.comment-link {margin-left:.6em;}

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

 

Ney desafia a quem provar envolvimento dele

Em depoimento ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ontem, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), citado no relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas por conduta incompatível com o decoro parlamentar, afirmou que não merece as acusações de que está sendo vítima e desafiou os parlamentares a apresentarem “provas concretas” que o incriminem. Nesse caso, garantiu que renunciaria ao mandato e à campanha pela reeleição. Suassuna registrou que tem anos de mandato parlamentar e vários diplomas universitários e disse que não se conforma com a possibilidade de um simples bandido, referindo-se ao empresário Luiz Antônio Vedoin, dono da Planam, pôr abaixo toda sua história com uma simples declaração. “Eu renuncio a meu mandato aqui e agora e também a minha campanha na Paraíba se me apresentarem outra prova, a não ser a de um bandido que uma hora falou “eu acho que ele sabia” e outra hora disse “acho que ele não sabia”. Eu não mereço tudo o que está acontecendo”, desabafou Suassuna. “Esta afirmação não é clara e não há contra mim outra acusação se não essa”, reforçou. Afirmando ser inocente, Suassuna disse que desconhece os personagens da “máfia das ambulâncias” e que nenhum deles o conhece. O senador garantiu que nunca falou pessoalmente ou por telefone com a ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino ou com os empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin, donos da empresa acusada de comandar o esquema de fraudes para a compra superfaturada de ambulâncias com utilização de emendas parlamentares ao Orçamento da União. Suassuna depôs sem a assessoria de advogado e em reunião aberta. Ele estava acompanhado por sua ex-mulher, Tânia, e pelos três filhos - Rodrigo, Diego e Fabrício. “Fiz a melhor defesa que pude. Fui extremamente claro e o mais incisivo que poderia ser”, destacou. Ney disse que está tranqüilo e espera com muita humildade a votação do relatório, que deve acontecer na próxima quarta. Suassuna acusa seu ex-assessor Suassuna também disse que conheceu Marcelo Cardoso Carvalho ao assumir o Ministério da Integração Nacional, onde o ex-funcionário trabalhava como assessor parlamentar e, mais tarde, o contratou para seu gabinete. Suassuna alega que Marcelo Carvalho falsificou sua assinatura. Já o ex-assessor disse que o senador sabia das negociações que promovia e nega ter falsificado qualquer assinatura em pedidos de liberação de emendas do Orçamento da União. A CPI Mista dos Sanguessugas levantou informações sobre depósitos bancários no valor de R$ 21 mil na conta bancária de Marcelo Carvalho. O senador observou que só tinha elogios a Marcelo, que ele era extremamente simpático e dedicado, muito elogiado pelos prefeitos. “Nunca imaginei que isso pudesse acontecer’’, desabafou Suassuna, informando que ao saber das denúncias pela rádio CBN, em maio último, pediu à chefe de gabinete que demitisse Marcelo e o outro funcionário envolvido na denúncia. O senador Jefferson Péres (PDT-AM), relator do processo disciplinar contra Suassuna no Conselho de Ética, questionou o senador paraibano a respeito de uma assinatura em ofício de Suassuna que destinava recursos de R$ 1,6 milhão, que deveriam ser transferidos para a Paraíba, ao Instituto de Pesquisa e Promoção de Educação e Saúde, no Rio de Janeiro. Suassuna disse que abordou o assunto com seu assessor à época, Marcelo Carvalho, e que este teria atribuído o fato a um equívoco. O senador também afirmou que o ofício pode ter sido assinado por ele sem que tenha percebido, quando da assinatura de muitos papéis em seu gabinete. Apesar das explicações, Jefferson Péres quis saber o motivo pelo qual Suassuna não quis averiguar como tal ofício - um assunto considerado grave pelo relator - saiu de seu gabinete. O senador disse que outras pessoas assinaram por ele documentos oficiais, além de seu ex-assessor Marcelo Carvalho, inclusive uma assessora do quadro do Senado, sua chefe de gabinete à época, que pediu para deixar o cargo. Essa assessora, no entanto, segundo Suassuna, assinou “de boa-fé” papéis em seu nome. Relator diz que não há indício de crime Após o depoimento do senador Ney Suassuna (PMDB-PB) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, ontem, o senador Jefferson Péres (PDT-AM), relator do processo disciplinar contra o parlamentar paraibano, afirmou que já tem opinião formada e poderia apresentar seu relatório imediatamente, pois, segundo ele, a oitiva de Suassuna não trouxe novidades. Péres disse que, para elaborar o relatório, consultou documentos, ouviu testemunhas e apreciou todo o comportamento de Suassuna, não apenas em relação à prática de ilícitos penais. Ele ressaltou que pode haver quebra de decoro sem que o parlamentar pratique ilícito penal. “Vamos julgar é se houve ou não quebra de decoro e não se houve ilícito penal. Não estou absolvendo o senador por todo o comportamento dele. Devo deixar claro que um parlamentar, por ações ou omissões, pode ter cometido falta de decoro, quebrado o decoro, sem necessariamente ter praticado ilícito. Não é preciso cometer ilícito penal para cometer quebra de decoro. Um senador pode quebrar o decoro, ter um comportamento indecoroso por muitas outras ações ou omissões que ele praticou”, explicou. Na opinião do relator, não há comprovação nem indício de que o senador Ney Suassuna tenha cometido o ilícito penal de recebimento de propina envolvendo venda superfaturada de ambulâncias com recursos de emendas parlamentares ao orçamento da União. “Quanto ao recebimento de propina pelo senador [Suassuna], ele não precisaria nem se defender. Não há nada no processo que comprove ou mesmo indique como indício forte que o senador tenha se beneficiado das propinas recebidas pelo seu assessor”, disse Jefferson Péres. O senador Suassuna enfrenta processo disciplinar porque seu nome foi incluído no relatório parcial da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas. Péres defende que, se a CPI tem provas da participação do senador, deve encaminhar o relatório ao Ministério Público e à Polícia Federal. Na opinião de Jefferson Péres, quando o senador Ney Suassuna soube que sua assinatura foi falsificada em documentos envolvendo recursos vultosos, deveria ter aberto imediatamente uma sindicância e até mesmo inquérito policial em relação ao assunto. “Cada um tem sua maneira de reagir. Não posso julgar os outros por mim. Eu teria imediatamente pedido a abertura de inquérito policial e não apenas o inquérito administrativo no Senado”, ressaltou o relator. Em relação à negativa de Suassuna quanto a ter perguntado ao presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), se ele não sabia que “90% dos parlamentares tiram uma beirada das emendas ao orçamento”, Péres disse que é inútil fazer acareação entre os parlamentares porque ambos afirmaram com determinação e iriam reiterar o que disseram. DA REDAÇÃO do Jornal da Paraíba.

