.comment-link {margin-left:.6em;}

segunda-feira, 28 de novembro de 2005

 

Peçonha virtual

> Por HELENA STHEPHANOWITZ
>
> Artur Virgílio é uma abominação. Um idiota, criado
> no seio de uma ridícula família burguesa, que se acha
> aristocrata só porque tem a falta de imaginação de
> repetir o mesmo nome há quatro gerações.
> É um cafajeste metido a refinado, que grita com
> mulher em público e acha aceitável ameaçar dar uma
> surra no Presidente da República..
> ACM Neto também é um boçalzinho, que nunca precisou
> trabalhar duro na vida, se elegeu deputado às custas
> do avô coronel. E que a vô, hein? Fraudador de
> painel de votação do Congresso que, quando se viu
> prestes a perder o mandato, não honrou as calças que
> vestia e renunciou. Não vale um traque de José Dirceu.
> Pois é o netinho deste sujeito asqueroso quem se acha
> no direito de ameaçar publicamente o Presidente da
> República do Brasil, eleito com a maior votação da
> história. Queria ver ser macho pra ameaçar um dos
> generais ditadores que seu vovô tanto apoiava.
> Bravateiro, inconseqüente, arrogante, sem um pingo de
> compostura e decoro para exercer o cargo que exerce.
&g t; A louca da Heloísa Helena, que acha que ser de
> esquerda é fazer esse triste papel de lavadora das
> privadas da direita, o qual vem exercendo há tempos,
> também achou bonito ameaçar de pancada o mandatário
> maior da nação. É claro que não foi levada a sério,
> pois além de mal poder com um gato morto pelo rabo,
> sempre teve fama de histérica e mal-amada, que faz da
> agressividade verbal exibicionista uma espécie de
> sexualidade alternativa. É uma piada ambulante, até
> naquele Congresso de bufões.
> O Brasil tem hoje a pior bancada na Câmara Federal
> de todos os tempos.Com raras e honrosas exceções, que
> só confirmam a regra.
> E também, salvo as raras e honrosas exceções
> confirmadoras, o Brasil tem hoje a pior imprensa que
> já teve desde que vendidos e golpistas como Carlos
> Lacerda e David Nasser bateram as botas.
> A começar pelas "estrelas" dos noticiários e
> programas de entrevistas.
> Arnaldo Jabor é um cineasta fracassado, que cometeu
> três filmecos pornográficos, metidos a cult.
> Desistiu, felizmente, e quando pensávamos estar livres
> de sua falta de talento, eis que o monstro ressurge e
> resolve torrar nossa paciência de outro jeito:
> fingindo que está com encosto do Paulo Francis. Paulo
> Francis era um direitista doente. Mas, pelo menos era
> ele mesmo. Uma bosta de ele mesmo, vale lembrar.
> Agora, imagine um pastiche desta bosta? Acertou, é
> Arnaldo Jabor.
> Jô Soares é o filho único de um casal de
> grã-finos, criado no Copacabana Palace, e que nunca
> conseguiu superar a idade mental de doze anos. Tanto
> que não consegue fechar a boca e comer do jeito que um
> homem de sessenta anos deveria. Com barbas brancas na
> cara, continua se comportando como o garoto gordo que
> faz o papel de bobo da classe. Acha que é engraçado,
> quando está sendo apenas ridículo. Acha que é mais
> inteligente que todo mundo, quando só é arrogante.
> Assistiu um programinha mambembe de um entrevistador
> estadunidense, imitou em tudo, até no cenário, e com
> isso se sente no direito de humilhar seus
> entrevistados, seus músicos, sua equipe técnica e até
> sua platéia. Ou claque, melhor dizendo.
>
> Agora, decidiu que seu papel de deformador de opinião
> é fazer campanha declarada contra um governo que foi
> democraticamente eleito.
> Nas quartas-feiras, reúne no seu picadeiro um
> grupelho de peruas, todas na menopausa e se achando o
> máximo por serem debochadamente chamadas de
> "meninas".
> Cristiane Lobo ri com cara de idiota e concorda com
> tudo que o Gordo diz. Talvez com medo de perder o
> empreguinho global e ter de cobrir defunto de
> periferia na Record.
> A pobre professora da USP , que deve estar por lá
> atrás de um mensalinho pra engordar seus honorários,
> tenta falar, mas, é sempre atropelada por Lúcia
> Hipólito. Aí sorri amarelo e deixa pra lá, com aquela
> cara de "tia" que entende a ignorância das
> criancinhas.
> Ana Paula, aquela mistura de loura do Tchan com
> foca de jornal de bairro, é tão competente que só
> conseguiu emprego mesmo no falido JB. Diz um monte
> de besteiras, sacode as bijuterias e faz caras e
> bocas pra câmera, talvez sonhando com um convite
> tardio para posar na Playboy.
> E tem a Lúcia Hipólito, a pior figura que já
> apareceu na telinha nos últimos tempos. É feia, é
> brega, é antipática, é arrogante, é mal educada,
> interrompe a fala das outras e ainda se acha a última
> coca-cola gelada do sertão. Parece a bruxa malvada das
> antigas histórias da Disney. É o estereótipo da perua
> de família rica que quer se afirmar como
> "intelectual" pra esnobar as amigas no chá das cinco.
> Apresenta-se como "cientista política". Como assim,
> "cientista"? Alguém já leu algum artigo científico
> desta senhora? Já discutiu seus livros em algum
> congresso? Já viu o currículo Lattes dela? Ela
> realiza suas pesquisas científicas em qual
> instituição?
> O que se sabe é que exerce função de jornalista e
> pelo que se intitula, sem ter a devida formação na
> área. Mas, acha que pode ditar regras sobre tudo.
> Solta batatas imperdoáveis até na boca de um estudante
> de primeiro período de sociologia. Como a da última
> quarta-feira, dia dois de novembro, quando disse que
> não poderíamos ter escolhido Lula para "gerenciar" o
> Brasil, "pois ele nunca gerenciou nem mesmo um
> carrinho de pipocas".
> Claro que to do mundo que estudou "ciências
> políticas" sabe o quanto é importante a experiência
> gerencial de carrinhos de pipocas na carreira de um
> presidente da república, não é mesmo?
> Alguém precisa avisar à "cientista" que o cargo de
> Presidente da República é representativo e não
> gerencial. E que o Estado não é uma empresa. Tem
> relações sociais, econômicas e humanas bem mais
> complexas que uma padaria ou uma fábrica de
> automóveis. Não pressupõe a hierarquia existente em
> uma empresa. Não visa o lucro e não tem dono. Se a
> gente fosse escolher Presidente, como se escolhe
> gerente, era melhor fazer concurso público em vez de
> eleição.
> A única das "meninas" que dizia coisa com coisa, a
> veterana jornalista Teresa Cruivinel, foi posta pra
> fora do programa, ou saiu de lá correndo para não
> pagar mais mico naquele festim idiota, que mais parece
> um fim de tarde na Daslu.
> E o que temos na mídia impressa? A revista VEJA.
> A revista VEJA merece um capítulo à parte, pois já
> deixou de ser uma publicação jornalística, pra
> embarcar no gênero ficcional com narrativa de
> literatura fantástica. Traz em suas páginas seres que
> só poderiam existir mesmo na ficção fantástica, como o
> Diogo Mainard.
> Eu até acredito em fadas, saci, duendes e
> fantasmas. Mas, não acredito que alguém como o Diogo
> Mainard possa existir de verdade.
> O pior é que, ao embarcar na literatura de ficção
> fantástica, a VEJA devia ter, pelo menos, treinado
> seus repórteres, distribuindo um exemplar de "Os
> Cavalinhos de Platiplanto", clássico do gênero,
> escrito por J.J.Veiga. A boa referência literária
> faria com que as criaturas, pelo menos, conseguissem
> imaginar uma historieta melhor do que esta de Fidel
> mandando ao Brasil dinheiro para financiar a campanha
> de Lula. E ainda escondido em caixas de uísque. Por
> que não caixas de charutos, que seria mais verossímil?
> Ou será que Fidel invadiu o Paraguai desde 2002 e a
> gente ainda não sabe?
> As outras publicações chafurdam num mar de
> jabaculês, sensacionalismo e ignorância.
> Nem escrever corretamente em português conseguem
> mais.
> Mas, é essa imprensa sem preparo e totalmente> comprometida com as forças conservadoras que forma a
> opinião da classe média brasileira.
> A classe média brasileira que é tonta, idiota e
> tem péssima formação educacional. Quem chega a fazer
> faculdade, nunca mais lê um livro, depois que se
> forma. Quando lê, é auto-ajuda, escrita pelo Lair
> Ribeiro.
> Mesmo assim, essa turma acha que é bem informada
> às custas de VEJAS, ÉPOCAS, FOLHAS, GLOBOS e se sente
> elite, adotando as idéias e comportamentos da gentalha
> da mídia, que forma sua opinião.
> Já a elite d e verdade é hipócrita, canalha,
> egoísta e cruel. Tem ódio de Lula, por ser mestiço,
> nordestino e pobre. Acha um insulto ser governada por
> ele e se pudesse já o teria tirado do poder na ponta
> da baioneta, como fez com João Goulart, que nem pobre,
> nem nordestino era, apenas um moderado socialista.
> É uma elite pobre de cultura e formação,
> composta por quatrocentões decadentes, descendentes de
> degredados, que se julgam nobres e por emergentes
> ridículos, que se sentem quatrocentões.
> Uma elite ignara, que compra livros como de
> fo ssem azulejos, para decorar paredes.
> E é uma elite burra, que nunca leu Gilberto
> Freyre nem Adam Smith e não aprendeu que, até para
> poder continuar a habitar a casa grande, precisa
> deixar a senzala comer um pouco melhor.
> Não, Poeta Cazuza, eu não vou "pedir piedade para
> esta gente careta e covarde!" "Pelo menos esta noite,
> não." Estou mais é querendo que todos eles vão pro
> diabo que os carregue.
> Estou de saco cheio de tanta baixaria,
> mediocridade, autoritarismo, maucaratismo e violência
> real e simbólica.
> Estou de saco cheio de ver esses cretinos
> mentindo, enganando e manipulando pra não deixar que o
> sonho do povo se realize.
> Estou de saco cheio de ver a desfaçatez com que
> tentam convencer o povo de que ele sempre toma a
> decisão errada e que, por isso, é melhor não decidir
> mais e entregar o país pra que eles, os iluminados,
> governem.
> Estou de saco cheio de ver esse mesmo filme se
> repetindo nos últimos quarenta anos, desde que me
> entendo por gente: a elite canalha governando, mesmo
> que à força. A c lasse média pusilânime aplaudindo, e
> se sentindo representada, como se tivesse algum
> poder. E o povo, sofrido e conformado, "levando pedras
> como penitente" e sonhando com um Messias, que o virá
> salvar.
> Estou de saco cheio de ver o país dar um passo
> adiante e dez para trás, por que o progresso
> democrático contraria os interesses de meia dúzia de
> poderosos, cuja ganância é maior que o tempo que eles
> terão de vida para aproveitar o produto de sua
> perversidade.
> Estou de saco cheio de ver o único Governo em
> muitos anos que nos livrou do FMI, voltou a financiar
> moradias, criou um programa de segurança alimentar
> para atender os famintos, assumiu a liderança da
> América Latina e impôs respeito no mundo todo, ser
> execrado diariamente nos jornais, como se tivesse
> inventado a corrupção, a violência e todos os
> problemas que o país arrasta há quinhentos anos.
> Estou de saco cheio de saber que isso é
> preconceito, sim. É ódio de classe, sim. É desejo de
> manter privilégios inaceitáveis, sim. Pois quando o
> sociólogo da Sorbone quebrou o país três vezes,
> liquidou o patrimônio do país a preço de banana,
> sucateou o parque industrial do país com uma política
> monetária absurda, multiplicou a dívida externa e
> comprou votos pela bagatela de duzentos mil para se
> reeleger, nunca mereceu da mídia o linchamento diário
> que vêm recebendo o Governo Lula e o PT. Nunca foi
> desrespeitado em plenário pela oposição da forma como
> o presidente Lula tem sido desrespeitado. Nunca foi
> ameaçado de pancada por um canalha, uma histérica e um
> herdeirozinho de quinta categoria.
> Estou de saco cheio de ver tanta injustiça, tanta
> mentira tanta cara-de-pau, tanta irresponsabilidade
> com o futuro do país, no esforço de criar uma crise
> que eles sabem que é hipócrita, falsa e eleitoreira,
> pois trata como novidade práticas seculares.
> E tudo isso em um momento que poderíamos estar
> aproveitando para crescer, promover o bem-estar do
> povo, afirmar nossa grandeza como nação pacífica e
> progressista diante do mundo.
> Eles não se importam em jogar na lata do lixo da
> história o futuro das nossas crianças, desde
> que´possam trazer de volt a ao poder o partido da
> compra de votos, da privataria, da dengue, da
> quebradeira e do apagão
> Eles não pensam que, se interrompermos os projetos
> sociais que hoje assistem a mais de trinta milhões de
> brasileiros, estaremos fomentando ainda mais os
> bolsões de miséria, donde sairão os bandidos que
> matarão, seqüestrarão e roubarão a paz de seus filhos
> e netos.
> Essa gente dorme, meu Deus? Essa gente coloca a
> cabeça no travesseiro à noite e sonha com os anjos,
> sem ouvir a voz do Ministro Gil cantando
&g t; insistentemente em seus ouvidos "gente estúpida, gente
> hipócrita" ?
>
> Se você está acostumado a ler meus textos, deve
> estar espantado e até indignado com a virulência e
> agressividade deste aqui. Deve estar também de saco
> cheio de me ver aqui a xingar e blasfemar por tantas
> linhas. Pois saiba que é exatamente assim que estou me
> sentindo, depois de passar seis meses sendo submetida
> a um bombardeio diário de baixarias e canalhices
> golpistas daqueles que querem única e exclusivamente o
> poder.
> Esse texto é um desa bafo, uma vingança, um grito
> transbordante de quem está de saco cheio de agir
> corretamente, de respeitar os outros, de seguir as
> leis, a Ética, os bons modos, o politicamente correto
> e, olhando em volta, ver o triunfo dos canalhas sobre
> o homem de bem, do medo sobre a esperança, da covardia
> sobre a vontade de mudar pra melhor.
> É um gesto de legítima defesa, destes que a
> campanha do "NÃO" tanto nos convenceu ser um direito.
> O texto está ofensivo, grosseiro, chocante? Que
> bom! Era isso mesmo que eu queria.Que toda a bile que
> derr amei aqui possa chegar até essa gente nefasta e
> provocar neles raiva, amargor, ódio, ressentimento.
> Palavras não matam, mas, ferem. Ficam ecoando na
> cabeça e infernizando a alma por muito tempo.
> Tomara que todos eles leiam. E tenham um mau dia.
> Uma péssima semana. E um mês pior ainda.
>

