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terça-feira, 30 de maio de 2006

 

Marcola pra Presidente

Tem circulado, na Internet, uma propaganda "defendendo" candidatura do bandido Marcola para presidente.
Entre tantos, a campanha prega: "Ele em três dias (de terrorismo em São Paulo), Marcola reduziu o transito, os camelôs e a carga de trabalho. Aumentou o número de policiais nas ruas, mobilizou os deputados, provocou aumento do dólar pra salvar os exportadores, baixou a taxa de roubos..."
Marcola também "uniu governo e oposição contra a violência, sem contar que é ladrão assumido, não propõe acordo, nem dança comemorando a pizza". Finalmente, Marcola "é tão bom que fez tudo isto, preso e usando apenas um celular, imagina se tivesse solto e com a máquina nas mãos!" É a desmoralização total. ( Helder Moura, Correio da Paraíba)

domingo, 28 de maio de 2006

 

‘Grampo’ complica situação de acusados de fraudes em Sousa

As investigações sobre a “Operação Carta Marcada” estão se aprofundando e alguns indícios comprovam a participação das 12 pessoas que foram presas por suspeita de participação no esquema que fraudava licitações e desviava verbas federais nos municípios. O grampo telefônico autorizado pela Justiça flagrou uma conversa entre o secretário de Obras da prefeitura de Sousa, Bertrand Pires Gadelha – primo e cunhado do prefeito Salomão Gadelha – com o engenheiro Heleno B. Moraes, proprietário de uma das empresas apontadas como “fantasma” pela Polícia Federal, quando ocorreu a prisão temporária dos acusados. O esquema funcionava na base de “comissão” de 8% do valor da execução da obra, cujo dinheiro era pulverizado na “boca do caixa”. Os beneficiários recebiam o recurso através de depósitos bancários em suas contas pessoais, como mostra a conversa entre Bertrand e Heleno, que combinam a divisão do dinheiro. As investigações detectaram, em várias ocasiões, a repetição do “modus operandi” descrito no diálogo entre o auxiliar da prefeitura de Sousa e o engenheiro, proprietário de uma das construtoras que prestavam serviços para o município. A conversa entre os dois envolvidos na “Operação Carta Marcada” está transcrita nas folhas 253/254 e de nº 67 e 68 às folhas 403/404. Apesar de correr em segredo de Justiça, conforme determinou a juíza federal Cristina Maria Garcez no mandado de segurança contra os acusados, o sigilo acabou vazando e a magistrada agora quer saber quem é o responsável pela quebra do segredo. No diálogo por telefone, o engenheiro Heleno B. Morais conversa com o secretário Bertrand e afirma: “Eu só vou mandar trinta e um mil e seiscentos (R$ 31.600,00)”. Em seguida, Bertrand responde: “Você botou quanto, oito? E eles seguem conversando, tranqüilamente. Em outro trecho, o secretário e primo-cunhado do prefeito Salomão Gadelha pede ao engenheiro Heleno Moraes que sejam depositados R$ 10 mil na conta bancária de Karla, tratado apenas pelo primeiro nome (Karla Antunes Rocha, esposa de Bertrand Pires Gadelha) e R$ 21 mil restantes na dele (Bertrand).
Vereador denuncia Salomão A situação do prefeito do município de Sousa, Salomão Gadelha, se complica a cada dia. O vereador Francisco Veras Pinto de Oliveira, da bancada de oposição ao prefeito, protocolou uma denúncia junto ao Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Contas da União e Polícia Federal. A denúncia, mais uma vez, envolve a construtora Rio Negro, listada entre as “laranjas” da Operação Carta Marcada. Segundo o vereador, o prefeito Salomão Gadelha teria pagado R$ 150,5 mil à Construtora Rio Negro por medições dos serviços de construção de um posto do Programa Saúde da Família (PSF) no bairro Jardim Sorrilância II que, na realidade, jamais foi construído. Para amparar a denúncia, o vereador anexa cópias das notas de empenho e uma foto do local onde seria construído o posto. Esse valor foi dividido em seis empenhos. “Além da construtora ter recebido por medições de serviços não executados, a empresa é tida como de ‘fachada’, ou ‘laranja’ pela Operação Carta Marcada da Polícia Federal, Receita Federal, Ministério Público Federal e Receita Previdenciária”, diz o vereador na denúncia encaminhada. Segundo ainda a denúncia, os recursos que chegaram ao município vieram do governo federal. “Os fatos descritos nesta denúncia, além de ferir os princípios norteadores da administração pública, causaram, em tese, prejuízo ao erário”, diz o vereador Francisco Veras. (Gisa Veiga e MARCONE FERREIRA, do Jornal da Paraíba).