O Jornal Nacional disse que o relator Jefferson Peres vai pedir a cassação do parlamentar paraibano
O relator nega antecipação de voto à Imprensa. William Bonner e Fátima Bernardes deram informação no Jornal Nacional O Jornal Nacional, principal programa de jornalismo da Rede Globo, nesta quarta-feira, através de seus âncoras – William Bonner e Fátima Bernardes, que o relator Jefferson Peres, da Comissão de Ética no trato do caso das ambulâncias envolvendo o senador Ney Suassuna, vai pedir a cassação do parlamentar paraibano, Em contato, por telefone, Peres disse a Suassuna que não deu informação a nenhum veiculo de comunicação. O casal de jornalistas / âncoras trouxe a informação, sem tape do Jefferson Peres, ao final da edição do Jornal Nacional como fato consumado pela confiança obtida pela equipe de jornalismo, mesmo sem manifestação do senador do PDT. Assim que tomou conhecimento da noticia, o senador Ney ligou para Jefferson Peres de quem ouviu a informação de que não dera nenhuma declaração a nenhum veículos de comunicação nem autorizava ninguém falar por ele antes de ler o relatório na comissão no próximo dia 4. Mesmo assim, desde o Jornal Nacional que o senador do PMDB está reunido com seu staff de campanha para decidir o que fazer a partir de agora com a nova conjuntura. No decorrer desta quinta-feira, Ney deve reunir a imprensa para anunciar suas próximas movimentações. Unidade - O coordenador de comunicação da campanha da coligação “Paraíba de Futuro”, Nonato Bandeira, disse nesta quarta-feira que a campanha se mantém unida, independentemente da informação da Rede Globo. - Agora, mais do que nunca, a campanha está unida e gerando muitos fatos favoráveis à vitória de nossos candidatos – afirmou.

Comments: Postar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?