sábado, 26 de novembro de 2005

 

Marmeladas e roubalheiras

Não, o assunto de hoje não é o Supremo Tribunal Federal, não é a cumplicidade descarada de alguns de seus membros com o chefe de quadrilha que atende pelo nome de Zé Dirceu. Não se podia mesmo esperar muito do STF sob a presidência de Nelson Jobim, um eterno amigo do poder, atenda este poder pelo nome de Lula-lau ou de FHC (ou por qualquer outro nome). Contrariando a tradição de que o presidente só vota para desempatar, Jobim - que vem protegendo Dirceu desde o início - votou para empatar, jogando a batata quente nas mãos de Sepúlveda Pertence, outro que é suspeito de simpatia pelo chefe de quadrilha. O voto de Pertence será proferido na quarta-feira. Se ele votar contra Dirceu, a questão estará decidida e a cassação ocorrerá no mesmo dia. Se ele votar a favor do chefe mafioso, haverá uma segunda votação, para decidir a extensão do dano causado pelo STF. Dependendo dessa segunda votação, Dirceu poderá ser cassado ainda este ano ou somente em março ou abril de 2006. Há um lado positivo nisso tudo: quanto mais tempo Dirceu levar para ser cassado, maior será o desgaste de Lula-lau, para quem o ex-chefe da Casa Civil se transformou num conveniente bode expiatório. Jobim e companhia deveriam pensar nisso: deixem a Câmara cassar logo Zé Dirceu; será melhor para Lula-lau. A cassação acabará ocorrendo, não tem jeito. É só uma questão de menos tempo ou mais tempo. (GILSON GONDIM)

sexta-feira, 25 de novembro de 2005

 