sábado, 27 de maio de 2006

 

Simon prega afastamento de Ney, mas ele permanece

O senador paraibano Ney Suassuna vai permanecer na liderança do PMDB, apesar do discurso de ontem do senador gaúcho Pedro Simon, pré-candidato a presidente da República, defendendo o seu afastamento. Simon diz que Ney precisa se explicar sobre as denúncias de envolvimento no escândalo da máfia das ambulâncias. Ney reage com tranqüilidade. Diz que Simon está ‘irado’ por causa do seu posicionamento contrário à tese de candidatura própria na eleição presidencial. Além disso, Simon alegou também que o senador paraibano não costuma reunir-se com os demais integrantes da bancada do PMDB na consulta aos parlamentares a respeito das posições do partido nas votações em plenário. O senador gaúcho afirmou que a imprensa já divulgou várias notícias, comentando sobre o suposto envolvimento do senador nas fraudes, o que não foi confirmado. “Portanto, é recomendável que ele (Suassuna) prove sua inocência sem a ‘patente’ de líder do nosso partido”, comentou. “São tantas as referências envolvendo o seu nome que é necessário o seu afastamento para responder às acusações como cidadão. Não mais como líder do PMDB”, acrescentou o senador Pedro Simon. No mesmo discurso, ele acusou outros companheiros de legenda, a exemplo dos senadores Renan Calheiros, José Sarney e os deputados federais Geddel Vieira Lima e Jader Barbalho. Todos favoráveis a uma aliança com o PT. Em Cajazeiras, onde se encontra participando do Seminário Paraíba do Futuro, promovido pela Fundação Ulisses Guimarães, o senador Ney Suassuna não quis comentar o que considerou de “a ira” do seu companheiro de partido Pedro Simon, “mas só posso atribuir que seja o reflexo da decisão do PMDB nacional em adiar a convenção do dia 11 para 29 de junho”, afirmou. Na opinião de Suassuna, o adiamento da convenção peemedebista “sepulta” a tese de candidatura própria defendida por alguns peemedebistas, “entre os quais se enquadra o senador Simon”, destacou. Na opinião de Ney, esse não é assunto para ser discutido pela imprensa, mas sim uma questão interna do partido, “instância que deveríamos estar conversando a respeito do assunto”, acrescentou. “Acho que é um assunto para ser discutido internamente, até porque o senador (Pedro Simon) não tem autoridade para fazer essa defesa de forma isolada”, afirmou Suassuna, lembrando que a bancada do PMDB é composta de 23 senadores. Suassuna está convencido que a insatisfação de Pedro Simon com a liderança do PMDB é pelo fato de sua posição contrária ao lançamento de candidatura própria. Ney não pretende estabelecer uma reação mais forte ao pronunciamento do senador gaúcho, “até porque o partido já decidiu transferir para o dia 29 de junho a convenção nacional, que o senador gaúcho é contrário”, concluiu. (MARCONE RREIRA
do Jornal da Paraíba)

