domingo, 27 de abril de 2008
EXEMPLO ISOLADO DE EGOCENTRISMO EXÓTICO
Interessante. A Revista Veja desta semana (30/04/2008), trás uma rápida, pitoresca e desagradável entrevista do ator Paulo César Parelo ao repórter Daniel Biasetto. O ator já participou de mais de cem filmes e vive de gravar jingles e locuções comerciais. Portanto, trata-se de pessoa de notória fama artística e cultural. Ele está propondo nada mais, nada menos do que implodir a estátua do Cristo Redentor, mesmo depois que foi eleita como uma das sete maravilhas do mundo, simplesmente porque está plantada no cume do morro do Corcovado e está interferindo na paisagem do Rio de Janeiro.
Seria cômico se aquele artista e intelectual não estivesse defendendo com tanta veemência e convicção a campanha que está empreendendo para derrubar o monumento. A campanha ele mesmo acha totalmente impopular, mas necessária e já contatou até mesmo uma agência de publicidade para tal.
A iniciativa é chocante mas numa democracia cabe tudo em nome do livre arbítrio e da liberdade de pensamento. Salve-se que, ainda bem não está ele vinculado a nenhum organismo ambiental para influenciar ações de execução de sua idéia macabra.Porém, não pode passar desapercebido que, neste nível de entendimento, Paulo César Parelo não é um exemplo isolado de egocentrismo exótico. Existe por toda parte gente querendo impingir sua própria vontade aos outros, como se a visualização dessa gente fosse absoluta e algo divinal para a humanidade. Pior mesmo é quando esta conduta pessoal parte de agentes públicos em nome da ecologia e da preservação do meio ambiente, contagiando organismos e atrofiando o desenvolvimento sustentável.
A idéia absurda do intelectual,uma vez redirecionada para outras ocorrências esquisitas, Brasil afora, sugere reflexão. Aquí na Paraíba, por exemplo, cabe analisar o atraso do desenvolvimento turístico da capital nos últimos vinte anos,em relação a Natal, Fortaleza, Maceió e outras do Nordeste, não está correlacionado com atitudes parecidas de agentes públicos, que permeiam as decisões de governo. Não é raro se perceber o toque pessoal de subjetividade desses indivíduos, por trás da legislação.
Há uma indagação que fica no ar, quando verificamos a olho nú o desenvolvimento dessas cidades: Por que, mesmo sujeitas as mesmas condições da legislação ambiental;com recursos naturais e paisagísticos; geografia e condições socio econômicas assemelhadas;a Capital paraibana se atrasou tanto, em relação as outras capitais do Nordeste? Será que não exageramos nos cuidados que os outros souberam flexibilizar? Erraram eles na visualização do desenvolvimento sustentável ou nós?
Wilson Terroso de Sousa, em 27/04/2008
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UMA IDÉIA DE JERICO?
A revista VEJA de 7 de maio de 2008, publica trechos das opiniões contra e a favor à idéia do ator Paulo César Pareio, para demolição da estatua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, porque ela, segundo ele, está atrapalhando o visual da cidade.
Pelo visto as opiniões mais sensatas são pela permanência do “Cristo”, sobre o Morro do Corcovado. A visualização radical e exagerada de Pareio, no entanto, sugere preocupações para se distinguir quem, em nome da cultura e da preservação do meio ambiente, não procede como ele, ameaçando o desenvolvimento sustentável, também, no aproveitamento de outros recursos naturais, Brasil afora.
O que "Veja" publicou:
“A idéia do ator Paulo César Pereio de desencadear uma campanha para demolir o Cristo Redentor, recentemente eleito uma das maravilhas do mundo moderno (“ O Cristo atrapalha o visual”, 30 de abril de 2008), deixou três dezenas de leitores indignados. “ O senhor Pereio estava sóbrio ou no seu estado normal?, bateu pesado Emir Nunes Moreira, de Curitiba. Outros leitores também bateram:”Só mesmo um ser como esse, ele sim sem nenhum valor artístico (vide sua obra, de péssima qualidade), para falar tanta besteira” (Celso Gutemberg Souza); Pela idéia, dá para ver que ele está mais pra lá do que pra cá. Mais do que nunca, deveria se agarrar ao Cristo” (Sielí Maria, de Bonito, MS); “além de ateu e ex-comunista, pode-se declarar alucinado e gagá.Se bem que alucinado... Bem, deixa pra lá (George de Marco, Nilópolis, RJ); “Uma boa coisa você já fez, Pereio: deixou de ser comunista” (José Wanderley da C. Fernandes); “Esse maluco, pela cara, não deve bater bem da idéia” (Klaus Schossland, Joinville SC); “Por que esse idiota não explode a cabeça dele?” (Dimas Biággio, Santa Bárbara d´Oeste, SP). Mas a indignação com Pereio não foi unanimidade. Oito leitores apoiaram a idéia. “Ele está coberto de razão. A Estátua do Cristo Redentor é um verdadeiro entulho que atrapalha a paisagem do Rio de Janeiro” (Francisco Bezerra Filho, Maceió, AL); “Finalmente alguém com bom gosto. Abaixo o Cristo!” (Carlos Augusto, Palmitos SC);”Acuado pela dengue e pela violência, o Rio de Janeiro mereceria pelo menos a caridade urbanística de se livrar daquela monstruosidade” (Renzo Mora, Guarujá SP); “O pior é que os Cristos redentores estão se multiplicando pelas cidades. Sobre qualquer montinho de terra colocam um; alguns deles são terrivelmente feios, mas mostrados como pontos turísticos do lugar” (Perola Soares Zambrana, São Paulo, SP). É, Pereio, não se pode agradar a todos”.