já é possível viver de blogs

BoingBoing.net é o número um do ranking de blogs segundo o site Technorati. Como blogs são muitos e aferir a visitação de cada um não é possível, o critério desta lista é contar que blogs recebem mais links de outros blogs. O mais citado talvez não seja o mais lido mas tende a ser o mais respeitado. Segundo um estudo de Stephen Baker, blogueiro da Business Week, os blogs mais quentes dos EUA fazem uma média de US$ 25 mil por mês vendendo anúncios.Não é mau levando em conta que, para manter um site desses no ar, não é preciso muito mais que um time de duas ou três pessoas. Como a parte técnica é freqüentemente terceirizada e os impostos, um bocado leves, o salário final para o dono o coloca firmemente na classe média alta norte-americana e a caminho de enriquecer. Isso não quer dizer que exista uma forma clara para cultivar um blog de sucesso.Existem duas escolas. Uma é a promovida por Nick Denton, um correspondente veterano do diário inglês Financial Times. Ele deixou o Times para construir um pequeno império de blogs que seguem, mais ou menos, a pauta dos tablóides populares. Um, portanto, é sobre fofocas nova-iorquinas, outro sobre as de Washington e há um dedicado a celebridades. Denton tem também blogs sobre sexo, destinações turísticas e, o mais popular, Gizmodo.com, quinto no ranking, dedicado a gadgets, maquininhas eletrônicas diversas.Seu modelo é simples. Aposta num tema geral que atraia leitores, contrata um jovem que escreva bem e atualiza, atualiza muito e o dia inteiro. O conteúdo quem oferece é a própria internet: a graça de seus blogs é que eles editam a rede, listam quase tudo o que circula sobre um assunto, e o leitor visita sempre porque encontrará o noticiário concentrado num lugar só.O outro modelo é o dos blogs políticos que nasceram na cobertura da Guerra do Iraque e maturaram durante as eleições presidenciais de 2003. Markos Moulitsas, editor do DailyKos (número 4 no ranking da Technorati), é quem descreve melhor a fórmula. O tema precisa ser apaixonante. Um partido político, por exemplo, ou um time de futebol. A idéia é que reúna leitores emocionalmente envolvidos, que passem horas discutindo.Esses blogs, portanto, são comunidades, e a área de comentários é destacada. Se os leitores retornam e retornam, não é apenas para descobrir que novidade Moulitsas escreveu sobre os democratas ou contra Bush – é, principalmente, para participar das discussões envolvendo outros leitores. No DailyKos, os participantes mais ativos mantêm sub-blogs particulares.Naturalmente, ambos os modelos apostam em nichos. Denton promove o que bem poderia ser chamado, na imprensa tradicional, de sensacionalismo. E dificilmente poderia se dizer de Moulitsas que ele é imparcial. BoingBoing, o campeão, é diferente de ambos. É, numa tradução de seu lema, "um diretório de coisas maravilhosas". Lista curiosidades pescadas na rede em áreas que mais ou menos interessam a geeks, o tipo que gosta de tecnologia, Senhor dos Anéis e usa muito a internet. Nicho, portanto.Então blogs, no início de sua profissionalização, são veículos de nicho, desde que no nicho exista gente o bastante. Por enquanto, não devem passar de 20 os blogueiros que vivem, e bem, de fazer blogs e apenas. Mas eles já existem e têm lá suas teorias para explicar como funciona. No Brasil é um pouco diferente. Há uma meia dúzia que recebe salário para publicar blogs – inclua-se aí o colunista –, mas os blogs profissionais brasileiros ainda não são negócios auto-sustentáveis.Um dos motivos vem do nascimento da internet brasileira, no tempo da linha discada. Como não havia conteúdo em português na rede, empresas de telecomunicações e de mídia montaram grandes portais para se firmar no território e motivar o público a usar o telefone. A cultura dos portais fechados é pouco permeável a sites independentes, e os anunciantes são ainda mais desconfiados. Não quer dizer que isto ficará assim para sempre: um blog enxuto pode produzir muito mais com muito menos gente.No fundo, já existe um exemplo no Brasil. É o Blue Bus (www.bluebus.com.br). Os donos negam que seja um blog, mas é. Vive tocado a quatro mãos pelo casal Júlio Hungria e Elisa Araújo, é dedicado ao público publicitário, e está de pé, independente. Sustenta-se pela publicidade que vende.pdoria@nominimo.com.br

terça-feira, 22 de novembro de 2005

 

Ney pedirá explicação à procurador sobre processo da Embrasc

O senador Ney Suassuna (PMDB) será recebido hoje pela manhã pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando, a quem vai pedir explicações sobre o processo em que é acusado de envolvimento com suposto esquema para favorecer empresa privada com sede em Santos, São Paulo, que vem sendo apurado pelo Ministério Público Federal. Ney nega, veementemente, qualquer envolvimento com a empresa de Santos, a Embrasc, especializada em saneamento fiscal. Em ação, os procuradores da República José Alfredo de Paulo e Silva e Raquel Branquinho, de São Paulo, acusam o senador de ter cobrado “pedágio” para intermediar contrato entre a Embrasc e a Companhia Estadual de Esgoto do Rio de Janeiro. “Há uma movimentação estranha no ar”, declarou o senador, que atribuiu às denúncias um caráter político. A matéria foi publicada no final de semana passado pela Folha de São Paulo. De Brasília, o senador disse que vê armação política e que a matéria é “requentada”. Com ofício na mão, ele aguarda audiência com o procurador-geral da República, Antônio Fernando, a quem vai pedir informações sobre o processo, do qual diz não ter tido o direito à defesa. Suassuna destacou que a matéria é vencida, uma vez que parecer do procurador Cláudio Fonteles, baseado em decisão do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, afastou indícios de envolvimento do senador no processo. Ney afirmou que é vítima de perseguição política. “As denúncias aumentam na mesma proporção em que cresço nas pesquisas”, destacou o líder do PMDB no Senado, que é candidato à reeleição. Ney Suassuna disse que não tem poder de influência com a Embrasc. Ele citou o fato da empresa ter sido contratada pela Cagepa, na gestão da engenheira Aracilba Rocha, “uma das pessoas a quem sou mais ligado na Paraíba”, por valor abaixo do mercado. “Assim que entrou, ela reduziu o valor do contrato e ainda só pagava quando o Estado tinha lucro”, destacou Ney. Ele atribui as denúncias a adversários políticos na Paraíba e disse que iria tirar a história a limpo junto ao Ministério Público Federal. Mas descartou acionar os procuradores responsáveis pela investigação. “Eles estão sendo abastecidos por pessoas com más intenções”, declarou. ENTENDA O CASO Em novembro de 2003, a Procuradoria da República em Santos abriu investigação sobre a Empresa Brasileira de Assessoria e Consultoria Ltda. – Embrasc., que presta assessoria para empresas, a maioria delas públicas, com problemas tributários. Em depoimentos ao Ministério Público Federal, uma ex-diretora da Empresa, Norma Boffa dos Santos, disse que a Embrasc “pagou pedágio” ao senador Ney Suassuna para ele garantir contrato com a Companhia de Água e Esgosto do Rio de Janeiro, em janeiro de 2000. Toda esse história consta em ação assinada pelos procuradores da República, José Alfredo de Paulo e Silva e Raquel Branquinho, e foi publicada na Folha de São Paulo no final de semana passado. Em 2003, o então procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, analisou o processo e não encontrou indícios de participação do senador no caso. (Luiz Torres, Jornal da Paraíba)

 

Proposta do TSE pune caixa 2 com 6 anos de prisão e eleva a multa

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Carlos Velloso, entregou ontem ao Congresso e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um conjunto de propostas de mudança na legislação eleitoral para aumentar o controle sobre doações e prestação de contas. Uma delas pune o caixa dois com prisão de três a seis anos e eleva de R$ 270 mil para R$ 6,480 milhões o valor máximo da multa para crimes considerados graves. Uma das sugestões da comissão de jurista diz respeito às punições pelo crime de caixa 2. "Adota-se um novo modelo de sanção: a perda de bens. Inspirada no texto do Anteprojeto da Parte Geral do Código Penal (2000) consiste ela na conversão do montante correspondente ao valor da multa aplicada quando o condenado solvente deixa de pagá-la ou frustra a sua execução." Ainda conforme o anteprojeto, os bens arrestados devem convergir em favor do Fundo Penitenciário Nacional. O pacote foi elaborado por uma comissão de especialistas em direito eleitoral criada pelo TSE em julho, após o surgimento da crise política do mensalão e da versão petista sobre o uso de caixa dois. Entretanto, mesmo que fossem aprovados rapidamente, são remotas as chances de valerem para as eleições de outubro de 2006, porque a Constituição exige a alteração das regras do jogo 12 meses antes. Vários projetos de reforma eleitoral já tramitam no Congresso. Um deles foi aprovado em agosto no Senado, mas está parado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Ele proíbe imagens externas e efeitos especiais nos programas de TV dos candidatos e reduz de 90 para 60 dias o tempo da campanha. O principal objetivo é reduzir despesas. SUGESTÕES O pacote que Velloso entregou a Lula e aos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP) contém quatro anteprojetos de lei. O mais extenso deles modifica o Código Eleitoral, de 1965, para alterar conceitos de crime, aumentar punições e mudar o rito de processos com o objetivo de reduzir a impunidade. Ele define o crime de caixa dois como "manter ou movimentar recurso ou valor paralelamente à contabilidade exigida pela legislação para a escrituração contábil de partido político e relativa ao conhecimento da origem de suas receitas e a destinação de suas despesas" e o pune com prisão de três a oito anos e multa. Hoje, o caixa dois é enquadrado como crime de falsidade, a pena máxima é de cinco anos e não há pena mínima. Os outros projetos alteram as normas sobre doações, prestação de contas e impedimentos para concorrer a cargo público. O TSE propõe, por exemplo, que as empresas e pessoas físicas possam deduzir do Imposto de Renda as contribuições a campanhas, para incentivar a transparência. Outra sugestão é que os processos de prestação de contas possam ser reabertos a qualquer momento para apurar indícios de irregularidades. (Jornal da Paraíba)

segunda-feira, 21 de novembro de 2005

 

