponto”, disse a secretária, ao informar que a Secretaria de Saúde do Município, por recomendação médica, fornece viagra a dois pacientes, sendo uma criança e outro adulto que sofrem de hipertensão pulmonar grave e se não adquirirem esse medicamento eles virão a falecer.
Quanto aos parentes do vereador Luciano Cartaxo (PT), que vem a ser o vice na chapa do senador José Maranhão (PMDB), Roseana Meira disse que se trata do pai do vereador, que sofre de câncer na próstata e abriu procedimento na Secretaria como qualquer outro paciente e teve direito a receber o remédio porque é obrigação do município agir dessa forma.
A secretária lamentou que o acirramento das eleições provocasse esse tipo de denúncia contra profissionais da Secretaria de Saúde de João Pessoa, que trabalham com ética e muita seriedade, ao mesmo tempo em que expõem os nomes dos pacientes em estado grave que necessitam da assistência dos poderes constituídos para realizarem seus tratamentos. "Não nos confundam com essa pouca vergonha que existe por aí. Nós trabalhamos com seriedade", concluiu Roseana Meira.Fonte: Secretaria de Comunicação Social/PMJP


Vereadores criticam ajuda dada a pai de Cartaxo pela prefeitura
A ajuda recebida pelo pai do vereador Luciano Cartaxo (PT), candidato a vice-governador na chapa do senador José Maranhão (PMDB), repercutiu na Câmara Municipal de João Pessoa. O vereador Aníbal Marcolino (PDT) criticou a ajuda que foi concedida pela prefeitura pessoense, através da Secretaria de Saúde, para que Célio Pires de Sá, pai do vereador Luciano Cartaxo (PT). “Não estamos questionando o direito que o cidadão tem ao benefício. O que nos deixa surpresos e, por isso, denunciamos, é que foi negada a compra de medicamento específico para um usuário carente, no valor aproximado de R$ 2 mil, onde a Secretaria de Saúde alegou falta de recursos financeiros e depois, no mesmo período, arranjou recursos na ordem de R$ 5,4 mil para ajudar o pai do vereador”, denunciou Aníbal. Outra denúncia do vereador foi com relação à falta de recursos para a realização de exames específicos, como eletroneuromiografia e ressonância magnética, este último custa para o SUS (Sistema Único de Saúde), de acordo com informações de Aníbal Marcolino, cerca de R$ 400. “Fica muito difícil aceitar o argumento de que não se tem recursos. É no mínimo uma afirmação irresponsável. A secretária municipal de Saúde veio aqui e disse que a sua pasta não disponibilizava de recursos para atender aos benefícios previstos pelo próprio Ministério da Saúde”, afirmou. O vereador afirmou com veemência que compete à Secretaria de Saúde a manutenção dos atendimentos aos usuários do SUS. Ele disse ainda que recebeu em seu gabinete a informação de que foi solicitado pelo Ministério Público Federal a compra de medicamentos específicos para um usuário carente do SUS e também foi negada pela Secretaria de Saúde, sob a mesma alegação de falta de recursos. “Recebemos ainda a denúncia de que, no mesmo período, que foi negado o direito de alguns pacientes carentes em adquirir, via Secretária de Saúde, remédios específicos, a secretária comprou, através de licitação, um notebook no valor de R$ 10 mil para o seu gabinete. Se não tem recursos para atender pacientes carentes, onde arrumou para comprar um computador?”, questionou o vereador, sinalizando que irá oficializar a denúncia ao Ministério Público Federal. “Como as questões envolvem verbas federais, vamos pedir à Procuradoria da República para que investigue as denúncias”, disse.
Entrega de remédios em casa está suspensa O vereador Aníbal ainda lembrou que, na administração passada, através de um requerimento de sua autoria, o Programa ‘Saúde Pra Você’ beneficiava aproximadamente 25 mil pessoas, portadoras de hipertensão e diabetes, que recebiam todos os meses em casa e de graça, pela Empresa de Correios e Telégrafos, os medicamentos necessários para o tratamento da doença. O programa foi suspenso pela atual administração e, de acordo com o vereador, a argumentação usada pela Secretaria de Saúde para suspensão do serviço é absurda. “O programa atendia as pessoas carentes. Muitas não tinham condições de caminhar até o Posto de Saúde. É comum pacientes com diabete crônica terem uma perna amputada. A entrega de medicamentos pelos Correios era uma medida de extremo respeito para os doentes, sobretudo aos idosos. Muitas cidades adotaram o serviço de entrega de medicamento”, comentou Doutor Aníbal. O vereador ainda explicou que os pacientes beneficiados com o programa tinham acompanhamento ininterrupto do Programa da Família. “Um paciente com diabetes ou hipertensão recebia atendimento de três em três meses. Os agentes de saúde faziam o acompanhamento quase que diário dos doentes. A secretária de Saúde diz que um dos motivos da suspensão do serviço foi devido à mudança de endereço de alguns pacientes, o que, para mim, é desculpa esfarrapada, visto que esses pacientes devem ter acompanhamento e, caso cheguem a mudar de casa, os agentes saberiam informar”, disse Aníbal. (AB)
Hervázio: verba deveria ser aplicada nos PSFs Para o vereador e ex-secretário de Saúde de João Pessoa, Hervázio Bezerra (PSDB), a ajuda para o pai do vereador Luciano Cartaxo é grave, visto que não se trata de um paciente carente. Além disso, Hervázio questionou sobre as verbas, oriundas do Ministério da Saúde, que deveriam ser aplicadas no Programa de Saúde da Família (PSF). “É um absurdo destinar verbas do SUS para um cidadão que, financeiramente, não precisa da ajuda. Também gostaria de saber para onde estão indo os recursos que vêm do Ministério da Saúde para o PSF, visto que, há mais de 90 dias, sete postos do PSF estão sem médicos. E tenho documentos que comprovam que a secretaria não deixou de receber sequer um centavo para o PSF. É muito estranho que se tenha verba para ajudar um pai de um vereador e um posto localizado em Mangabeira sequer tem esparadrapo para atender a pacientes carentes que precisam fazer um curativo”, denunciou Hervázio. A reportagem procurou a secretária de Saúde da capital, Roseana Meira. Ela não estava na secretaria, nem foi possível um contato via telefone. Porém, sua assessoria informou que o programa da entrega de medicamentos em casa foi suspenso por dois motivos principais: porque os pacientes mudam de endereço e a administração passada havia deixado dívida com os Correios. Quanto aos postos do PSF foi dito que todos estão funcionando normalmente. Já com relação ao benefício concedido ao pai do vereador Luciano Cartaxo, a assessoria de Roseana disse que o procedimento foi legal, transparente e está disponível para quem quiser conferir o trâmite da solicitação. (AB)
Luciano afirma que pai tem direitos Em nota divulgada ontem, o vereador Luciano Cartaxo disse que o seu pai teve direito ao benefício de forma legal e que passou por todos os trâmites burocráticos necessários: “Meu pai está com 70 anos de idade e há 10 vem lutando contra câncer de próstata e de pele, além de problemas cardíacos. Este ano, teve um agravamento do quadro de saúde e o médico receitou o remédio Casodex 50 mg, para um tratamento de 90 dias. Sendo aposentado da Assembléia Legislativa, com uma renda mensal de aproximadamente R$ 1 mil, ele usou o direito de qualquer cidadão comum e, em fevereiro, deu entrada em uma solicitação para adquirir o medicamento pela Secretaria Municipal de Saúde, pois só este tratamento custava cerca de R$ 5 mil. Ainda segundo a nota, o pedido passou por todos os procedimentos normais, incluindo análise de renda e visita em domicílio de uma assistente social. O remédio foi entregue no início de abril e, em nenhum momento, houve liberação de dinheiro em espécie. Não imaginava que o desespero político chegaria a tanta irresponsabilidade. Da forma como esse assunto está sendo abordado, passa a impressão de que meu pai deveria ser punido pelo fato de eu ser vereador. Como parlamentar, há 10 anos luto para que toda a população tenha acesso à saúde e, enquanto cidadão, meu pai tem esse direito, conclui o vereador. (AB)
Barreto diz que prefeitura reconhece ajuda O secretário municipal de Articulação Política, Francisco Barreto, condenou ontem o que considerou “atitudes levianas” neste momento político da campanha eleitoral paraibana, em referência ao caso da ajuda de custo no valor de R$ 5.430,00 pagos pela Prefeitura de João Pessoa em medicamentos ao pai do ex-líder do prefeito e vereador Luciano Cartaxo. Segundo o secretário Francisco Barreto, “a prefeitura reconhece a ajuda de custa ao vereador Luciano Cartaxo como um ato de humanidade”, disse ao sair em defesa do ex-líder da bancada do prefeito Ricardo Coutinho na Câmara Municipal de João Pessoa. Barreto, inclusive tentou evitar comentar o assunto, mesmo reconhecendo que o parlamentar e candidato a vice-governador nas eleições deste ano, na Paraíba, “tem condições de pagar o tratamento de saúde”, admitiu. Ao tentar amenizar a repercussão que o fato gerou ontem, o secretário Barreto lembrou que a ajuda de custo é um procedimento “normal” em todas as casas civis dos governos, “quer seja municipal, estadual ou federal”. Ressaltou, também, que isso é feito sem qualquer problema. “Acho, na verdade, que o interesse maior é a oportunidade política”, enfatizou. O vereador Benilton Lucena (PT), substituto de Luciano Cartaxo na liderança da bancada do prefeito, evitou comentar a ajuda de custo a aliados pela prefeitura ao seu colega de partido e de bancada. Segundo ele, “causa um grande constrangimento quando sabemos que ocorreu por uma questão de humanidade”, afirmou. Ainda na tentativa de “brindar” o candidato a vice-governador nas eleições paraibanas, o vereador Benilton disse que não iria comentar sobre o assunto por se tratar de um problema relacionado a doença. (Marcone Ferreira)