Comissão adia relatório e Suassuna denuncia boicote
Senador diz que PSDB e PFL faltaram à reunião porque sabiam que ele seria absolvido
Vanderlan Farias
O senador Ney Suassuna (PMDB), candidato a reeleição, acusou PSDB e PFL de boicotarem a apresentação do parecer do senador Jéfferson Peres (PDT/AM) sobre o processo que responde no Conselho de Ética, acusado de envolvimento no escândalo das ambulâncias. Cinco dos seis representantes do PFL e os três do PSDB não compareceram à reunião de ontem, prejudicando o quorum, e a apresentação do relatório ficou para o dia 4 de outubro.
"Percebemos claramente que há uma sincronia nas ações, a partir da Paraíba, dos dois partidos no sentido de me prejudicar. Tanto que apenas o senador Romeu Tuma (PFL) compareceu à reunião. Só posso lamentar tudo isso porque queria uma solução rápida para o problema", afirmou Suassuna. Ney mostrou-se chocado com o adiamento porque está convicto de que o parecer de Peres seria no sentido de inocentá-lo, diante da farta documentação apresentada ao processo, em sua defesa, e da constatação pelo próprio relator de que inexistem provas da acusação de recebimento de propina no caso da compra superfaturada das ambulâncias. "Chego até mesmo a duvidar se realmente existe essa acusação porque sabemos agora que gente de João Pessoa vinha constantemente à Brasília conversar com a família Vedoim, com o pretexto de estar à procura de dossiês. Sabemos agora o que essas pessoas faziam aqui (em Brasília)", disparou o senador peemedebista.
Suassuna disse que agora pretende retomar a campanha pela reeleição na Paraíba, concentrando suas ações em João Pessoa e Campina Grande, onde conta com apoio dos prefeitos Ricardo Coutinho (PSB) e Veneziano Vital (PMDB). Apesar de chateado com a decisão da Comissão de Ética, o senador continua confiante no julgamento do eleitorado paraibano. “Tenho certeza que o eleitor paraibano saberá diferenciar um candidato suspeito, que esperava esclarecer tudo com a apresentação do relatório de hoje (ontem) , de outro condenado em vários processos onde terá que devolver algo em torno de R$ 160 milhões", concluiu. (Correio da Paraíba)

domingo, 14 de maio de 2006

 