LULA DEIXOU AS DIGITAIS E ASSUMIU O CRIME

(Agência Estado)
O redator do processo que desembocou no impeachment do ex-presidente Fernando Collor, o jurista Miguel Reale Jr., afirmou, hoje, à Agência Estado que vai mobilizar o movimento "Da Indignação à Ação", encabeçado por ele, para redigir uma petição de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, a operação montada pelo Planalto para barrar a prorrogação da CPMI dos Correios, inclusive com promessas de liberação de verbas para parlamentares em troca da retirada de nomes do requerimento, já é "motivo mais que suficiente para pedir o impedimento do presidente". "Ficou configurada a compra de deputados para conseguir barrar uma CPI que investiga seu governo. O presidente não pode mais comandar a Nação", disse. Reale Jr., entretanto, ainda vai aguardar uma reunião com o movimento "Da Indignação à Ação", no próximo dia 22, para definir o pedido. "A proposta é firme e já falei com alguns membros do movimento que estão igualmente envergonhados e indignados. Além disso, ainda hoje vou tentar entrar em contato com a OAB e com o Pró-Congresso." Para o jurista, o presidente não só quebrou o decoro do cargo ao liberar verbas para barrar a investigação, como mentiu à Nação, o que ajuda a configurar o crime de responsabilidade. "Na sua última entrevista, ele falou que não iria interferir nas investigações. Mentiu e agora deve ser responsabilizado com a perda do mandato", afirmou. Segundo o jurista, o pedido pode apoiar-se exclusivamente na operação montada ontem, pelo fato de o presidente ter se envolvido diretamente nas negociações. "Ele deixou suas digitais e assumiu o crime. Os deputados que retiraram suas assinaturas não foram compelidos por alguma ideologia ou raciocínio específico, mas pelo simples suborno patrocinado pelo governo", afirmou.

domingo, 20 de novembro de 2005

 

Senador Ney Suassuna é acusado integrar esquema de corrupção

O senador Ney Suassuna (PB), líder do PMDB no Senado, é acusado de participar de um suposto "esquema de corrupção" para favorecer uma empresa privada. Segundo reportagem publicada na edição deste domingo, dia 20, pela Folha de S.Paulo, Ministério Público (MP) entregou ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, relatório reservado pedindo abertura de ação penal contra Suassuna.A Embrasc, com sede em Santos (SP), teria pagado "pedágio" a Suassuna em troca de contrato firmado com a Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae) em janeiro de 2000. A firma é especializada em saneamento fiscal, ou seja, ajuda empresas a resolverem dívidas tributárias.De acordo com depoimento de uma ex-diretora da Embrasc, a firma recebeu R$ 29,8 milhões da Cedae, correspondente a 12% do montante economizado pela estatal em tributos. Parte dessa comissão teria sido desviada para um grupo de pessoas ligadas ao senador Suassuna, afirmou a ex-diretora da Embrasc, Norma Boff, ao MP."Os valores repassados pela Embrasc para o senador Ney Suassuna eram justificados na contabilidade da empresa por intermédio de fictícias aquisições de ouro e emissão de notas frias", diz o relatório que pede a abertura de ação penal.Por ser parlamentar, Suassuna só pode ser processado no Supremo Tribunal Federal. Cabe ao procurador-geral, portanto, formular a denúncia, caso seja convencido pelos argumentos do relatório do MP, escrito por dois procuradores: José Alfredo de Paula Silva e Raquel Branquinho.Em resposta à acusação, Ney Suassuna negou a existência de favorecimento. Segundo o senador, a ex-diretora da Embrasc é uma pessoa "desqualificada". Suassuna se disse também "perseguido" pela procuradora Raquel Branquinho, redatora da ação.Suassuna afirmou também à Folha que irá ao Ministério Público espontaneamente para "desmontar a farsa". A investigação começou em novembro de 2003, instaurada originalmente na Procuradoria da República em Santos.


Corregedor do Senado diz que não há provas contra Suassuna - jornal da paraiba 05/-9/2006 O corregedor-geral do Senado Federal, senador Romeu Tuma (PFL-SP), afirmou ontem em plenário, durante aparte ao líder do PMDB em exercício, senador Wellington Salgado (MG), que não existe qualquer prova do envolvimento do senador Ney Suassuna com a máfia das ambulâncias. “Em todos os depoimentos que tomei na Corregedoria até agora, nenhum acusa o senador. Até agora não tem nada contra o senador”, declarou Tuma. O senador, que já foi diretor-geral da Polícia Federal, está investigando internamente se houve ou não participação do senador Ney Suassuna no caso das ambulâncias. Ele disse que até agora a única participação comprovada no esquema foi do ex-funcionário Marcelo Cardoso Carvalho. “Ele inclusive chegou a ser preso”, destacou. Tuma disse também que no depoimento à Corregedoria Marcelo não acusou o senador Ney Suassuna. Para Tuma, é preciso que se investigue com cautela e seriedade, uma vez que nos últimos depoimentos e entrevistas, o empresário Luiz Antonio Vedoin tem mudado a versão acusando uns e livrando outros. Com relação à matéria veiculada pela revista Veja, o senador Romeu Tuma disse que não acredita no teor do assunto. “Acho que tudo, que todas as queixas do senador Ney com relação às investigações foram faladas no plenário do Senado”, disse.
Ney se defende de acusações de revista Acusado de integrar a máfia dos sanguessugas, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) ocupou ontem a tribuna do Senado Federal para rebater reportagem publicada pela revista “Veja”, que o acusa de estar ameaçando integrantes do PMDB. Segundo a reportagem, Suassuna teria em mãos um “dossiê” com informações que comprometeriam a alta cúpula do partido. Se os peemedebistas não lhe apoiassem no processo de perda de mandato, o senador estaria disposto a divulgar as supostas informações. Suassuna disse não ser “homem de dossiês” e garantiu nunca ter ameaçado nenhum membro do Senado Federal. “A quem interessaria se indispor com os principais líderes do seu partido? Jamais poderia dedicar algo que não lealdade a todos eles”, afirmou. A reportagem afirma que Suassuna teria distribuído “recados ameaçadores” a colegas de partido, incluindo o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, o ex-presidente José Sarney e o relator da CPI dos Sanguessugas, Amir Lando. Os documentos supostamente comprovariam a participação dos peemedebistas em irregularidades. “Não me bastasse o massacre moral a que fui submetido, ainda tenho que passar por isso”, afirmou. Acusações O ex-líder do PMDB reiterou inocência nas acusações do empresário Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam. “Tenho tanta certeza que a Justiça virá que não tenho tratado deste assunto com ninguém”, afirmou. Vedoin incluiu Suassuna entre os parlamentares que teriam recebido propina em troca da liberação de emendas para a compra superfaturada de ambulâncias. O senador se mostrou satisfeito com a escolha do senador Jefferson Péres (PDT-AM) para relatar seu processo de cassação no Conselho de Ética do Senado. Segundo Suassuna, Péres é um homem “justo e correto”. Ele afirmou, no entanto, que não vai procurar Jefferson Péres para se explicar sobre as denúncias. “Se for convidado, vou até lá me explicar. Mas não vou procurá-lo, nem a nenhum membro do Conselho”, encerrou.
Conselho faz sorteio de relatores O Conselho de Ética da Câmara sorteou ontem os relatores dos 67 processos de cassação contra parlamentares acusados de participação na máfia dos sanguessugas. O presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), designou alguns deputados para relatarem até três processos, já que o órgão possui apenas 28 relatores entre titulares e suplentes para acompanharem cada um dos 67 casos. Izar garantiu que, até a próxima segunda-feira, todos os 67 deputados serão notificados sobre a abertura dos processos. A partir da notificação, eles têm cinco sessões plenárias para apresentarem defesa ao Conselho. Como o Congresso Nacional está em recesso branco até as eleições, na prática a análise dos casos pelo Conselho terá início somente após o primeiro turno, em 1º de outubro. “Eu só posso ouvir testemunhas [apresentadas pelos acusados] depois que os deputados apresentarem defesa. Mas os relatores já vão começar imediatamente a analisar os processos e poderão apresentar sugestões de testemunhas, que podem ser convocadas por eles para serem ouvidas antes desse prazo”, disse. A expectativa de Izar é que as testemunhas de defesa comecem a ser ouvidas na primeira semana de outubro. Mesmo diante da grande quantidade de processos, o presidente do Conselho está confiante de que todos serão julgados pelo órgão até o início de dezembro. “Vamos criar oito subcomissões dentro do Conselho, para cada uma ouvir três ou quatro testemunhas por dia”, ressaltou. Segundo o presidente do Conselho, as testemunhas que forem comuns a vários processos serão ouvidas pelo plenário do órgão. Izar adiantou que pretende ouvir o empresário Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam, e outros envolvidos diretamente nas fraudes para a compra superfaturada de ambulâncias.