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

 

Mello: grampo no TSE pode ter partido do Estado

» PF vai investigar PT e gestões de Serra e Negri» PF: comprador de dossiê seria assessor de Lula» Mello: grampo no TSE pode ter partido do Estado»
Depois da divulgação de vídeo no qual o ex-ministro José Serra (PSDB) aparece ao lado de envolvidos com a máfia dos Sanguessugas, a temperatura voltou a subir em Brasília com a divulgação de que os telefones do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, e de mais dois ministros estavam sendo grampeados. A denúncia foi feita pelo diretor-geral do tribunal, Athayde Fontoura Filho, que contratou empresa para fazer varredura nas linhas telefônicas utilizadas pelos magistrados. Além de Marco Aurélio, os ministros Cezar Peluso e Marcelo Ribeiro, também estavam sendo monitorados.
» Ministros do TSE tiveram telefones grampeados » Vice de Alckmin insinua que PCC pagou dossiê Serra » CPI vai investigar gestão Serra na Saúde » PSDB vai entrar com ação contra Lula, Berzoini e Bastos » Leia mais reportagens do jornal O Dia
"Se partiu de particulares, é condenável. Se partiu do Estado, aí merece a excomunhão maior. E revela a quadra (época) de opressão que nós vivemos", disse Marco Aurélio ontem à noite. O ministro deu uma rápida entrevista sobre a denúncia:
O senhor tem alguma suspeitas sobre a origem do grampo? Isso ainda não está definido. Se partiu de particulares, é condenável. Se partiu do Estado, aí merece a excomunhão maior.
Qual a sua opinião sobre essa espionagem?Revela a quadra (época) de opressão que nós vivemos. Isso é péssimo.
Como essa história afeta o País?Aguardemos a elucidação dos fatos. Isto me preocupa muito. Se num contexto em que três ministros do Supremo Tribunal Federal serem bisbilhotados, com telefones grampeados, o que se dirá quanto ao cidadão comum?
Quais serão suas providências para elucidar esse assunto?Chegando a Brasília, na terça-feira à tarde, tomarei as providências necessárias, assinando os ofícios e encaminhando a notícia ao procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, e à presidente do STF, a ministra Ellen Gracie.
Como o senhor se sente nessa situação? A insegurança que gera é terrível.
Jungmann quer dossiê Antes da divulgação do grampo, o clima já estava tenso com a afirmação do vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, Raul Jungmann (PPS-PE), de que vai investigar a gestão dos ex-ministros da Saúde José Serra - candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB - e Barjas Negri, no governo Fernando Henrique Cardoso.
Jungmann quer uma cópia do vídeo divulgado no fim de semana no qual Serra aparece em solenidade de entrega de ambulâncias com deputados federais envolvidos no escândalo. "Irei pessoalmente à Brasília nesta segunda-feira para providenciar a requisição", disse o parlamentar, que vai pedir ao Ministério Público Federal (MPF) e à Justiça Federal de Mato Grosso cópia do DVD e das fotos que compõem o dossiê elaborado pelo líder da máfia dos sanguessugas, Luiz Antônio Vedoin, contra Serra. O documento é o centro da mais nova polêmica envolvendo a disputa pelo poder entre PT e PSDB.
"Pago com dinheiro do povo" O vídeo que era negociado pela família Vedoin com militantes do PT dura 23 minutos e traz uma cerimônia em Cuiabá, em maio de 2001, de entrega de 41 ambulâncias para municípios de Mato Grosso. Darci e Luiz Antonio Vedoin, donos da Planam, aparecem, mas não com o então ministro José Serra.
Reunidos no galpão, onde eram exibidos ambulâncias e ônibus da Planam, Serra e políticos locais se revezavam nos discursos. "Cada pneu desses carros aqui foi pago, não com o meu dinheiro, não com o dinheiro de ninguém que está aqui (no palco), foi pago com o dinheiro do povo, que é quem paga impostos, é quem produz", discursa Serra.
Alguns parlamentares matogrossenses indiciados pela CPI dos Sanguessugas, como Pedro Henry, Ricarte de Freitas e Lino Rossi - filiados ao PSDB - comemoram os repasses do Ministério da Saúde para a compra das ambulâncias da Planam.
Pedro Henry comenta: "Todos os deputados do PSDB estão patrocinando emendas nesse sentido (compra de ambulâncias)". O vídeo, da T. Video Productions, foi editado. O discurso de Serra não está na íntegra. Em entrevista após o evento, o então governador de Mato Grosso, Dante de Oliveira, saúda a bancada federal do PSDB no Estado "pela feliz iniciativa de pegar todos os recursos do orçamento da União no Ministério da Saúde e transformar nessas unidades móveis".
Dossiê: petistas rechaçam acusações Apontado como o responsável pela compra de um suposto dossiê contra os candidatos tucanos à Presidência, Geraldo Alckmin, e ao governo de São Paulo, José Serra, o PT rechaça todas as acusações. "É uma acusação sem provas, não há fundamentos", reagiu o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (SP).
Na última sexta-feira, a Polícia Federal prendeu o empresário Luiz Antonio Vedoin (um dos donos da Planam), Valdebran Padilha da Silva e Gedimar Passos (que é ligado ao PT), que declarou ter sido orientado para adquirir material contra os tucanos. Com Valdebran e Gedimar foram encontrados US$ 248 mil e R$1,168 milhão. Investigações preliminares indicam que o dinheiro seria utilizado para comprar de Vedoin dossiê contra Serra e Alckmin.
Em São Paulo, o candidato petista ao governo, senador Aloizio Mercadante, espera que as informações sobre o assunto não se tornem palanque eleitoral. Tanto Mercadante como Chinaglia e Rands defendem o aprofundamento das investigações. "Só a investigação mais profunda poderá esclarecer. Procurei informações e ninguém, no PT, confirma a versão desse sujeito (Gedimar Passos). Ele deve ser submetido à análise do partido", disse Chinaglia.
Em Brasília, Alckmin e o candidato a vice na sua chapa, José Jorge (PFL), reagiram às denúncias sobre a suposta compra de dossiê. "É dinheiro do crime organizado, do submundo do crime", afirmou Alckmin, durante comício, na cidade-satélite de Taguatinga, "O PT anda com mala de dinheiro para comprar dossiê. É um partido de sanguessugas e mensaleiros", acrescentou Jorge.
Redação Terra