É grave a situação de Salomão Gadelha

O Prefeito de Sousa, Salomão Gadelha, se complica com ambulância superfaturada do MT .Os primeiros resultados da Operação “Carta Marcada”, deflagrada na última sexta, 12, pela Polícia Federal, revelaram uma relação no mínimo “amigável” entre a Prefeitura de Sousa e a Construtora Rio Negro. Salomão Gadelha teria fechado pelo menos nove contratos com a construtora, que está sendo investigada pela PF como uma das empresas fantasmas envolvidas em lavagem de dinheiro público. A Rio Negro teria recebido aproximadamente R$ 880 mil por obras não executadas. Entre elas, para a suposta construção de sete unidades de saúde do Programa de Saúde da Família em Sousa e para obras de recuperação de estradas. Por apenas os serviços de recuperação, terraplenagem e tapa-buracos de estradas que ligam Sousa a distritos vizinhos, a Rio Negro recebeu R$ 407,550 mil. Além disso, a prefeitura empenhou R$ 236,898 mil para a construção dos postos de saúde. A empresa não chegou a construir os postos. Foram feitos sete empenhos nos meses de outubro e novembro do ano passado e os valores variavam de R$ 15 mil a R$ 94 mil. A Operação Carta Marcada revelou que a Rio Negro funcionava como uma empresa de fachada, que recebia os valores das obras mas não executava o serviço que, na maioria dos casos, foi feito por servidores da própria prefeitura e pagos com recursos do município. Além de receber por obras não executadas, a construtora ainda teria vencido licitações dirigidas. Ou seja: aquelas em que somente uma empresa pode vencer a concorrência. De acordo com uma vasta documentação encaminhada pelo deputado estadual Lindolfo Pires (PFL) ao Fórum de Combate à Corrupção (Focco), a Rio Negro funcionava na Rua da Misericórdia, 77, sala 5, primeiro andar, no Centro de Goiana, em Pernambuco. Toda a estrutura da empresa, de acordo com o documento, se resumia a uma sala. A documentação ainda indica que os cheques emitidos pela Prefeitura de Sousa eram assinados por Heleno Batista de Morais, que era identificado nos documentos como sócio-gerente da Rio Negro. Cabia a ele fazer os contatos com a prefeitura e assinar os recibos. O deputado também encaminhou cópias das denúncias para o Tribunal de Contas do Estado, pedindo uma apuração urgente. A Secretaria do Controle Externo do Tribunal de Contas da União foi outro órgão que recebeu a representação de autoria do deputado Lindolfo Pires pedindo uma investigação em obras realizadas pela prefeitura de Sousa. Segundo informações da secretaria, ainda não há uma decisão do TCU sobre o pedido, mas a representação está tramitando em segredo de justiça. O documento foi encaminhado para o Tribunal em setembro do ano passado e comunicava irregularidades na aplicação de verbas públicas federais em obras no município. O chefe de gabinete da Prefeitura de Sousa, Gilberto Videres, alega que as licitações firmadas com a Construtora Rio Negro foram feitas seguindo os trâmites legais. Segundo ele, não há indícios de superfaturamento ou irregularidades cometidas durante o processo licitatório. Videres disse que Salomão Gadelha está tranqüilo e pronto para colaborar. “Desde que a Operação foi deflagrada, o prefeito deixou claro que quer colaborar com as investigações. A documentação que foi pedida à prefeitura foi liberada sem qualquer empecilho”, reforçou. Gilberto Videres disse que o envolvimento da prefeitura de Sousa na Operação é fruto do “denuncismo” dos seus adversários políticos. “Parece que o governo do Estado autorizou os seus aliados na nossa região a criarem factóides e impedirem a administração de Salomão”, completa.
Duas fontes de recursos para uma só obra De acordo com as investigações da Polícia Federal, a Construtora Rio Negro é uma das empresas de fachada que estariam vencendo licitações simuladas para executar obras em pelo menos 54 prefeituras da Paraíba. A maior parte das licitações envolvia verbas vindas do governo federal. No caso de Sousa, a prefeitura teria conseguido os recursos com o governo federal e repassado os valores para a construtora, que seria de propriedade de Deczon Farias da Cunha, o chefe da quadrilha. Em seguida, a obra era executada com verbas do próprio município e por servidores da administração local. Ou seja: para apenas uma obra havia duas fontes de recursos. A PF também apreendeu na prefeitura da cidade documentos para averiguação do envolvimento da administração no esquema. O trabalho da PF na Operação Carta Marcada resultou, na última sexta, 12, na prisão temporária de 12 acusados de envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro, além da apreensão de documentos e equipamentos de informática. Foram expedidos 12 mandados de prisão, além de 32 de busca e apreensão de documentação e arquivos de informática em empresas ligadas à construção civil, fornecimento de bens, serviços e fomento mercantil, na Paraíba e no Rio de Janeiro. (LKA)