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

 

PRA REFRESCAR A CUCA

O que é tragédia? O Presidente George W. Bush foi visitar uma escola primária e entrou em uma das salas de aula. Os alunos estavam no meio de uma discussão sobre palavras e seus significados. A professora perguntou se o presidente queria participar da discussão sobre a palavra "tragédia". Assim, Bush pediu à turma que dessem um exemplo de uma "tragédia". Um menino pequeno se levanta e diz: - "Se meu melhor amigo e vizinho estiver brincando na rua e for atropelado por um carro, isto seria uma tragédia". - "Não", disse Bush, "isso seria um ACIDENTE". Uma menininha levanta a mão: - "Se o ônibus escolar com 50 crianças rolar uma ribanceira, matando todo mundo, isso seria uma tragédia". -"Penso que não", explicou o presidente. "Isso seria o que chamamos de UMA GRANDE PERDA". A sala ficou em silêncio. Nenhuma outra criança se apresentou com um novo exemplo. O presidente Bush ainda perguntou: - "Alguém mais gostaria de dar um exemplo?" Finalmente ouviu-se uma voz vinda do final da sala de aula. Um garotinho levanta a mão e diz baixinho: - "Se o avião presidencial, levando o Sr. e a Sra. Bush, for atingido por um míssil e explodir em pedacinhos por uma ação terrorista do Saddam Hussein, isso seria uma tragédia". - "Fantástico", exclama Bush, "você está certo". E você pode me dizer POR QUE seria uma TRAGÉDIA?" - "Bom", diz o garotinho, "porque não seria um acidente e certamente não seria uma grande perda". Enviada por Antonio, Recife, PE

ESSA VIDA DE PROFESSORA NAO E FACIL Joaozinho qual e o seu problema? - Sou muito inteligente para estar no primeiro ano. Minha irma esta no terceiro ano e eu sou mais inteligente do que ela. Eu quero ir para o terceiro ano tambem! A professora, vendo que nao vai conseguir resolver este problema, o manda para a diretoria. Enquanto o Joaozinho espera na ante-sala, a professora explica a situacao ao diretor. O diretor diz para a professora que vai fazer um teste com o garoto. Como e certo que ele nao vai conseguir responder a todas as perguntas,vai mesmo ficar no primeiro ano. A professora concorda. Chama o Joaozinho e explica-lhe que ele vai ter que passar por um teste e o menino aceita. O Diretor pergunta para o Joaozinho: - Joaozinho, quanto e 3 vezes 3? - 9. - E quanto e 6 vezes 6? - 36. O diretor continua com a bateria de perguntas que um aluno do terceiro ano deve saber responder. Joaozinho nao comete erro algum. O diretor entao, diz para a professora: - Acho que temos mesmo que colocar o Joaozinho no terceiro ano. A professora diz: - Posso fazer algumas perguntas tambem? O diretor e o Joaozinho concordam. A professora pergunta: - O que e que a vaca tem quatro e eu so tenho duas? Joaozinho pensa um instante e responde: - Pernas. Ela faz outra pergunta: - O que e que ha nas suas calcas que nao ha nas minhas? O diretor arregala os olhos, mas nao tem tempo de interromper... - Bolsos. (Responde o Joaozinho). Mais uma: - O que e que entra na frente na mulher e que so pode entrar atras no homem? Estupefato com os questionamentos, o diretor prende a respiracao... - A letra "M". (Responde o garoto.) A professora continua a arguicao: - Onde e que a mulher tem o cabelo mais enroladinho? - Na Africa. (Responde Joaozinho de primeira.) E continua: O que que entra duro e sai mole pingando? O diretor apavorado. E o Joaozinho responde: - O macarrao na panela. E a professora nao para: - O que e que comeca com "b", tem "c" no meio, termina com "a"e para ser usada e preciso abrir as pernas? O diretor fica paralizado. E o Joaozinho responde: - A bicicleta. E a professora continua: - Qual o monossilabo tonico que comeca com a letra "C" termina com a letra "U" e ora esta sujo ora esta limpo? O Diretor comeca a suar frio. O ceu, professora. - O que e que comeca com "C" tem duas letras, um buraco no meio e eu mesma ja dei para varias pessoas? - CD. Nao mais se contendo, o diretor interrompe, respira aliviado E diz para a professora: - Puta que Pariu!!!! Poe esse moleque como diretor, pois eu mesmo errei todas!!

 

PODER LEGISLATIVO PARAIBANO HOMENAGEIA CRISTOVAM BUARQUE

REQUERIMENTO N° /2005

EMENTA: Concede Medalha “Augusto dos Anjos”, ao Senador Cristovam Buarque.
AUTOR: Deputado Walter Brito Filho




Sr. Presidente,


REQUEIRO à Vossa Excelência, na forma regimentar e após ouvido o Plenário, que se conceda a Medalha “Augusto dos Anjos” ao Senador Cristovam Buarque, sendo de suma importância este registro de caráter histórico.



JUSTIFICATIVA:


É notória a ansiedade da nação brasileira em busca de líderes para lhe governar. Sente-se nas ruas a transformação da alegria das eleições de 2002, que pôs Lula na Presidência da República e os atuais Deputados e Senadores, no Congresso Nacional, em tristeza e revolta. Percebe-se que as esperanças frustradas abateram a alta estima do povo, dando lugar a um cenário de desilusões. Nunca se viu tanta indignação popular. É doloroso contemplar o quadro desolador que assolou o país. Por outro lado, ainda mais preocupante é o verdadeiro rolo compressor que passa sobre a classe política com o perigo de esmagar a todos sem qualquer distinção. Nesta avalanche, incautos cidadãos são levados a generalizar o conceito de que político é uma praga nacional, sem se ter o cuidado de separar os que fazem exceção a esta regra e lutam para a recuperação moral do país. Se avança sobre todos sem sequer poupar as lideranças mais autênticas, identificadas como imunes às mazelas desta legislatura. Cabe, portanto, o dever de protegê-las e proclamá-las, independentemente do partido a que pertençam, estimulando-as e buscando, para elas, apoio e reconhecimento da opinião pública.

A classe política brasileira foi eficiente para fazer a principal transformação que o país precisava para modernização e reformas. A partir dos anos noventa, sem nenhum derramamento de sangue, derrubou o poderoso regime militar e, progressivamente redirecionou o país para os caminhos democráticos, alcançando a sua sonhada plenitude, com as eleições dos seus dirigentes, em todos os níveis de governo. Conseguiu, desta forma, devolver à nação, o direito de escolher seus Vereadores, Prefeitos, Deputados, Senadores, Governadores e Presidentes.

Refletindo bem, nenhum povo do globo terrestre foi mais sábio do que a nação brasileira na saída e transição de uma ditadura para uma democracia. Esta conquista foi de todos, mas só se tornou possível com o concurso e a inteligência das lideranças políticas, muitas delas ainda em plena atividade, hoje. Foram elas que em época muito mais difícil do que a que vivemos induziram intelectuais, artistas, trabalhadores, jornalistas e estudantes a juntarem-se aos mais variados segmentos da sociedade brasileira para a luta pela redemocratização do país. A partir daí, o povo brasileiro nunca falhou. Sempre aceitou a orientação de suas lideranças e, quando convocado às ruas jamais deixou de dar sua contribuição de cidadania e espírito público.