domingo, 17 de setembro de 2006

 

IstoÉ divulga reportagem sobre “derrame” de cheques da FAC

Revista destaca investigações do TRE sobre denúncias de abuso de poder na campanha
Vanderlan Rodrigues
Com o título "Na mira da Justiça - Cunha Lima é acusado de usar programa social para comprar voto", a mais nova edição da revista IstoÉ, que começou a circular ontem em todo o país, publicou reportagem sobre denúncias de abuso de poder político na campanha eleitoral paraibana. Assinada pelo repórter Mário Chimanovitch, a reportagem descreve as ações que vêm tramitando no âmbito da Justiça Eleitoral, Procuradoria Regional Eleitoral e Tribunal de Contas para investigar o que a revista denominou de "derrame" de cheques da FAC no período da campanha eleitoral.
Veja, a seguir, a íntegra da reportagem de Veja:
"Candidato à reeleição, o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), está no olho de um furacão. Ele é acusado de usar programas sociais para comprar votos. A denúncia foi aceita pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e caminha no Judiciário, que determinou a quebra do sigilo bancário dos destinatários do dinheiro público. Em pleno período eleitoral, o governo da Paraíba distribuiu mais de 30 mil cheques à população. Um derrame que envolve milhões de reais - o valor exato só será conhecido após análise da quebra do sigilo bancário. Os cheques foram emitidos pela Fundação de Ação Comunitária (FAC), instituição vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Humano do governo do Estado, às comunidades carentes nos 223 municípios paraibanos. O programa, por determinação do corregedor da Justiça Eleitoral, está suspenso. O TCE, ao analisar o assunto, estranhou que muitos dos requerimentos para ajuda financeira foram feitos em 2005: "É de se perguntar por que razão esses pedidos não foram atendidos naquele mesmo ano", diz o documento.
O TCE solicitou à FAC uma mostra aleatória de 35 processos de pedido de recursos e constatou que os cheques distribuídos, mesmo aqueles com valores superiores a R$ 1 mil (destinados para compra de cadeiras de rodas, aparelhos auditivos e próteses, por exemplo), não tiveram comprovação alguma da realização das despesas. O TCE também descobriu que em junho de 2006 a FAC gastou mais do que todo governo nos exercícios de 2003 e 2004 com o "social". O tribunal enumerou as seguintes irregularidades: "distribuição de cheques sem nenhum critério previamente estabelecido e sem autorização específica em lei; distribuição de cheques sem a necessidade de o beneficiário comprovar a sua utilização; o fato de em nenhum dos exercícios financeiros da gestão do atual governador terem sido realizados gastos com auxílios financeiros a pessoas físicas em um montante tão elevado como entre janeiro e julho de 2006; toda essa distribuição ocorreu em um ano eleitoral e realizou-se com a presença do próprio governador, candidato à reeleição".
Além do TCE, o procurador eleitoral Guilherme Ferraz acredita que o derrame de cheques pela FAC "pode ser indício de corrupção eleitoral". Ele está apurando o caso. Simultaneamente, a Polícia Federal já começa a ouvir os beneficiários dos cheques. Um casal, da cidade de Bananeiras, contou que teve de devolver o valor recebido pela FAC porque não havia declarado apoio à reeleição de Cunha Lima".
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Segundo IstoÉ, cheques da FAC põem em risco mandato de Cássio (26/11/2006)
Revista diz que houve distribuição de cheques até para quem mora fora do Estado
Na edição desta semana, a revista Istoé publica reportagem na qual afirma que o segundo mandato do governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, está ameaçado por conta das investigações que estão sendo feitas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) nos 35 mil cheques que foram distribuídos pela Fundação de Ação Comunitária (FAC) em plena campanha eleitoral.
Com o título “Eleição em xeque - Distribuição de 35 mil cheques a cidadãos resulta em investigações no TER que põem em risco prestígio e mandato de governador tucano”, o repórter Hugo Marques, enviado especial a João Pessoa, diz na reportagem da IstoÉ, que a FAC distribuiu cheques até para quem mora fora do Estado da Paraíba. A seguir, a íntegra da reportagem.
Distribuição de 35 mil cheques a cidadãos resulta em investigações no TRE que põem em risco prestígio e mandato de governador tucano
Por Hugo Marques, enviado especial a João Pessoa
O Palácio da Redenção, em João Pessoa (PB), estava quase vazio na quarta-feira 22. A única sala onde se via gente trabalhando, no primeiro andar, tinha três servidores. Eles introduziam freneticamente papéis em uma trituradeira elétrica.
Enquanto isso, o governador Cássio Cunha Lima (PSDB) afivelava as próprias malas para uma viagem a Portugal. Ele foi reeleito com uma vantagem de 52 mil votos sobre seu adversário José Maranhão (PSDB-PB), mas é alvo de cinco processos em curso na Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral.