Veículo tinha preço mais alto em 2002 do que hoje A Prefeitura de Sousa adquiriu ao preço de R$ 110 mil uma ambulância à empresa Santa Maria Comércio e Representação Ltda, de Cuiabá, suspeita de ser beneficiada no escândalo do superfaturamento da compra de ambulâncias, que está sendo investigado pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga. Segundo a nota fiscal da compra, a aquisição do veículo teria sido feita em outubro de 2002. A nota fiscal descreve o veículo como uma van 0 KM da marca Fiat, modelo Iveco Daily, adaptada para atendimento médico. O mesmo documento ainda traz os recursos que foram adquiridos para equipar a ambulância, tais como tubos de oxigênio e talos de imobilização de pernas e braços. De acordo com informações do Sistema Sintegra, que reúne informações sobre cadastros de empresas de todo o país, a situação da empresa Santa Maria, até dezembro do ano passado, constava como “não habilitada”. No item que resume a atividade econômica da instituição, a Santa Maria é descrita como empresa de “comércio e varejo de automóveis, caminhões e utilitários novos”. Um ponto que chama a atenção é que na nota fiscal com a compra da ambulância também constam a descrição dos recursos hospitalares adquiridos para equipar o veículo. No Sintegra, a Santa Maria consta como empresa de comércio de automóveis e não de produtos hospitalares. A prefeitura de Sousa ainda possui dois convênios firmados com o Ministério da Saúde para aquisição de ambulâncias. Os recursos vieram do Fundo Nacional de Saúde, conforme dados coletados no sistema de Consulta a Convênios”, disponível na página na internet da Controladoria Geral da União. Em um deles, a vigência do convênio teve início no dia 18 de dezembro de 2002 e foi encerrado em 14 de outubro de 2003. O valor da contrapartida da prefeitura foi de apenas R$ 4,8 mil. Já no outro convênio, cujo início da vigência foi em 5 de julho de 2002, a prefeitura aplicou R$ 27,5 mil de contrapartida. O convênio teve validade até 25 de abril de 2004 e a última liberação de verba, segundo a página da CGU, foi de R$ 247,5 mil.
Vereador formaliza denúncias no tribunal O Tribunal de Contas do Estado (TCE) recebeu na última quinta, 11, uma denúncia formulada pelo vereador Gerlando Linhares da Silva, de Sousa, contra o prefeito do município, Salomão Gadelha. No documento, o vereador diz que Salomão teria empenhado e pago R$ 214.706,49 à empresa Rio Negro por obras que, segundo o vereador, foram executadas pelo governo do Estado. As obras incluem serviços de terraplenagem, recuperação e tapa-buracos. Direcionada ao presidente do Tribunal, o conselheiro José Marques Mariz, a denúncia pede que o órgão faça uma vistoria in loco nas estradas vicinais, que ligam o município aos distritos da região. Pede, ainda, que o TCE encaminhe o resultado da vistoria à Procuradoria Geral do Estado. O governo do Estado havia autorizado o Departamento de Estradas de Rodagem a recuperar estradas que ligam Sousa a cidades circunvizinhas. O DER cumpriu a ordem e realizou as obras, que totalizaram a quantia de R$ 214.706,49. No entanto, o prefeito de Sousa teria feito medições e repassado pagamentos à Empresa Rio Negro, que teria sido a responsável pela obra. De acordo com informações do vereador, Salomão tinha pago por serviços executados pelo Estado e estariam usando a obra como uma iniciativa da prefeitura local. Gerlando Linhares disse que fez a denúncia porque a população local estava cobrando uma reforma nas estrada. A reforma veio mas não teria sido feita pelo DER, pois havia uma divulgação, por parte da prefeitura municipal, de que as obras pertenciam ao prefeito salomão. “São muitos os desmandos cometidos pelo prefeito Salomão Gadelha”, detona Linhares. (LÍVIA KAROL ARAÚJO, do Jornal da Paraíba).