Elevemos o alto astral. Esta sensação de derrotados e traídos tem que desaparecer para dar lugar a esperança e a fé. Esta é a missão da classe política para a vacinar o contágio do que houve no plano federal que se alastrou pelo país afora e conter a sua generalização. Para isso, as desilusões que deprimem a alma, irritam e fazem crescer a indignação nacional, devem ser alentadas com explicações e atitudes honestas. Ninguém se engane, a nação está ansiosa por grandes líderes. Devemos nos esforçar para evitar que o desespero que cega não ponha na vala comum “gregos e troianos”. Temos que recuperar a alta estima do povo, ajudando-o a acertar novos rumos, assim como fizemos em passado recente, levando-o às ruas, agora, para reconquistar a credibilidade perdida.
Lembremos que o voto é a arma mais inteligente para se fazer justiça e é com esta arma que o povo escolherá proximamente seus líderes. Sejamos grandes para Deus e decentes com o nosso povo. Não podemos esquecer que o futuro depende de nossas ações no presente. É preciso semear agora para colher um futuro melhor. Sabe-se que a nação não precisa de super-heróis, nem de soluções mágicas. Precisa, sim, de líderes honestos, bem-dispostos, cultos e sensíveis, que saibam reconstruir a dignidade nacional, tanto de dirigentes como de dirigidos, na gerência da coisa pública.
Senhores Deputados, temos a elevada honra de apresentar aqui, o nome de um destes homens, que o Brasil consagrou e precisa dele como líder nacional. Ele faz parte da galeria de valores desta conjuntura, que atravessa imune, o contágio da febre de incompetência e de corrupção que atingiu o Congresso Nacional. É a figura do Senador Cristovam Buarque. Ele deu provas de sua idoneidade e competência como educador, administrador, político e intelectual. Tem o perfil do líder perfeito. Transcendeu das suas experiências culturais, nas letras e nas artes, para o exercício consagrado da administração pública. Nele se vislumbram os melhores projetos para recuperação e desenvolvimento do país, através da educação. Sua história, suas idéias e suas propostas pertencem muito mais ao Brasil do que propriamente aos partidos políticos. É um manancial de sabedoria escoando soluções para correção dos males que assolam o país.A Paraíba não poderia ficar omissa neste momento que o Brasil tanto precisa realçar destaques nacionais.

É preciso trocar a mídia que deprime e fere brios, pela difusão do que positivamente eleva a estima nacional. Explorar e propagar as qualidades de um homem público, do quilate de um Cristovam Buarque é uma honra para qualquer cidadão e, para nossa Paraíba é um exercício de educação moral e cívica, transmitido ao Brasil.

Por outro lado, faz-se oportuno lembrar a contribuição política, participativa e heróica dos paraibanos, dada a história do país, cujos maiores vultos também advieram das letras e das artes. Reluziram na literatura, na cátedra, e, principalmente, na administração pública, onde se tornaram grandes executivos e parlamentares. Homens como Epitácio Pessoa, João Pessoa, José Américo de Almeida, Oswaldo Trigueiro de Albuquerque e Mello, Alcides Carneiro, Pedro Moreno Gondim, Ernani Sátiro, Ivan Bichara Sobreira, Ronaldo Cunha Lima, Celso Furtado, João Santa Cruz, Assiz Lemos e tantos outros destaques nacional.
Peço vênia para fazer aquí um registro da atuação do ex-Deputado Assis Lemos na história política contemporânea. São memoráveis suas ações nos episódios dos anos sessenta, muitos deles ligados a vida desta Casa Legislativa. Assis Lemos ainda está em plena atividade intelectual e tem visível afinidade ideológica e política com nosso preposto homenageado, o qual é autor do prefácio de um dos seus livros.
Em face do exposto, senhores Deputados peço que se preste esta justa e merecida homenagem a sua Excelência, o Senador Cristovam Buarque, outorgando-se-lhe a Medalha Augusto dos Anjos, a condecoração de maior expressão cultural do Estado.Quem é Cristovam Buarque?
Engenheiro mecânico, formado pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1966, e doutor em Economia pela Sorbonne, Paris, em 1973. Entre 1973 e 1979, trabalhou no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington, e desde 1979 é professor da Universidade de Brasília, da qual foi reitor de 1985 a 1989. Entre 1995 e 1998 governou o Distrito Federal e em 2002 elegeu-se senador pelo PT com a maior votação dada a um político no Distrito Federal. Filiou-se ao PDT em setembro de 2005. É membro do Instituto de Educação da Unesco. Durante o mandato de governador do Distrito Federal, ficou conhecido como administrador que cumpriu seu compromisso com a inclusão social, transformando em lei o que escreveu nos 20 livros que publicou. Entre as diversas soluções criativas para combater a pobreza, imaginadas pelo professor Cristovam e implantadas pelo seu governo, a mais conhecida no Brasil e no exterior é a Bolsa-Escola, responsável por uma revolução na educação e na luta pela erradicação da pobreza. De 1999 a 2002, Cristovam Buarque dividiu seu tempo entre a UNB, seus escritos e a Organização Não-Governamental Missão Criança, criada por ele para promover a bolsa escola, idéia que mantém mais de mil famílias com bolsa escola financiada com recursos privados. Assumiu o Ministério da Educação (MEC) em janeiro de 2003 e permaneceu no cargo até janeiro de 2004. Sua gestão no MEC foi marcada pela obstinação com o compromisso do PT de realizar no Brasil uma verdadeira revolução educacional. Nos 13 meses em que atuou como ministro disseminou a noção de que a educação não é mero serviço ou direito assistencial, e sim a única maneira de construir um País moderno, solidário e eficiente. Suas metas no MEC incluíam a eliminação do analfabetismo; a garantia de escola pública de qualidade para todas as crianças, a partir dos 4 anos de idade, até a conclusão do ensino médio; a formação e valorização do professor, incluindo a duplicação de seu salário; a modernização das escolas e dos métodos de ensino, que incluíam tanto a reforma física quanto a implantação de técnicas de ensino a distância; e uma reforma da universidade brasileira, para que ela responda aos desafios éticos e técnicos do Século XXI. Ao longo de sua carreira, Cristovam publicou mais de 20 livros e colaborou por mais 20 vinte anos com jornais e revistas de larga circulação. Também trabalhou como consultor de diversos organismos nacionais e internacionais do sistema das Nações Unidas. Foi Presidente do Conselho da Universidade para a Paz das Nações Unidas, membro do Conselho Presidencial que elaborou a proposta de Constituição (Constituinte, 1987) e integrante da Comissão Presidencial para a Alimentação, dirigida por Betinho.

Sala das Sessões da Assembléia Legislativa da Paraíba, em 22 de
novembro, de 2005.

WALTER BRITO FILHO Deputado

domingo, 13 de novembro de 2005

 

