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terça-feira, 22 de novembro de 2005

 

Ney pedirá explicação à procurador sobre processo da Embrasc

O senador Ney Suassuna (PMDB) será recebido hoje pela manhã pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando, a quem vai pedir explicações sobre o processo em que é acusado de envolvimento com suposto esquema para favorecer empresa privada com sede em Santos, São Paulo, que vem sendo apurado pelo Ministério Público Federal. Ney nega, veementemente, qualquer envolvimento com a empresa de Santos, a Embrasc, especializada em saneamento fiscal. Em ação, os procuradores da República José Alfredo de Paulo e Silva e Raquel Branquinho, de São Paulo, acusam o senador de ter cobrado “pedágio” para intermediar contrato entre a Embrasc e a Companhia Estadual de Esgoto do Rio de Janeiro. “Há uma movimentação estranha no ar”, declarou o senador, que atribuiu às denúncias um caráter político. A matéria foi publicada no final de semana passado pela Folha de São Paulo. De Brasília, o senador disse que vê armação política e que a matéria é “requentada”. Com ofício na mão, ele aguarda audiência com o procurador-geral da República, Antônio Fernando, a quem vai pedir informações sobre o processo, do qual diz não ter tido o direito à defesa. Suassuna destacou que a matéria é vencida, uma vez que parecer do procurador Cláudio Fonteles, baseado em decisão do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, afastou indícios de envolvimento do senador no processo. Ney afirmou que é vítima de perseguição política. “As denúncias aumentam na mesma proporção em que cresço nas pesquisas”, destacou o líder do PMDB no Senado, que é candidato à reeleição. Ney Suassuna disse que não tem poder de influência com a Embrasc. Ele citou o fato da empresa ter sido contratada pela Cagepa, na gestão da engenheira Aracilba Rocha, “uma das pessoas a quem sou mais ligado na Paraíba”, por valor abaixo do mercado. “Assim que entrou, ela reduziu o valor do contrato e ainda só pagava quando o Estado tinha lucro”, destacou Ney. Ele atribui as denúncias a adversários políticos na Paraíba e disse que iria tirar a história a limpo junto ao Ministério Público Federal. Mas descartou acionar os procuradores responsáveis pela investigação. “Eles estão sendo abastecidos por pessoas com más intenções”, declarou. ENTENDA O CASO Em novembro de 2003, a Procuradoria da República em Santos abriu investigação sobre a Empresa Brasileira de Assessoria e Consultoria Ltda. – Embrasc., que presta assessoria para empresas, a maioria delas públicas, com problemas tributários. Em depoimentos ao Ministério Público Federal, uma ex-diretora da Empresa, Norma Boffa dos Santos, disse que a Embrasc “pagou pedágio” ao senador Ney Suassuna para ele garantir contrato com a Companhia de Água e Esgosto do Rio de Janeiro, em janeiro de 2000. Toda esse história consta em ação assinada pelos procuradores da República, José Alfredo de Paulo e Silva e Raquel Branquinho, e foi publicada na Folha de São Paulo no final de semana passado. Em 2003, o então procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, analisou o processo e não encontrou indícios de participação do senador no caso. (Luiz Torres, Jornal da Paraíba)

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