Cada um deles guarda elementos suficientes para barrar a sua diplomação para o segundo mandato, marcada para o dia 18 de dezembro, ou, mais tarde, custar-lhe a cassação.
Sob o rótulo de “prestação de assistência social e ajuda financeira a pessoas carentes”, por meio da Fundação de Ação Comunitária (FAC) a administração que ele chefia distribuiu no ano da eleição nada menos que 35 mil cheques para cidadãos da Paraíba e, até, de fora do Estado. Alguns ultrapassaram o valor de R$ 10 mil. Até mulher de deputado ganhou cheque.
Para analisar a montanha de cheques, o corregedor regional eleitoral Alexandre Targino Falcão teve de requisitar uma auditoria externa. A pedido do TRE, a analista de controle do Tribunal de Contas da União Ana Lígia Lins Urquiza destrinchou este mês, em um laudo técnico de 62 páginas, todas as doações em cheques feitas pelo governo de Cássio nos últimos dois anos. Além da Casa Civil, o governo local usou a FAC para distribuir o dinheiro. A auditora questiona a própria constitucionalidade dessas doações.
Na lista dos que receberam cheques há casos emblemáticos de pessoas que não tinham nada de carentes. A auditoria apurou que Emília Mendonça Limeira Ferreira, por exemplo, embolsou R$ 10,9 mil a título de ajuda para um tratamento dentário. Ela é mulher do deputado estadual Ruy Carneiro (PSDB). Ruy é da base de sustentação de Cássio na Assembléia. O laudo técnico diz que Emília não apresentou nenhum orçamento de suposto tratamento dentário nem atestado de carente. O casal não quis dar explicações sobre a doação. Nos últimos dois anos, o governo paraibano distribuiu R$ 5,1 milhões diretamente aos cidadãos.
A auditoria técnica constatou também que outro dos beneficiários dos cheques, Rosenilson Pinheiro, solicitou dinheiro para o pagamento de mensalidades atrasadas da escola particular dos filhos. Ganhou R$ 1,6 mil. Ricardo Varandas levou R$ 2 mil de Cássio e apresentou o pagamento de um plano de saúde particular como comprovante de despesas. Renata Maciel mostrou declaração de despesa emitida para o plano de saúde da Associação dos Funcionários da Secretaria da Fazenda para justificar recebimento de R$ 1,5 mil. O governo de Cássio deu dinheiro até para gente que mora fora da Paraíba, como Thereza Cristina de Souza (R$ 5 mil). O laudo técnico descobriu ainda pagamento de R$ 2 mil para o assessor de imprensa Severino da Silva. Noutra fatura, o funcionário da Secretaria de Educação, Nathanael dos Santos, ganhou R$ 1,7 mil.
A FAC, para cobrir os cheques, sugou dinheiro do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza da Paraíba, o Funcep. Vários beneficiários que alegavam dificuldades financeiras moram em residências de alvenaria, com saneamento básico e outras benesses públicas. Na contramão da ONU, Cássio distribuiu dinheiro só para eleitores de municípios com maiores índices de desenvolvimento humano (IDH), exemplo de João Pessoa, Campina Grande e Bayeux. As populações mais miseráveis, em Cacimbas, Curral de Cima, Natuba, Casserengue e Poço Dantas – os cinco com menores IDH’s – não receberam nada. João Pessoa, maior IDH, recebeu 5,5 mil cheques. Campina Grande, terceiro maior IDH, 3,4 mil cheques. Os recursos também patrocinaram encontros de estudantes de direito, cursos de auditor, festividades de formatura e até ajuda para festival de repentista. “Em qualquer programa social há equívocos”, justifica Luciano Pires, advogado de Cássio. “Cássio vai ser cassado”, rebate o advogado Marcelo Weick, contratado pela oposição para ajuizar as ações.
A Corregedoria do TRE apresentará em dezembro os primeiros relatórios sobre as cinco ações que correm contra o governador. Cássio terá de esclarecer, por exemplo, os gastos de R$ 4 milhões de janeiro a junho deste ano em “assistência social”, 85% do total gasto na mesma rubrica nos anos de 2003, 2004 e 2005 juntos. O mototaxista Adriano Severino da Silva contou à Corregedoria que pediu ajuda diretamente ao governador e teria ouvido de volta: “Aguarde que vai chegar. Eu lhe ajudo e você me ajuda.” Mais tarde, recebeu seu cheque. Auditoria do Tribunal de Contas do Estado, de 30 de agosto, atribuiu a distribuição de cheques do Funcep a “fins eleitoreiros”.
Além disso, houve literalmente uma chuva eleitoral de dinheiro em João Pessoa.Nas vésperas do segundo turno, agentes das policias Federal e Rodoviária Federal apreenderam R$ 450 mil em dinheiro vivo. O governador pode estar envolvido. Parte desse dinheiro, R$ 42 mil, estava com dois servidores públicos, em um carro alugado pelo Estado. A PF vai chamar um agiota que jogou R$ 304 mil da janela do Edifício Concorde nas vésperas da eleição. Além do pacote de dinheiro voaram camisetas amarelas, da cor da coligação de Cássio, propaganda eleitoraldo governador e contas de água e luz, pagas e a pagar. No domingo da eleição, a população foi ao prédio para acompanhar a apreensão de outros R$ 100 mil. Maisde 200 pessoas gritaram: “Fora Cunha Lima.” Procurado por ISTOÉ, Cássio não quis falar.