Seria cômico se aquele artista e intelectual não estivesse defendendo com tanta veemência e convicção a campanha que está empreendendo para derrubar o monumento. A campanha ele mesmo acha totalmente impopular, mas necessária e já contatou até mesmo uma agência de publicidade para tal.
A iniciativa é chocante mas numa democracia cabe tudo em nome do livre arbítrio e da liberdade de pensamento. Salve-se que, ainda bem não está ele vinculado a nenhum organismo ambiental para influenciar ações de execução de sua idéia macabra.Porém, não pode passar desapercebido que, neste nível de entendimento, Paulo César Parelo não é um exemplo isolado de egocentrismo exótico. Existe por toda parte gente querendo impingir sua própria vontade aos outros, como se a visualização dessa gente fosse absoluta e algo divinal para a humanidade. Pior mesmo é quando esta conduta pessoal parte de agentes públicos em nome da ecologia e da preservação do meio ambiente, contagiando organismos e atrofiando o desenvolvimento sustentável.
A idéia absurda do intelectual,uma vez redirecionada para outras ocorrências esquisitas, Brasil afora, sugere reflexão. Aquí na Paraíba, por exemplo, cabe analisar o atraso do desenvolvimento turístico da capital nos últimos vinte anos,em relação a Natal, Fortaleza, Maceió e outras do Nordeste, não está correlacionado com atitudes parecidas de agentes públicos, que permeiam as decisões de governo. Não é raro se perceber o toque pessoal de subjetividade desses indivíduos, por trás da legislação.
Há uma indagação que fica no ar, quando verificamos a olho nú o desenvolvimento dessas cidades: Por que, mesmo sujeitas as mesmas condições da legislação ambiental;com recursos naturais e paisagísticos; geografia e condições socio econômicas assemelhadas;a Capital paraibana se atrasou tanto, em relação as outras capitais do Nordeste? Será que não exageramos nos cuidados que os outros souberam flexibilizar? Erraram eles na visualização do desenvolvimento sustentável ou nós?
Wilson Terroso de Sousa, em 27/04/2008
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UMA IDÉIA DE JERICO?
A revista VEJA de 7 de maio de 2008, publica trechos das opiniões contra e a favor à idéia do ator Paulo César Pareio, para demolição da estatua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, porque ela, segundo ele, está atrapalhando o visual da cidade.
Pelo visto as opiniões mais sensatas são pela permanência do “Cristo”, sobre o Morro do Corcovado. A visualização radical e exagerada de Pareio, no entanto, sugere preocupações para se distinguir quem, em nome da cultura e da preservação do meio ambiente, não procede como ele, ameaçando o desenvolvimento sustentável, também, no aproveitamento de outros recursos naturais, Brasil afora.
O que "Veja" publicou:
“A idéia do ator Paulo César Pereio de desencadear uma campanha para demolir o Cristo Redentor, recentemente eleito uma das maravilhas do mundo moderno (“ O Cristo atrapalha o visual”, 30 de abril de 2008), deixou três dezenas de leitores indignados. “ O senhor Pereio estava sóbrio ou no seu estado normal?, bateu pesado Emir Nunes Moreira, de Curitiba. Outros leitores também bateram:”Só mesmo um ser como esse, ele sim sem nenhum valor artístico (vide sua obra, de péssima qualidade), para falar tanta besteira” (Celso Gutemberg Souza); Pela idéia, dá para ver que ele está mais pra lá do que pra cá. Mais do que nunca, deveria se agarrar ao Cristo” (Sielí Maria, de Bonito, MS); “além de ateu e ex-comunista, pode-se declarar alucinado e gagá.Se bem que alucinado... Bem, deixa pra lá (George de Marco, Nilópolis, RJ); “Uma boa coisa você já fez, Pereio: deixou de ser comunista” (José Wanderley da C. Fernandes); “Esse maluco, pela cara, não deve bater bem da idéia” (Klaus Schossland, Joinville SC); “Por que esse idiota não explode a cabeça dele?” (Dimas Biággio, Santa Bárbara d´Oeste, SP). Mas a indignação com Pereio não foi unanimidade. Oito leitores apoiaram a idéia. “Ele está coberto de razão. A Estátua do Cristo Redentor é um verdadeiro entulho que atrapalha a paisagem do Rio de Janeiro” (Francisco Bezerra Filho, Maceió, AL); “Finalmente alguém com bom gosto. Abaixo o Cristo!” (Carlos Augusto, Palmitos SC);”Acuado pela dengue e pela violência, o Rio de Janeiro mereceria pelo menos a caridade urbanística de se livrar daquela monstruosidade” (Renzo Mora, Guarujá SP); “O pior é que os Cristos redentores estão se multiplicando pelas cidades. Sobre qualquer montinho de terra colocam um; alguns deles são terrivelmente feios, mas mostrados como pontos turísticos do lugar” (Perola Soares Zambrana, São Paulo, SP). É, Pereio, não se pode agradar a todos”.
