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domingo, 16 de janeiro de 2011

 

PMJP fará recife artificial no Cabo Branco

A secretária de Meio Ambiente da prefeitura municipal de João Pessoa, geógrafa e professora da UFPB Lígia Tavares, anunciou neste sábado, que o prefeito da Capital, Luciano Agra (PSB), decidiu construir um recife artificial para proteger a barreira do Cabo Branco da erosão provocada pela imensa maresia existente no local

Barreira submersa de 440 metros (Pbagora, Giovanni Meirelles)

Lígia me disse que os estudos de viabilidade técnica e financeira, iniciados há cerca de três anos, foram finalmente concluídos pelos especialistas no assunto, optando pela solução de colocar na área marinha imediatamente em frente à falésia do Cabo Branco, uma barreira de recifes semi-submersos, num total de 440 metros de contenção natural na faixa das marés, com menor impacto na paisagem do entorno e igual efeito de diminuição da força agressiva junto às correntes marinhas que provocam as ondas altas na beira-mar.

Fechando áreas de erosão marinha

Nos trechos mais à frente da areia que forma piscinas de pedras, distantes 100 ou 200 metros de mar adentro, serão também serão colocados nas várias aberturas detectadas na faixa de arrebentação que separa o canal de navegação utilizado pelos grandes navios cargueiros para se aproximarem das operações de cabotagem na foz do rio Paraíba, em direção ao porto de Cabedelo e o mar aberto, que permite o acesso das embarcações ao oceano Atlântico, já em águas internacionais, fora do limite de 200 milhas náuticas de soberania brasileira, na chama “Amazônia Azul”, patrulhada pelas belonaves da Marinha de Guerra.

Concepção anterior foi rejeitada

O projeto aprovado por Luciano Agra é completamente diferente da maquete que chegou a ser exibida pelo ex-prefeito e atual senador Cícero Lucena (PSDB), anos atrás, durante um café-da-manhã oferecido a jornalistas, no antigo restaurante Marinas, que hoje já não existe mais, no final do Cabo Branco.

Cícero queria construir super-dique

O então secretário de Planejamento da prefeitura municipal de João Pessoa, Everaldo Sarmento, defendia a idéia ousada de construir um enorme dique com pedras de brita pesando várias toneladas (cada uma), possibilitando a base de terra e concreto para pavimentação de uma pista de rolamento em asfalto, para passagem de veículos leves (exclusivamente automóveis de passeio).

Rua asfaltada no meio do mar

A nova estrada começaria desde a rotatória (giradouro) que fica antes da Praça de Iemanjá, indo até a via principal de acesso à praia da Penha, logo depois da Ponta do Seixas, criando uma rodovia com altura de cinco a seis metros de altura (em zona aterrada) no formato de “U”, que serviria também como anteparo para a força das marés, evitando – conseqüentemente – a ação do vento forte e da água salgada, no processo lento e gradual que continua erodindo a barreira do Cabo Branco.

Três anos de pesquisa cientifica

A última providência técnica que faltava, para que as obras pudessem ser iniciadas, era a elaboração final do EIA-Rima (Relatório de Impacto Ambiental), coisa que já foi concluída, no final do ano passado, com a ajuda de experts no assunto, professores da Universidade Federal da Paraíba e ecologistas engajados na luta pela preservação da natureza, aqui no Estado (sobretudo em João Pessoa).

Parque dos Corais em Picãozinho

Neste capítulo específico de modificações a serem operadas no manejo turístico da orla marítima de João Pessoa, está a criação do Parque dos Corais em Picãozinho, limitando em muito a área explorada comercialmente pelos proprietários dos barcos modelo catamarã que vendem viagens a turistas nacionais e estrangeiros, no melhor estilo “Preocupação Zero”, “Xô Estresse”, “Dormindo nas Ondas”, “Sombra & Água Fresca”, etc. Entretanto, esta medida só deverá entrar em vigor a partir de 2012.

Mergulhos serão proibidos

No local onde hoje são vistos inúmeros visitantes se aproximando de cardumes de peixinhos coloridos e pisando com tênis nas pedras e na areia branca depositada pelo movimento contínuo das ondas ou em mergulhos em águas rasas de esnorkel (na foto acima), serão instalados escudos de proteção nesses hot-points de erosão, para fechar as aberturas naturais que vão desgastando a cobertura de corais, anêmonas e outros importantes exemplares da vida marinha encontradas por botânicos, zoólogos e demais cientistas-pesquisadores, em praticamente todo o litoral paraibano.

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