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

 

Ney desafia: “Eu renuncio a meu mandato se apresentarem provas”

Em depoimento ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ontem, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), citado no relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas por conduta incompatível com o decoro parlamentar, afirmou que não merece as acusações de que está sendo vítima e desafiou os parlamentares a apresentarem “provas concretas” que o incriminem. Nesse caso, garantiu que renunciaria ao mandato e à campanha pela reeleição. Suassuna registrou que tem anos de mandato parlamentar e vários diplomas universitários e disse que não se conforma com a possibilidade de um simples bandido, referindo-se ao empresário Luiz Antônio Vedoin, dono da Planam, pôr abaixo toda sua história com uma simples declaração. “Eu renuncio a meu mandato aqui e agora e também a minha campanha na Paraíba se me apresentarem outra prova, a não ser a de um bandido que uma hora falou “eu acho que ele sabia” e outra hora disse “acho que ele não sabia”. Eu não mereço tudo o que está acontecendo”, desabafou Suassuna. “Esta afirmação não é clara e não há contra mim outra acusação se não essa”, reforçou. Afirmando ser inocente, Suassuna disse que desconhece os personagens da “máfia das ambulâncias” e que nenhum deles o conhece. O senador garantiu que nunca falou pessoalmente ou por telefone com a ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino ou com os empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin, donos da empresa acusada de comandar o esquema de fraudes para a compra superfaturada de ambulâncias com utilização de emendas parlamentares ao Orçamento da União. Suassuna depôs sem a assessoria de advogado e em reunião aberta. Ele estava acompanhado por sua ex-mulher, Tânia, e pelos três filhos - Rodrigo, Diego e Fabrício. “Fiz a melhor defesa que pude. Fui extremamente claro e o mais incisivo que poderia ser”, destacou. Ney disse que está tranqüilo e espera com muita humildade a votação do relatório, que deve acontecer na próxima quarta.
Suassuna acusa seu ex-assessor Suassuna também disse que conheceu Marcelo Cardoso Carvalho ao assumir o Ministério da Integração Nacional, onde o ex-funcionário trabalhava como assessor parlamentar e, mais tarde, o contratou para seu gabinete. Suassuna alega que Marcelo Carvalho falsificou sua assinatura. Já o ex-assessor disse que o senador sabia das negociações que promovia e nega ter falsificado qualquer assinatura em pedidos de liberação de emendas do Orçamento da União. A CPI Mista dos Sanguessugas levantou informações sobre depósitos bancários no valor de R$ 21 mil na conta bancária de Marcelo Carvalho. O senador observou que só tinha elogios a Marcelo, que ele era extremamente simpático e dedicado, muito elogiado pelos prefeitos. “Nunca imaginei que isso pudesse acontecer’’, desabafou Suassuna, informando que ao saber das denúncias pela rádio CBN, em maio último, pediu à chefe de gabinete que demitisse Marcelo e o outro funcionário envolvido na denúncia. O senador Jefferson Péres (PDT-AM), relator do processo disciplinar contra Suassuna no Conselho de Ética, questionou o senador paraibano a respeito de uma assinatura em ofício de Suassuna que destinava recursos de R$ 1,6 milhão, que deveriam ser transferidos para a Paraíba, ao Instituto de Pesquisa e Promoção de Educação e Saúde, no Rio de Janeiro. Suassuna disse que abordou o assunto com seu assessor à época, Marcelo Carvalho, e que este teria atribuído o fato a um equívoco. O senador também afirmou que o ofício pode ter sido assinado por ele sem que tenha percebido, quando da assinatura de muitos papéis em seu gabinete. Apesar das explicações, Jefferson Péres quis saber o motivo pelo qual Suassuna não quis averiguar como tal ofício - um assunto considerado grave pelo relator - saiu de seu gabinete. O senador disse que outras pessoas assinaram por ele documentos oficiais, além de seu ex-assessor Marcelo Carvalho, inclusive uma assessora do quadro do Senado, sua chefe de gabinete à época, que pediu para deixar o cargo. Essa assessora, no entanto, segundo Suassuna, assinou “de boa-fé” papéis em seu nome.
Relator diz que não há indício de crime Após o depoimento do senador Ney Suassuna (PMDB-PB) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, ontem, o senador Jefferson Péres (PDT-AM), relator do processo disciplinar contra o parlamentar paraibano, afirmou que já tem opinião formada e poderia apresentar seu relatório imediatamente, pois, segundo ele, a oitiva de Suassuna não trouxe novidades. Péres disse que, para elaborar o relatório, consultou documentos, ouviu testemunhas e apreciou todo o comportamento de Suassuna, não apenas em relação à prática de ilícitos penais. Ele ressaltou que pode haver quebra de decoro sem que o parlamentar pratique ilícito penal. “Vamos julgar é se houve ou não quebra de decoro e não se houve ilícito penal. Não estou absolvendo o senador por todo o comportamento dele. Devo deixar claro que um parlamentar, por ações ou omissões, pode ter cometido falta de decoro, quebrado o decoro, sem necessariamente ter praticado ilícito. Não é preciso cometer ilícito penal para cometer quebra de decoro. Um senador pode quebrar o decoro, ter um comportamento indecoroso por muitas outras ações ou omissões que ele praticou”, explicou. Na opinião do relator, não há comprovação nem indício de que o senador Ney Suassuna tenha cometido o ilícito penal de recebimento de propina envolvendo venda superfaturada de ambulâncias com recursos de emendas parlamentares ao orçamento da União. “Quanto ao recebimento de propina pelo senador [Suassuna], ele não precisaria nem se defender. Não há nada no processo que comprove ou mesmo indique como indício forte que o senador tenha se beneficiado das propinas recebidas pelo seu assessor”, disse Jefferson Péres. O senador Suassuna enfrenta processo disciplinar porque seu nome foi incluído no relatório parcial da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas. Péres defende que, se a CPI tem provas da participação do senador, deve encaminhar o relatório ao Ministério Público e à Polícia Federal. Na opinião de Jefferson Péres, quando o senador Ney Suassuna soube que sua assinatura foi falsificada em documentos envolvendo recursos vultosos, deveria ter aberto imediatamente uma sindicância e até mesmo inquérito policial em relação ao assunto. “Cada um tem sua maneira de reagir. Não posso julgar os outros por mim. Eu teria imediatamente pedido a abertura de inquérito policial e não apenas o inquérito administrativo no Senado”, ressaltou o relator. Em relação à negativa de Suassuna quanto a ter perguntado ao presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), se ele não sabia que “90% dos parlamentares tiram uma beirada das emendas ao orçamento”, Péres disse que é inútil fazer acareação entre os parlamentares porque ambos afirmaram com determinação e iriam reiterar o que disseram. DA REDAÇÃO do Jornal da Paraíba.

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

 

Cartão é bom, mas pra quem sabe usar

Os encantos do cartão de crédito seduzem um público cada vez mais jovem que busca praticidade e agilidade na hora de pagar as contas. O problema é saber administrar o uso do dinheiro de plástico para não cair precocemente no mundo do endividamento. Crédito ou débito, não importa, ele está presente na hora da balada, da pizzaria e na compra do jeans tão paquerado. Companheiro inseparável em todas as horas, o cartão se tornou item essencial na carteira de quem não dispensa as facilidades do seu uso. Um, dois, três e até quatro cartões fazem parte do cotidiano de jovens que começam a lidar com a administração das contas cada vez mais cedo. É o caso da estudante e funcionária pública Helena Neiva, 21 anos, que possui quatro cartões e tenta controlar os gastos, mas de vez em quando acaba fazendo confusão e gastando mais do que deveria. Entre as dificuldades para organizar o consumo ela destaca a de guardar os comprovantes de compra que são emitidos cada vez que o cartão é passado. “Tento guardar tudo para depois saber com o que gastei, mas sempre acabo perdendo”, contou. Uma estratégia para amenizar a perda de controle é parcelar as compras no menor número de vezes possível. “Apesar de pagar contas com valores mais altos não fico com aquelas prestações a perder de vista, o que faz com que até esqueça que ainda devo pagar parcelas seguintes que ficaram para meses futuros”, comentou. Para Carolina Guerra, o cartão de crédito é uma arma contra o gasto excessivo. Como costuma levar pouco dinheiro na carteira, ela conta que fica mais fácil resistir aos apelos comerciais quando lembra que precisa passar o cartão para comprar. “Ando apenas com o dinheiro necessário para despesas básicas, o restante do que adquiro é comprado no cartão”, contou. Ela ilustrou a estratégia para se controlar com o exemplo de um brinco que custava R$ 10 e acabou sem comprar porque estava sem o valor em espécie e se recusou a usar o cartão para o valor da compra. “Não passo cartão para compras em valores baixos, o que evita que aumente minhas despesas já que também ando com pouco dinheiro”, explicou. Apesar de possuir quatro cartões, ela garante que consegue equilibrar as contas sem perder o controle. Segundo a estudante, possuir mais de um cartão é interessante porque ela consegue aproveitar diferentes prazos para realizar as compras. Quando vê uma vitrine cheia de bolsas, a funcionária pública e estudante Cláudia Franca, 20 anos, dificilmente resiste e acaba levando mais uma novidade para sua coleção. Os cartões que leva na carteira são os maiores aliados na hora da aquisição. “Parcelo em no máximo três vezes para não perder o controle”, contou. Na sua opinião, um dos maiores benefícios do cartão é possibilidade de resolver tudo sem precisar sacar dinheiro. “Acho mais seguro, porque se houver o roubo é só ligar para a operadora e cancelar o seu uso, enquanto o dinheiro é irrecuperável se for roubado”, comentou. Outra coisa que adora comprar com seus cartões são pacotes de viagens, que costuma planejar com bastante antecedência. Parte do salário é reservada para uma cota especificamente voltada para esse fim e para despesas inesperadas. “Reservo até 40% do meu salário todo mês para conseguir realizar as viagens que planejo. A próxima será para São Paulo, em outubro”, contou.