Vereadores vão ao MPF para investigar Sousa

As investigações da Polícia Federal no âmbito da “Operação Sanguessuga”, que apura desvio de verbas federais em convênios para a compra de ambulâncias, revelam que a quadrilha operava também para a Prefeitura de Sousa, que em abril de 2002 comprou três delas pagando R$ 275 mil. Existe um forte indício de irregularidades, pois os vereadores Gerlando Linhares (PSB) e Dede Veras (PSDB) acreditam que os veículos foram adquiridos através da Planam, principal envolvida na máfia. A desconfiança dos vereadores com a compra das ambulâncias pela prefeitura de Sousa na administração do prefeito Salomão Gadelha aumentou ainda mais por causa de Gerson Pereira da Silva, que assina autorização para a transferência de veículo. Gerson é um dos 81 denunciados pelo Ministério Público Federal de Brasília pelo envolvimento na máfia dos “sanguessugas”. “Sem dúvida, é uma pista que se tem para concluirmos que Sousa está na rota desse escândalo”, acredita Veras. Gerlando e Veras recorreram ao Ministério Público Federal com representação no município pedindo uma investigação, inclusive entregaram documentos como notas fiscais, documentos dos veículos e do licenciamento das ambulâncias. “Estamos desconfiados de que existe algo errado, porque foram compradas em Mato Grosso à empresa Santa Maria Comércio e Representação”, disse o vereador Dede Veras. Ele acredita que seja “fantasma” e pode estar vinculada à Planam, conforme suspeita o parlamentar. O vereador Gerlando Linhares, que assina o pedido de investigação encaminhado ao Ministério Público Federal, desconfia que as ambulâncias compradas pela prefeitura podem ter sido adquiridas por preços superiores praticados no mercado. “Ou seja, superfaturadas e ainda com fortíssimos indícios da simulação fraudada na aquisição de veículo usado como novos fossem”, declarou ele. Na sua denúncia ao MPF, com pedido de apuração, o vereador anexou vários documentos e fotos das ambulâncias. “É preciso uma investigação profunda, porque não resta a menor dúvida de fortes indícios de superfaturamento na compra dessas ambulâncias, até porque foram adquiridas no Estado de Mato Grosso, centro da investigação da Polícia Federal e onde existe o maior volume de pessoas indiciadas pelo Ministério Público”, afirmou Dede Veras. A denúncia encaminhada pelos vereadores ao Ministério Público Federal pede que seja investigado o prefeito Salomão Gadelha, cuja administração vem sendo alvo de uma apuração por causa do envolvimento na “Operação Carta Marcada”, deflagrada na Paraíba com o objetivo de investigar fraude em licitações. O OUTRO LADO A reportagem procurou o prefeito Salomão Gadelha para dar a sua versão sobre o assunto, mas ele não atendeu o seu celular. Tentou através de sua assessoria, mas a informação era de que estava em trânsito, saindo de João Pessoa para Sousa. Ambulâncias custaram R$ 275 mil Notas fiscais comprovam que a prefeitura de Sousa comprou três ambulâncias à empresa Santa Maria Comércio e Representação Ltda., instalada no Estado de Mato Grosso, onde a Polícia Federal de Brasília desmantelou um esquema de compra desses veículos com recursos do orçamento da União. O valor pago é na ordem de R$ 275 mil. Localizada no centro de Cuiabá, a atividade econômica da empresa que vendeu as ambulâncias à prefeitura de Sousa, conforme consta nos registros do Departamento de Trânsito no Estado de Goiás, é comércio a varejo de automóveis, caminhonetes e utilitários novos. Num primeiro momento, foram adquiridas duas ambulâncias e a prefeitura pagou por ambas R$ 165 mil, comprando uma terceira no valor empenhado na ordem de R$ 110 mil. Todas as informações sobre a transação encontra-se no Sistema de Acompanhamento de Gestão das prefeituras do País do Tribunal de Contas do Estado, no caso de Sousa na Corte de Contas na Paraíba. A informação é que as ambulâncias foram adquiridas através de tomada de preço. A Polícia Federal investiga a ação de uma quadrilha que operava no Ministério da Saúde e que, segundo informações, tinha o apoio de parlamentares do Congresso Nacional, a maioria deputados federais. O esquema foi desmantelado no começo deste mês e, pelo menos, sete representantes paraibanos entraram numa lista como sendo beneficiários da ação. A suposta irregularidade na compra das ambulâncias pela prefeitura de Sousa, cujo indício é mais em função de terem sido compradas em Mato Grosso, Estado onde a Polícia Federal concentrou as ações da “Operação Sanguessuga”, também deverá integrar esta investigação. (MARCONE FERREIRA do Jornal da Paraíba, 06/06/2006) .

domingo, 7 de maio de 2006

 