Conheça os 66 que retiraram as assinaturas para ajudar Lula

Conheça os 66 que retiraram as assinaturas para ajudar Lula Por Fernando Rodrigues Brasília - DF A fracassada tentativa do governo de barrar a prorrogação do prazo de funcionamento da CPI dos Correios tem boas revelações na lista dos probres-coitados que foram jogados aos leões. São 66 deputados que tiveram seus nomes expostos para nada. Pagarão o preço de participar da uma operação abafa que não deu certo. Antes dos nomes, um balanço por partido: partido nº de deputados que retirou o nome bancada atual na Câmara % sobre a bancada PMDB 21 80 26,25% PP 12 54 22,22% PTB 11 44 25,00% PDT 6 20 30,00% PL 4 39 10,26% PSB 4 29 13,79% PFL 3 61 4,92% PMR 2 2 100,00% PV 2 8 25,00% PSDB 1 54 1,85% 66 391 16,88% Como se vê, o PMDB deu 21 defecções para ajudar o governo. O PP deu 12 nomes. A surpresa são os 3 deputados do PFL e 1 deputado do PSDB que se sujeitaram a retirar o nome da lista. O processo, para o internauta entender, é simples. A CPI dos Correios termina oficialmente em 11 de dezembro de 2005. A oposição queri (e conseguiu) prorrogá-la por 120 dias, para 11 de abril de 2006 -bem no início do processo eleitoral. Para prorrogar essa CPI, que é mista, são necessários um terço dos congressistas (171 deputados e 27 senadores). No Senado, tudo tranqüilo, pois a oposição é ampla maioria. Na Câmara, a luta é mais acirrada. Na madrugada de ontem para hoje, foi uma guerra. Os números preliminares davam conta que o governo tinha vencido, pois só 170 assinaturas apareciam na lista a favor da prorrogação. Hoje de manhã, surpresa. O número era 171: justamente o mínimo necessário. Os 66 nomes retirados da lista (gente que já havia assinado e recuou) não foram suficientes. Agora, aos nomes e seus respectivos e-mails para quem tiver interesse em perguntar aos deputados a razão do recuo: Deputado que retirou o nome Partido UF e-mail do deputado 1 AFONSO HAMM PP RS dep.afonsohamm@camara.gov.br 2 ALEX CANZIANI PTB PR dep.alexcanziani@camara.gov.br 3 ALEXANDRE MAIA PMDB MG dep.alexandremaia@camara.gov.br 4 ALMERINDA DE CARVALHO PMDB RJ dep.almerindadecarvalho@camara.gov.br 5 ÁLVARO DIAS PDT RN dep.alvarodias@camara.gov.br 6 ANN PONTES PMDB PA dep.annpontes@camara.gov.br 7 ANTÔNIO CRUZ PP MS dep.antoniocruz@camara.gov.br 8 ATILA LIRA PSDB PI dep.atilalira@camara.gov.br 9 CABO JULIO PMDB MG dep.cabojulio@camara.gov.br 10 CORONEL ALVES PL AP dep.coronelalves@camara.gov.br 11 DILCEU SPERAFICO PP PR dep.dilceusperafico@camara.gov.br 12 DR. BENEDITO DIAS PP AP dep.dr.beneditodias@camara.gov.br 13 DR. FRANCISCO GONÇALVES PTB MG dep.dr.franciscogoncalves@camara.gov.br 14 DR. RODOLFO PEREIRA PDT RR dep.dr.rodolfopereira@camara.gov.br 15 EDINHO MONTEMOR PSB SP dep.edinhomontemor@camara.gov.br 16 EDMAR MOREIRA PFL MG dep.edmarmoreira@camara.gov.br 17 EDNA MACEDO PTB SP dep.ednamacedo@camara.gov.br 18 ÉRICO RIBEIRO PP RS dep.ericoribeiro@camara.gov.br 19 FEU ROSA PP ES dep.feurosa@camara.gov.br 20 GILBERTO NASCIMENTO PMDB SP dep.gilbertonascimento@camara.gov.br 21 INALDO LEITÃO PL PB dep.inaldoleitao@camara.gov.br 22 INOCÊNCIO OLIVEIRA PL PE dep.inocenciooliveira@camara.gov.br 23 JAIR DE OLIVEIRA PMDB ES dep.jairdeoliveira@camara.gov.br 24 JEFFERSON CAMPOS PTB SP dep.jeffersoncampos@camara.gov.br 25 JOÃO HERRMANN NETO PDT SP dep.joaoherrmannneto@camara.gov.br 26 JOAQUIM FRANCISCO PFL PE dep.joaquimfrancisco@camara.gov.br 27 JORGE ALBERTO PMDB SE dep.jorgealberto@camara.gov.br 28 JOSÉ CHAVES PTB PE dep.josechaves@camara.gov.br 29 JOSÉ DIVINO PMR RJ dep.josedivino@camara.gov.br 30 JOSÉ LINHARES PP CE dep.joselinhares@camara.gov.br 31 JOSIAS QUINTAL PSB RJ dep.josiasquintal@camara.gov.br 32 JOSUÉ BENGTSON PTB PA dep.josuebengtson@camara.gov.br 33 JÚLIO DELGADO PSB MG dep.juliodelgado@camara.gov.br 34 JÚNIOR BETÃO PL AC dep.juniorbetao@camara.gov.br 35 LAEL VARELLA PFL MG dep.laelvarella@camara.gov.br 36 LEONARDO MATTOS PV MG dep.leonardomattos@camara.gov.br 37 LINO ROSSI PP MT dep.linorossi@camara.gov.br 38 LUIZ ANTONIO FLEURY PTB SP dep.luizantoniofleury@camara.gov.br 39 MANATO PDT ES dep.manato@camara.gov.br 40 MARCELLO SIQUEIRA PMDB MG dep.marcellosiqueira@camara.gov.br 41 MARCELO ORTIZ PV SP dep.marceloortiz@camara.gov.br 42 MARCONDES GADELHA PSB PB dep.marcondesgadelha@camara.gov.br 43 MARCOS ABRAMO PP SP dep.marcosabramo@camara.gov.br 44 MARIA LÚCIA CARDOSO PMDB MG dep.marialuciacardoso@camara.gov.br 45 MAURÍCIO QUINTELLA LESSA PDT AL dep.mauricioquintellalessa@camara.gov.br 46 MAURO BENEVIDES PMDB CE dep.maurobenevides@camara.gov.br 47 MAURO LOPES PMDB MG dep.maurolopes@camara.gov.br 48 MAX ROSENMANN PMDB PR dep.maxrosenmann@camara.gov.br 49 MILTON CARDIAS PTB RS dep.miltoncardias@camara.gov.br 50 MOACIR MICHELETTO PMDB PR dep.moacirmicheletto@camara.gov.br 51 NELSON MARQUEZELLI PTB SP dep.nelsonmarquezelli@camara.gov.br 52 NELSON TRAD PMDB MS dep.nelsontrad@camara.gov.br 53 NILTON BAIANO PP ES dep.niltonbaiano@camara.gov.br 54 OSVALDO BIOLCHI PMDB RS dep.osvaldobiolchi@camara.gov.br 55 PASTOR REINALDO PTB RS dep.pastorreinaldo@camara.gov.br 56 PEDRO IRUJO PMDB BA dep.pedroirujo@camara.gov.br 57 PEDRO NOVAIS PMDB MA dep.pedronovais@camara.gov.br 58 REINHOLD STEPHANES PMDB PR dep.reinholdstephanes@camara.gov.br 59 RICARDO IZAR PTB SP dep.ricardoizar@camara.gov.br 60 RONIVON SANTIAGO PP AC dep.ronivonsantiago@camara.gov.br 61 ROSE DE FREITAS PMDB ES dep.rosedefreitas@camara.gov.br 62 SÉRGIO CAIADO PP GO dep.sergiocaiado@camara.gov.br 63 SEVERIANO ALVES PDT BA dep.severianoalves@camara.gov.br 64 TAKAYAMA PMDB PR dep.takayama@camara.gov.br 65 VIEIRA REIS PMR RJ dep.vieirareis@camara.gov.br 66 WILSON CIGNACHI PMDB RS dep.wilsoncignachi@camara.gov.br Fonte: Câmara dos Deputados Secretaria-Geral da Mesa - documento emitido às 10h43min - 11.nov.2005 VIVA O POVO BRASILEIRO!

quarta-feira, 9 de novembro de 2005

 