Saiba administrar as compras
Amigo de todas as horas, o cartão de crédito pode facilmente mudar de lado e virar um grande inimigo. Por isso, saber administrar o seu uso é critério fundamental para uma convivência harmônica. Entre as dicas para aproveitar os benefícios dessa ferramenta ao máximo, está primeiramente a organização e o controle na hora das compras. De acordo com o economista Cláudio Rocha, é importante que um plano de gastos seja traçado mensalmente para evitar o velho erro de gastar mais do que se ganha. Ele explica que o cartão de crédito pode ser um instrumento que auxilia no controle do que se ganha se o seu uso for bem distribuído durante a aquisição de um novo objeto ou o pagamento de uma conta. E resgata o principal objetivo do cartão, que é a facilidade de crédito. “Com o cartão tenho múltiplas possibilidades para adquirir o que preciso, mas a compra parcelada só será vantajosa se de fato conseguir reservar a quantidade que ficou comprometida para efetuar o pagamento nos próximos meses”, comentou. Para facilitar o controle das contas ele indica que se possua apenas um cartão, e diz que essa dica é especialmente voltada para o público mais jovem que em geral possui apenas uma fonte de renda. Segundo o economista, possuir mais de um cartão só é vantagem para quem tem mais de uma fonte geradora de capital mensal, porque desse modo pode se beneficiar de diferentes datas de vencimento. “Caso contrário, o cartão dará apenas uma sensação ilusória de poder que é derrubada quando a fatura chega no final do mês”, disse. Favorável ao uso de cartão por adolescentes e jovens, ele afirmou que quanto mais cedo o indivíduo se deparar com a responsabilidade de administrar suas contas, mais rapidamente ele irá adquirir o senso de responsabilidade sobre o uso do dinheiro e a importância de se organizar financeiramente. Com um filho de 21 anos, Cláudio Romero Filho, que recebe a mesada direto na conta, ele exemplifica o modelo que pratica em casa como uma ótima estratégia que pode ser seguida pelos pais, mas alerta que antes de dar um cartão ao filho deve-se esclarecer e ensinar sobre o seu uso, além de acompanhar se os gastos estão equivalentes ao valor da mesada. “Ele cumpre com os seus compromissos porque aprendeu a distribuir os valores entre as compras mensais e sabe se beneficar disso. Uma das coisas que mais gosta de parcelar são livros adquiridos em livrarias virtuais”, contou.

Jovens representam 39% dos usuários no País
Dados do Target Group Index, estudo realizado pelo Ibope Mídia em parceria com a Kantar Media Research, no período de julho a dezembro de 2005, demonstram que 28% dos jovens brasileiros entre 12 e 17 anos já possuem cartão de crédito como dependente dos pais ou parentes. Entre agosto de 2004 e janeiro de 2005 esse número era de 17%. Segundo o economista Cláudio Rocha, uma explicação para esse dado pode ser exatamente a renovação do método de mesada que começa a ser cada vez mais utilizada por meio do cartão de crédito. Os resultados demonstram ainda, que mais de 9,2 milhões de jovens representam 15% do contingente populacional dos onze mercados brasileiros pesquisados pelo Target Group Index: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza, além de aglomerações urbanas com mais de 50 mil habitantes do interior de SP e das regiões Sul e Sudeste. Segundo informações da operadora Credicard, a maior faixa etária a usar cartão de crédito está entre os 21 e 30 anos, público que representa 39% dos usuários em todo o País. (KARYNA KAY, do Jornal da Paraíba).

 

Cartão é bom, mas pra quem sabe usar

Os encantos do cartão de crédito seduzem um público cada vez mais jovem que busca praticidade e agilidade na hora de pagar as contas. O problema é saber administrar o uso do dinheiro de plástico para não cair precocemente no mundo do endividamento. Crédito ou débito, não importa, ele está presente na hora da balada, da pizzaria e na compra do jeans tão paquerado. Companheiro inseparável em todas as horas, o cartão se tornou item essencial na carteira de quem não dispensa as facilidades do seu uso. Um, dois, três e até quatro cartões fazem parte do cotidiano de jovens que começam a lidar com a administração das contas cada vez mais cedo. É o caso da estudante e funcionária pública Helena Neiva, 21 anos, que possui quatro cartões e tenta controlar os gastos, mas de vez em quando acaba fazendo confusão e gastando mais do que deveria. Entre as dificuldades para organizar o consumo ela destaca a de guardar os comprovantes de compra que são emitidos cada vez que o cartão é passado. “Tento guardar tudo para depois saber com o que gastei, mas sempre acabo perdendo”, contou. Uma estratégia para amenizar a perda de controle é parcelar as compras no menor número de vezes possível. “Apesar de pagar contas com valores mais altos não fico com aquelas prestações a perder de vista, o que faz com que até esqueça que ainda devo pagar parcelas seguintes que ficaram para meses futuros”, comentou. Para Carolina Guerra, o cartão de crédito é uma arma contra o gasto excessivo. Como costuma levar pouco dinheiro na carteira, ela conta que fica mais fácil resistir aos apelos comerciais quando lembra que precisa passar o cartão para comprar. “Ando apenas com o dinheiro necessário para despesas básicas, o restante do que adquiro é comprado no cartão”, contou. Ela ilustrou a estratégia para se controlar com o exemplo de um brinco que custava R$ 10 e acabou sem comprar porque estava sem o valor em espécie e se recusou a usar o cartão para o valor da compra. “Não passo cartão para compras em valores baixos, o que evita que aumente minhas despesas já que também ando com pouco dinheiro”, explicou. Apesar de possuir quatro cartões, ela garante que consegue equilibrar as contas sem perder o controle. Segundo a estudante, possuir mais de um cartão é interessante porque ela consegue aproveitar diferentes prazos para realizar as compras. Quando vê uma vitrine cheia de bolsas, a funcionária pública e estudante Cláudia Franca, 20 anos, dificilmente resiste e acaba levando mais uma novidade para sua coleção. Os cartões que leva na carteira são os maiores aliados na hora da aquisição. “Parcelo em no máximo três vezes para não perder o controle”, contou. Na sua opinião, um dos maiores benefícios do cartão é possibilidade de resolver tudo sem precisar sacar dinheiro. “Acho mais seguro, porque se houver o roubo é só ligar para a operadora e cancelar o seu uso, enquanto o dinheiro é irrecuperável se for roubado”, comentou. Outra coisa que adora comprar com seus cartões são pacotes de viagens, que costuma planejar com bastante antecedência. Parte do salário é reservada para uma cota especificamente voltada para esse fim e para despesas inesperadas. “Reservo até 40% do meu salário todo mês para conseguir realizar as viagens que planejo. A próxima será para São Paulo, em outubro”, contou.
Saiba administrar as compras Amigo de todas as horas, o cartão de crédito pode facilmente mudar de lado e virar um grande inimigo. Por isso, saber administrar o seu uso é critério fundamental para uma convivência harmônica. Entre as dicas para aproveitar os benefícios dessa ferramenta ao máximo, está primeiramente a organização e o controle na hora das compras. De acordo com o economista Cláudio Rocha, é importante que um plano de gastos seja traçado mensalmente para evitar o velho erro de gastar mais do que se ganha. Ele explica que o cartão de crédito pode ser um instrumento que auxilia no controle do que se ganha se o seu uso for bem distribuído durante a aquisição de um novo objeto ou o pagamento de uma conta. E resgata o principal objetivo do cartão, que é a facilidade de crédito. “Com o cartão tenho múltiplas possibilidades para adquirir o que preciso, mas a compra parcelada só será vantajosa se de fato conseguir reservar a quantidade que ficou comprometida para efetuar o pagamento nos próximos meses”, comentou. Para facilitar o controle das contas ele indica que se possua apenas um cartão, e diz que essa dica é especialmente voltada para o público mais jovem que em geral possui apenas uma fonte de renda. Segundo o economista, possuir mais de um cartão só é vantagem para quem tem mais de uma fonte geradora de capital mensal, porque desse modo pode se beneficiar de diferentes datas de vencimento. “Caso contrário, o cartão dará apenas uma sensação ilusória de poder que é derrubada quando a fatura chega no final do mês”, disse. Favorável ao uso de cartão por adolescentes e jovens, ele afirmou que quanto mais cedo o indivíduo se deparar com a responsabilidade de administrar suas contas, mais rapidamente ele irá adquirir o senso de responsabilidade sobre o uso do dinheiro e a importância de se organizar financeiramente. Com um filho de 21 anos, Cláudio Romero Filho, que recebe a mesada direto na conta, ele exemplifica o modelo que pratica em casa como uma ótima estratégia que pode ser seguida pelos pais, mas alerta que antes de dar um cartão ao filho deve-se esclarecer e ensinar sobre o seu uso, além de acompanhar se os gastos estão equivalentes ao valor da mesada. “Ele cumpre com os seus compromissos porque aprendeu a distribuir os valores entre as compras mensais e sabe se beneficar disso. Uma das coisas que mais gosta de parcelar são livros adquiridos em livrarias virtuais”, contou.
Jovens representam 39% dos usuários no País Dados do Target Group Index, estudo realizado pelo Ibope Mídia em parceria com a Kantar Media Research, no período de julho a dezembro de 2005, demonstram que 28% dos jovens brasileiros entre 12 e 17 anos já possuem cartão de crédito como dependente dos pais ou parentes. Entre agosto de 2004 e janeiro de 2005 esse número era de 17%. Segundo o economista Cláudio Rocha, uma explicação para esse dado pode ser exatamente a renovação do método de mesada que começa a ser cada vez mais utilizada por meio do cartão de crédito. Os resultados demonstram ainda, que mais de 9,2 milhões de jovens representam 15% do contingente populacional dos onze mercados brasileiros pesquisados pelo Target Group Index: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza, além de aglomerações urbanas com mais de 50 mil habitantes do interior de SP e das regiões Sul e Sudeste. Segundo informações da operadora Credicard, a maior faixa etária a usar cartão de crédito está entre os 21 e 30 anos, público que representa 39% dos usuários em todo o País. (KARYNA KAY, do Jornal da Paraíba).