Deputados da PB gastam R$ 1 mi com combustível pago pela Câmara

Deputados federais paraibanos gastaram juntos, em 2005, R$ 815 mil com combustível consumido no Estado. Esse foi o valor total da indenização que a Câmara Federal pagou aos deputados da Paraíba em forma de verba indenizatória. O benefício chega, para cada parlamentar, a R$ 180 mil por ano e tem objetivo de bancar as despesas dos deputados nos Estados. A verba está sob a mira da Corregedoria-Geral que investiga supostos abusos nos gastos, conforme revelou reportagem do Jornal O Globo na semana passada. A matéria levantou suspeitas da Corregedoria da Câmara que vai ampliar o raio de investigação: quem foi reembolsado será investigado. E isso inclui os deputados paraibanos. Como medida cautelar, a mesa diretora da Câmara resolveu estipular em 30% dos gastos da verba indenizatória com combustível. Em 2005, teve deputado federal paraibano que ficou acima desse limite. Com R$ 815 mil, os deputados paraibanos tiveram condições de rodar juntos aproximadamente 40,7 mil quilômetros, o que significam 88 viagens de João Pessoa a Cajazeiras, uma das maiores distâncias da Paraíba. A campeã em gastos com combustível na Paraíba, de acordo com informações da Câmara Federal, foi a deputada Lúcia Braga. Dos R$ 180 mil a que tinham direito, ela gastou R$ 129 mil com combustível no ano passado. O deputado Enivaldo Ribeiro (PP) pediu R$ 124 mil em indenização. A verba indenizatória tem funcionamento simples. Os deputados gastam nos Estados e pedem ressarcimento através de notas fiscais. O deputado Francisco Rodrigues (PFL-RR), um dos mais visados pela Câmara, chegou a gastar R$ 174 mil em gasolina em 2005. Ele admitiu que apresenta notas de gastos com combustível para justificar outras despesas.
Gastos com divulgação chegam a R$ 280 mil Além dos gastos com combustíveis, a verba indenizatória pode ser usada para despesas com divulgação de atividade parlamentar, locomoção, hospedagem e alimentação, bem como aquisição de material de expediente. Em 2005, de acordo com dados da Câmara Federal, os deputados federais paraibanos gastaram com divulgação parlamentar no Estado cerca de R$ 276 mil. O campeão de gastos com divulgação foi o deputado Marcondes Gadelha, do PSB. Ele consumiu exatos R$ 80.869,90 dos R$ 180 mil a que teve direito com verba para comunicação. O resto da verba foi consumido com combustível, locomoção, hospedagem e alimentação. O segundo que mais gastou com comunicação foi o petista Luiz Couto: R$ 50 mil em um ano. Neste item, o deputado Ricardo Rique (PL) não gastou um centavo sequer, e o deputado Domiciano Cabral (PSDB) apenas R$ 3 mil. O deputado tucano preferiu gastar metade de sua verba – cerca de R$ 90 mil - com locomoção, hospedagem e alimentação. (LT)
“Pedem dez vezes mais do que a gente ganha” Além do salário mensal de R$ 12 mil, os deputados federais têm direito, por mês, a R$ 55 mil para contratação de pessoal de gabinete, que pode atuar tanto em Brasília quanto no Estado do parlamentar, R$ 25 mil em passagens aérea, R$ 3 mil de serviços de correios e os R$ 15 mil de verba indenizatória. Ao todo, mais de R$ 100 mil para representar o cidadão. A maioria dos trabalhadores brasileiros podem achar muito, mas os parlamentares acham pouco. “Nos pedem (os eleitores) dez vezes mais do que isso”, diz o deputado federal Carlos Dunga (PTB). Segundo ele, o Congresso Nacional fica muito vulnerável a críticas sobre os gastos dos parlamentares. Ele lembra que o cidadão brasileiro já se enraizou com a cultura do assistencialismo. “Somos para o povo uma espécie de redentor dos problemas emergenciais, sendo obrigados a pagar contas, comprar remédios, pagar passagens e tratamentos médicos diariamente”, explica Dunga. (LUÍS TÔRRES do Jornal da Pareaíba) .

quinta-feira, 4 de maio de 2006

 