Cristovam Buarque - Nossas dívidas - Revista abnee - outubro de 2005

Recentemente, uma jovem turca, estudante de Berkeley, contou-me ter usado, durante o ano de 2002, um button do Partido dos Trabalhadores brasileiro. Sem conhecer o Brasil, torcia pela eleição de Lula. Como ela, milhões de jovens torceram pela eleição de um presidente de esquerda no Brasil. Passados 30 meses, nós, do PT, estamos em dívida com essa juventude do mundo inteiro, que sonhou com a possibilidade de uma alternativa ao pensamento único e à globalização neoliberal. Essa dívida decorre de diversas outras.A dívida maior é com os pobres brasileiros. O Brasil é um país dividido, dono da maior concentração de renda do mundo e de um modelo de “apartação”, o apartheid social brasileiro. O governo Lula não apresentou, em 30 meses, um programa para abolir a exclusão social e fazer do Brasil uma nação integrada. Isso era perfeitamente possível. Uma revolução na educação, um sistema fiscal e orçamentário distributivo, um conjunto de leis que incorporassem os excluídos nos direitos da cidadania teriam permitido uma “revolução-do-bom-senso”. A renda do setor público brasileiro permitiria essas ações sem qualquer ruptura nos pilares da política econômica. Lula tinha credibilidade para pedir sacrifícios à parcela rica brasileira, e argumentos para mostrar que essa mudança seria positiva para todas as classes. Perdemos a chance de mostrar ao mundo que é possível uma globalização sem exclusão. Nada fizemos para nos livrarmos do título de campeão mundial de concentração da renda.A visão de que a pobreza se resolve pelo mercado aliada a medidas assistenciais impediu a formulação de uma alternativa. A pobreza continuou sendo vista como assunto da economia privada, e não de políticas públicas.Como conseqüência, deixamos de oferecer qualquer opção ao modelo econômico que herdamos. Os limites financeiros e econômicos e as amarras impostas pela realidade mundial certamente impediram grandes mudanças no modelo econômico. O governo Lula assumiu uma economia em crise, agravada pelo temor internacional e nacional das ações que o governo poderia tomar. Era preciso acalmar o mercado, adquirir confiança, mudar pouco. Mas era preciso também indicar uma mudança no futuro. O mundo esperava isso do PT, assim exigimos dos governos anteriores. Tínhamos idéias e propostas. Não tínhamos o direito de continuar sendo o mesmo para sempre. Essa continuidade é uma dívida a mais.Outra dívida foi não termos transformado o Brasil em canteiro de debate para novas idéias. Quando na oposição, o PT organizou o Fórum Social Global; agora, no governo, ensimesmou-se na arrogância de que tudo sabia e de que o caminho era não fazer nada novo, por falta de alternativa. Dentro do PT, um bloco majoritário assumiu o controle, cercou Lula com sua aquiescência, e impediu o debate interno. Os críticos foram destituídos do governo, isolados e ameaçados de expulsão. O Brasil de Lula tornou-se um terreno sem debates. O pensamento único está mais forte do que antes, pois desapareceu a crítica que vinha do PT e dos movimentos sociais. Estes perderam a voz, intimidaram-se. E como a prática do governo desmoraliza propostas alternativas e a oposição não precisa elaborar suas idéias, porque o governo Lula as adotou.O medo do debate e a arrogância do poder impediram o governo Lula de inovar na democracia. O PT criou o orçamento participativo, mas seu governo não fez um gesto para democratizar a ação política. Ao contrário, mantém o povo e os quadros do partido afastados das decisões, controla as opiniões dentro do partido, abusa da manipulação pelo marketing e, pior,permitiu a suspeita da vergonhosa compra de votos de parlamentares da oposição. O governo Lula e o PT estão em dívida pela falta de novidade nos instrumentos da prática democrática, como havíamos feito nos governos estatais e municipais que ocupamos, e como defendíamos para o governo federal.Sem democracia e sem transparência, estamos, para surpresa geral, em dívida por causa da imagem de corrupção que governo e partido estão passando. Independentemente das conclusões das comissões que investigam as denúncias, o governo deixou de adotar posturas éticas na vida pública, como também medidas para aumentar a transparência, fiscalização e punição de desvios dentro dos governos. Acreditou que, por ser petista, estaria livre de corrupção, dispensando medidas preventivas. Perdeu assim a chance de transformar definitivamente a prática política no Brasil. Adquiriu uma dívida adicional.Sem idéias efervescentes e sem debate político, não houve tampouco tratamento distinto para os temas ambientais. Todos achavam que o governo Lula mostraria ao mundo que somos capazes de cuidar da Amazônia, de combinar crescimento econômico com proteção ambiental. Do Brasil com um patrimônio amazônico e um governo de esquerda esperava-se a execução de um novo modelo de desenvolvimento sustentável. Em vez disso, precisamos nos desculpar pela rapidez do desmatamento e da degradação ambiental; estamos em débito com o mundo.Não demos um salto na reforma agrária, não acabamos com a violência rural. O Brasil perpetua a mesma estrutura de propriedade, agravada agora pelo incentivo ao agrobusiness, sem controle social - das relações com a população local - ou ecológico - do impacto no meio ambiente.Todas essas dívidas têm uma razão. O discurso do PT nunca se afirmou como proposta clara, alternativa, aglutinadora, em busca de uma nova sociedade e de um futuro diferente para o Brasil. Nunca tivemos uma Causa maior: sempre fomos um guarda-chuva de reivindicações corporativas e uma tribuna de discursos anti-capitalistas. Quando tivemos que fazer concessões para chegar ao governo, não mantivemos nossos princípios, porque não tínhamos objetivos claros. A falta de um marco ideológico se agravou com a arrogância do núcleo que se instalou no poder; e com a posição de Lula, agindo como um presidente de honra que unifica, e não como um líder que conduz.O PT chegou ao poder sem uma Causa, um programa, sem fazer uma reciclagem, como os partidos de esquerda da Europa, antes de chegarem ao poder, sem formular um programa de esquerda. Tínhamos o discurso apenas, e para governar foi preciso abandoná-lo, sem tempo de substituí-lo. Não inventamos o petismo. Essa foi a nossa maior dívida, e a causa das demais.
Artigo originalmente publicado em espanhol no jornal El Pais. Agora, publicado pela revista da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica - edição de outubro de 2005.

domingo, 6 de novembro de 2005

 

Prefeitura de Ribeirão abasteceu caixa 2 do PT

Documentos reunidos pelo Ministério Público de São Paulo e a CPI dos Correios confirmariam as acusações do advogado Rogério Buratti, segundo o qual a empresa de coleta de lixo Leão Leão pagava uma taxa mensal a quatro prefeituras do interior paulista - entre elas Ribeirão Preto, durante a gestão do ex-prefeito Antonio Palocci (PT), hoje ministro da Fazenda. O dinheiro seria proveniente das próprias prefeituras e, em Ribeirão, teria servido para abastecer o caixa dois do partido.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, os papéis em poder do MP e da CPI, somados a investigações baseadas nos depoimentos de Buratti (ex-assessor de Palocci em Ribeirão), reforçam os indícios de de que a empresa pagava "mensalinho" com valor entre R$ 50 mil e R$ 226 mil por mês às prefeituras. Durante entrevista, Palocci negou o suposto esquema.
Segundo o MP, o esquema de arrecadação de dinheiro ilegal funcionava por meio de emissão de notas frias. Em Ribeirão Preto, o Departamento de Águas e Esgotos (Daerp) pagaria à Leão Leão por serviços de varrição que não eram realizados. Por meio de uma manobra contábil, conclui o MP, os recursos entravam na empresa da forma legal e saíam como pagamento de supostos fornecedores; a Leão Leão utilizava pelo menos três empresas para a emissão de notas frias para justificar a transação, mediante o pagamento de 2% sobre o valor de cada uma;
O dinheiro era sacado na boca do caixa em um posto bancário localizado no interior da própria empresa. Os recursos eram, segundo o MP, poteriormente distribuídos para as prefeituras, entre elas Ribeirão. Uma planilha apreendida nos computadores da Leão Leão relacionava os pagamentos a cada município beneficiado pelo "mensalinho". Além de Ribeirão Preto, recebriam também as cidades de Matão, Sertãozinho e Monte Alto - com as quais a Leão Leão mantinha contrato. O dinheiro seria repassado posteriormente ao PT para formação da caixa 2.
Para o MP e a CPI dos Bingos, o total desviado nas operações totaliza R$ 2,8 milhões entre janeiro e dezembro de 2002. Esse montante corresponde à soma de 331 cheques sacados da conta da Leão Leão pelas empresas Comercial Luizinho, Twister e Kaf Bras - acusadas de emitirem as notas frias. Os valores das notas são muito próximos, diz o MP, àqueles presentes na referida planilha encontrada na Leão Leão.

Caso Cuba: Piloto confirma transporte de caixas

O piloto Alécio Fongaro confirma ter levado o petista Vladimir Poleto - ex-assessor do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na prefeitura de Ribeirão Preto - no Sêneca PT-RSX do empresário José Roberto Colnaghi, em 31 de julho de 2002. Na ocasião, Poleto levava três caixas de papelão lacradas consigo, diz Fongaro, que garante desconhecer o conteúdo delas. O ex-assessor foi convocado para depor sobre a denúncia na próxima terça-feira, na CPI dos Bingos. Outras pessoas citadas no caso também devem ser chamadas nos próximos dias.
De acordo com a edição da semana passada da revista Veja, baseada em depoimentos de Poletto e do advogado Rogério Buratti, também ex-assessor de Palocci, essas caixas continham US$ 1,4 milhão ou US$ 3 milhões doados pelo governo cubano para a campanha eleitoral do então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.
Buratti disse não ter presenciado a suposta transação e citou como fonte Ralf Barquete, outro homem de confiança de Palocci - morto de câncer em junho de 2004. O ministro afirmou que os relatos dos ex-colaboradores são "fantasiosos". O governo cubano, por meio de nota, também desmentiu as acusações.
O testemunho de Fongaro foi publicado na última edição de Veja. O piloto diz ter decolado de Penápolis, no oeste paulista, e rumou para Brasília, onde telefonou para Poleto - que teria em seguida se dirigido para o aeroporto. Segundo Alécio Fongaro, Poleto pediu para levar as caixas na aeronave e foi atendido.
O destino seria o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, mas o vôo teria sido desviado para Viracopos, em Campinas, por conta do mau tempo. Logo após a aterrissagem, na tarde de 31 de julho de 2002, Poleto teria solicitado ao piloto que rumasse para o Aeroporto dos Amarais, que também fica em Campinas. Como o aroporto tem dimensões bem mais reduzidas que o internacional Viracopos, diz Fongaro, o petista não precisou declarar o conteúdo das caixas às autoridades e, sem maiores problemas, descarregou as mesmas dentro de um Ômega, supostamente blindado, que já estava à sua espera.
Palocci utilizou jatinho de empresário O empresário Roberto Colnaghi confirma ter emprestado o Sêneca para Poleto, mas se exime de qualquer responsabilidade sobre a utilização do mesmo. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, ele deu carona para Antonio Palocci em outra aeronave (um jatinho Citation, prefixo PT-XAC), quando o petista já era ministro da Fazenda. Uma das oportunidades nas quais Palocci usou o avião teria ocorrido em 2 de maio de 2004, após visita à a Agrishow, feira de agronegócios realizada em Ribeirão Preto.
Procurado pela Folha, o empresário não se manifestou sobre a suposta carona. A assessoria de Palocci não tinha se manifestado a respeito do assunto até ontem à noite.
Redação Terra

This page is powered by Blogger. Isn't yours?