 

Ney reage e se compara a Lula no caso do “mensalão”

O senador Ney Suassuna (PMDB-PB), candidato à reeleição, está em pé de guerra com o deputado federal carioca Antônio Carlos Biscaia (PT), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, por causa das declarações dos empresários Antônio e Darci Vedoin, acusados de comandar a quadrilha das sanguessugas. “Quem quiser conhecer melhor o caráter de Biscaia, a ex-mulher dele fala sobre o assunto”, reagiu o parlamentar paraibano. Ele está sendo investigado pelo suposto envolvimento com a máfia das ambulâncias. Suassuna insiste que não existem provas para incriminá-lo, chegando a comparar a sua situação com a do presidente Lula no caso do “mensalão”. Ele reiterou as acusações contra o presidente da CPMI de não agir como jurista. “Acho que ele ficou magoado com as críticas que fizemos recentemente, avaliando que a comissão estava mal conduzida”, comentou. “Minhas críticas são reais e necessárias, porque como magistrado, ele (Biscaia) deveria pelo menos ler o ofício que encaminhamos à CPMI dizendo que havia demitido o meu assessor (Marcelo Carvalho), mas isso ele não levou em consideração. Quem conhece o Biscaia sabe que ele enfrentou uma investigação parlamentar e um cidadão que pegou 30 anos de cadeia havia feito cerca de 100 telefonemas para ele, sem dizer que era um fato que podia marcar”, afirmou. Para o senador Ney Suassuna, o presidente da CPMI das Sanguessugas “usa dois pesos e duas medidas e não deveria estar com tanta vaidade”. Apesar da crise política que vem atravessando, o parlamentar paraibano está confiante e considera que está em “curva ascendente” na campanha à reeleição. Segundo ele, “isso mostra que o povo da Paraíba não está acreditando nesta baboseira”, acredita ele, ao se referir ao escândalo das ambulâncias. Ney Suassuna confessou sentir um pouco de “inveja” dos seus adversários políticos nas eleições deste ano, sobretudo a solidariedade dos tucanos com os parlamentares que tiveram seus nomes citados na investigação da máfia das sanguessugas. “Infelizmente, não ocorre com alguns dos meus companheiros”, lamentou. Ressaltou, ainda, que “no programa de lá (PSDB) estão sempre todos juntos”, acrescentou. Para o senador, não surgirá nenhum dado novo nos depoimentos que se seguem e chegou a garantir que irá mostrar no depoimento da próxima terça-feira, no Conselho de Ética, que não conhece os envolvidos. “Ninguém me conhece, eu nunca tive relação com esse povo”, defendeu-se. Ex-assessor diz que não falsificou assinaturas No depoimento de ontem, Marcelo Carvalho, ex-assessor de Ney, explicou que nunca falsificou a assinatura do senador, nem assinava os documentos encaminhados para efetivação das emendas. Ele insistiu em dizer que nunca recebeu nenhum dinheiro do empresário Vedoin fruto de emendas das ambulâncias, portanto, o valor de R$ 228 mil constantes em sua conta eram fruto de venda de um barco de sua propriedade O senador Jefferson Péres (PDT-AM), relator do processo contra o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), afirmou que os depoimentos não trouxeram “acréscimo nem decréscimo” aos fatos já apurados. Péres anunciou que estará apto a dar seu parecer logo depois de ouvir o acusado, na próxima terça-feira (12). (MARCONE FERREIRA do Joirnal da Paraíba).

sábado, 2 de setembro de 2006

 