Enivaldo Ribeiro e Wellington Roberto nas malhas da PF

Enivaldo Ribeiro e Wellington Roberto serão investigados pela Operação Sanguessuga da PF
Os nomes dos deputados federais paraibanos Enivaldo Ribeiro (PP) e Wellington Roberto (PL) constam na lista que a Polícia Federal vai investigar por envolvimento na Operação Sanguessuga, que já prendeu mais de 40 pessoas em diversos Estados do País. A lista foi divulgada pela PF no final da tarde desta quinta-feira (4).
O assessor do senador Ney Suassuna, Marcelo Cardoso Carvalho, foi um dos presos pela Polícia Federal nesta quinta-feira, e já foi exonerado do gabinete do senador.Segundo a assessoria, o senador ficou surpreso ao ver a imagem de Carvalho na matéria do Jornal Hoje, da Rede Globo, entre os detidos pela Operação.
A Operação Sanguessuga tem como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada na prática de crimes contra a ordem tributária e fraudes em licitações na área da saúde que agia desde o ano de 2001. Foram expedidos 54 mandados de prisão e de busca e apreensão para os Estados do Acre, Amapá, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
A lista de parlamentares investigados:Alceste Almeida (PTB-RR) Amauri Gasques (PL-SP) Benedito de Lira (PP-AL) Benedito Dias (PP-AP) Carlos Rodrigues (PL-RJ) César Lauro Cleonâncio Fonseca (PP-SE) Edna Macedo (PTB-SP) Elaine Costa (PTB-RJ) Enivaldo Ribeiro (PP-PB) Fernando Gonçalves (PTB-RJ) Heleno Silva (PL-SE) Irapuan Teixeira (PP-SP) Isaías Silvestre (PSB-MG) Itamar Serpa (PSDB-RJ) Gilberto Nascimento (PMDB-SP) João Batista (PFL-SP) João Caldas (PL-AL) João Correia (PMDB-AC) João Magalhães (PMDB-MG) João Mendes de Jesus (PSB-RJ) José Divino (PMDB-RJ) José Militão (PTB-MG) Junior Betão (PL-AC) Laura Carneiro (PFL-RJ) Lino Rossi (PP-MT) Eduardo Seabra (PTB-AP) Marcos Abramo (PFL-SP) Mario Negromonte (PP-BA) Mario Nunes (PFL-BA) Mauricio Rabelo (PL-TO) Nélio Dias (PP-RN) Newton Lima (PTB-SP) Nelson Bornier (PMDB-RJ) Nilton Capixaba (PP-RO) Osmânio Pereira (PTB-MG) Paulo Magalhães (PFL-BA) Paulo Baltazar (PSB-RJ) Pedro Henry (PP- MT) Pedro Ribeiro (PMDB-CE) Raimundo Santos (PL-PA) Reginaldo Germano (PP-BA) Ribamar Alves (PSB-MA) Ricarte de Freitas (PTB-MT) Robério Nunes (PFL-BA) Ronivon Santiago (PP-AC) Silas Câmara (PTB-AM) Severiano Alves (PDT-BA) Thelma de Oliveira (PSDB-MT) Vieira Reis (PMDB-RJ) Wellington Roberto (PL- PB) .

Também foram detidos sob a acusação de envolvimento no crime assessores do líder do governo no Senado, Ney Suassuna (PMDB-PB), e dos deputados federais Laura Carneiro (PFL-RJ) e João Mendes de Jesus (PSB-RJ). A PF realizou ainda a prisão de um assessor do Ministério da Saúde.
Fonte: Assessoria de Imprensa da PF

terça-feira, 2 de maio de 2006

 

“Trama contra Cássio foi armada por Maranhão”

Doleiro revela: “Trama contra Cássio foi armada por Maranhão”
O doleiro Alexandre Magero, autor de graves acusações, em 2002, contra o então candidato a governador da Paraíba pelo PSDB, Cássio Cunha Lima, confessou em depoimento à Polícia Federal de Pernambuco que todas as denúncias feitas ao Ministério Público Federal foram articuladas pelo senador José Maranhão e seus advogados, Lincoln Vita e Fábio (ele não revelou o sobrenome). Magero foi preso por chantagear autoridades em São Paulo. Em depoimento à Polícia Federal de Pernambuco, em julho de 2005, Alexandre Magero, porta-voz das acusações, afirmou, dois meses depois de ser preso, que as denúncias formuladas contra Cássio e aliados na campanha de 2002 tinham por objetivo unicamente desestabilizar a campanha do tucano ao governo da Paraíba.Em quatro laudas de depoimento, dados ao delegado José Juvêncio de Almeida Neto, Magero revela que foi instruído em reuniões que teve com Maranhão e seus advogados. Ele conta claramente que veio a Paraíba com a missão de atingir Cássio. Um dos advogados, Lincoln Vita, assessor jurídico do PMDB e irmão do ex-secretário da Casa Civil de Maranhão, Roosevelt Vita, segundo Magero, chegou a depositar em novembro de 2002, na conta de número 49839-1, Agência Natal, a quantia de R$ 10 mil. De acordo com o depoimento, a intenção era envolver o governador em grande esquema de lavagem de dinheiro e remessa ilegal de dólares para o exterior. As denúncias foram publicadas na edição N 1730 da Revista Isto É, no dia 27 de novembro de 2002. Tudo desmentido dois anos depois pela própria Isto É, em matéria intitulada “Usina de Dossiês”, onde eles relatam a prisão de Magero e o classificando-o como “estelionatário especializado em vender denúncias contra políticos de vários estados”. (LUÍS TÔRRES do Jornal da Paraíba)

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