Cheques da Fac: governo desqualifica auditoria do TCE

O governo do Estado desqualificou a auditoria do Tribunal de Contas do Estado feita na distribuição de cheques pela Fac em plena campanha eleitoral. Questionou o fato de os relatórios terem sido divulgados sem assinatura e anunciou que "vai tomar providências" para apurar quem fez e porque fez.
Através de nota encaminhada neste sábado (2) à redação do Portal Correio, o secretário de Planejamento do Estado, Franklin Araújo, falando pelo governo, manifesta-se "indignado" com "o relatório" que considera, equivocadamente, dirigido às ações do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep).
Na verdade, foram dois relatórios: um sobre a representação do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado contra a distribuição de cheques pela Fundação de Ação Comunitária (Fac); o outro, traz o resultado de auditoria realizada em convênio assinado este ano pela Fac com o Funcep.
Quanto à falta da assinatura nos documentos, é recurso utilizado para preservação da fonte diante da possibilidade de ameaça ou pressões. A própria reação aos relatórios já mostra que tal recurso foi providencial, nesse caso.
Independente de qual tenha sido tal motivação da auditoria, a Editoria do Portal atesta a autenticidade dos relatórios, pois os recebeu de fonte da mais absoluta credibilidade e fidedignidade.
"INVERDADES" DA AUDITORIA
Apesar disso, a nota do governo insiste em tratar de apenas um relatório e, nas palavras atribuídas ao secretário Franklin Araújo, também presidente do Conselho Gestor do Funcep, a auditoria do TCE só fez cometer "inverdades".
O secretário argumenta que a auditoria entrou numa seara que não lhe diria respeito, porque caberia única e exclusivamente à Justiça Eleitoral dizer se o que a Fac fez não teve ou não fins eleitoreiros.
Franklin Araújo, ainda segundo a nota, afirma que a "auditoria do TCE é reconhecida como um órgão técnico composto por auditores de reconhecida competência e que este relatório divulgado sem assinatura é uma comprovação extremamente clara de que atendeu outros interesses, que não os meramente técnicos".
VAI TOMAR PROVIDÊNCIAS
O governo anuncia em sua nota que "vai tomar todas as providências no sentido de verificar o real intuito do relatório e de quem o assinou, com a convicção de que a peça produzida não tem o objetivo de fiscalização que é o dever de uma Corte de Contas".
O secretário Franklin Araújo acredita que "alguém deseja misturar as atribuições do TCE com o processo eleitoral e isto nós vamos pedir que seja apurado por aquela respeitável Corte de Contas do Estado", disse.
Prossegue a nota: "Franklin Araújo afirmou que o relatório,"sem base nos fatos, diz que os cheques foram distribuídos durante a realização de Cirandas de Serviços, o que é uma mentira, nenhum cheque foi entregue durante a realização de qualquer Ciranda de Serviços; lá, entre outros atendimentos, se recebiam requerimentos de pleitos que, só após rigoroso parecer do Serviço Social eram ou não deferidos e (a auditoria) ainda mistura, erradamente, numa mesma categoria, ajuda financeira com ajuda para aquisição de óculos, explica".
Mais: "Segundo o secretário, dados da Controladoria Geral do Estado, informam que em 2005, foram despendidos com ajudas financeiras R$ 3,9 milhões. Considerando-se que o Funcep só passou a disponibilizar recursos no mês de setembro e que em 2006, foram despendidos com ajudas financeiras R$ 3,3 milhões, posto que cerca de R$ 950 mil se referem ao fornecimento de óculos; os valores aplicados entre janeiro e maio de 2006 (pelo Funcep) somam R$ 3,2 milhões - período anterior ao micro processo eleitoral".
AUDITORES SOB SUSPEITA
Depois de reforçar que ao TCE só compete aferir a regularidade da despesa, jamais julgar se a despesa é ou não eleitoral, competência privativa da Justiça Especialista (?)", o secretário diz que o relatório foi vazado deliberadamente para a imprensa "em pleno período eleitoral" e se diz curioso em em saber "que interesses e vinculações de amizade ou familiares com determinado público tem o auditor ou auditora que assinou esse relatório". Por Rubens Nóbrega, especial para o Portal Correio

 

Revista IstoÉ destaca investigação de Cícero Lucena pela Operação Confraria

Revista IstoÉ destaca investigação de Cícero Lucena pela Operação Confraria
Leia a matéria da revista: "A temperatura política na Paraíba está elevadíssima. Em plena disputa eleitoral, denúncias de desvio do dinheiro público dão uma conotação policial ao noticiário político e colocam na berlinda o governador tucano Cássio Cunha Lima, candidato à reeleição, e, principalmente, Cícero Lucena, ex-prefeito de João Pessoa e candidato ao Senado, também do PSDB. Lucena chegou inclusive a ser preso pela Polícia Federal numa operação anticorrupção e precisou recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral para salvar sua candidatura. Há indícios de que o rombo deixado pelo candidato a senador na Prefeitura de João Pessoa chegue a R$ 100 milhões.
Procurado por ISTOÉ em João Pessoa, o ex-prefeito não quis se defender. Mandou dizer por um auxiliar – o jornalista Carlos Cezar Ferreira Muniz – que os processos correm sob segredo de Justiça e que, nesse caso, é melhor deixar que a própria Justiça se manifeste. O jornalista Ferreira Muniz foi secretário de Comunicação Social de Lucena e pesa sobre ele a acusação de ter utilizado irregularmente uma verba publicitária de R$ 4,3 milhões em favor da empresa MIX Comunicação. Segundo decisão do Tribunal de Contas do Estado, o dinheiro terá que ser devolvido aos cofres públicos. A empresa é responsável também pela mídia do governo estadual e por toda a campanha eleitoral do PSDB.
A operação da PF, que leva o nome de “Confraria”, foi deflagrada em meados do ano passado, quando Lucena era o titular da Secretaria de Planejamento do Estado. E sua origem é uma denúncia de setembro de 2002 – Lucena era o prefeito –, formulada pelos ex-deputados Carlos Mangueira e Ricardo Coutinho. Como chefe do executivo municipal, Lucena usou extintos contratos para desviar dinheiro da prefeitura. Antes de o escândalo se tornar público, ele carregava a fama de administrador corajoso e exímio tocador de obras. “Estamos sendo levados a crer na existência de forte motivação para impulsionar a demonstração de rara coragem do administrador, assessorado pela participação de inúmeras pessoas, como se fosse uma confraria, ao resolver afrontar a lei sem qualquer pudor”, afirma um relatório do Tribunal de Contas.
Segundo as investigações, o então prefeito teria tirado dinheiro dos cofres municipais, utilizando uma extinta licitação para justificar a retirada dos recursos. A licitação extinta foi homologada pela Prefeitura de João Pessoa em 16 de setembro de 1991. “Ela se destinava a obras de infra-estrutura para a recuperação acelerada de diversos bairros, conjuntos habitacionais e favelas da zona sul da cidade”, lembra o ex-deputado Mangueira. O contrato havia perdido sua validade por não ter sido inscrito no Plano Plurianual entre 1993 e 1999 e, por ter permanecido inativo, foi irremediavelmente extinto, não podendo, em nenhuma hipótese – segundo decisão do Tribunal de Contas – ser utilizado nem mesmo revalidado.
Apesar da decisão do Tribunal de Contas, o contrato foi revalidado e transferido por instrumento de cessão parcial à Construtora Julião Ltda., para que fossem executadas, com verbas federais, melhorias de transportes coletivos e urbanos, interligação de avenidas e acesso a conjuntos habitacionais totalmente fora das áreas abrangidas pelo projeto original. Todos os aditivos foram considerados ilegais pelo TCU. Posteriormente, outras cessões do contrato para a Julião e desta para outras empresas foram ampliando astronomicamente valores e quantitativos de obras. Incluem-se no pacote a urbanização e a iluminação da orla marítima de João Pessoa, com a inclusão no contrato da Construtora Plena Ltda., em 23 de novembro de 2000, mediante cessão de direitos feita pela Julião. Nessa ocasião, ocorreu o misterioso suicídio de um dos secretários municipais de Infra-estrutura, que teria assinado alguns dos milionários aditivos.
“Com inúmeros aditivos e cessões de contrato, os valores foram se multiplicando e as obras se espalhando por toda a cidade, sempre fora da área originalmente prevista. Ou seja, um contrato extinto passou a ser usado para qualquer tipo de obra e a qualquer preço, dependendo da disponibilidade de recursos que pudessem ser captados através da bancada federal de apoio ao então prefeito Cícero Lucena”, constata Mangueira. Para descobrir o valor exato dos desvios protagonizados pelo ex-prefeito, a Polícia Federal aposta na localização de sete computadores que desapareceram misteriosamente da Secretaria de Planejamento tão logo foram reveladas as primeiras acusações. Na memória dessas máquinas, segundo a PF, pode estar o registro do valor total da fraude."Fonte: Isto é.

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