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sábado, 26 de novembro de 2005

 

Marmeladas e roubalheiras

Não, o assunto de hoje não é o Supremo Tribunal Federal, não é a cumplicidade descarada de alguns de seus membros com o chefe de quadrilha que atende pelo nome de Zé Dirceu. Não se podia mesmo esperar muito do STF sob a presidência de Nelson Jobim, um eterno amigo do poder, atenda este poder pelo nome de Lula-lau ou de FHC (ou por qualquer outro nome). Contrariando a tradição de que o presidente só vota para desempatar, Jobim - que vem protegendo Dirceu desde o início - votou para empatar, jogando a batata quente nas mãos de Sepúlveda Pertence, outro que é suspeito de simpatia pelo chefe de quadrilha. O voto de Pertence será proferido na quarta-feira. Se ele votar contra Dirceu, a questão estará decidida e a cassação ocorrerá no mesmo dia. Se ele votar a favor do chefe mafioso, haverá uma segunda votação, para decidir a extensão do dano causado pelo STF. Dependendo dessa segunda votação, Dirceu poderá ser cassado ainda este ano ou somente em março ou abril de 2006. Há um lado positivo nisso tudo: quanto mais tempo Dirceu levar para ser cassado, maior será o desgaste de Lula-lau, para quem o ex-chefe da Casa Civil se transformou num conveniente bode expiatório. Jobim e companhia deveriam pensar nisso: deixem a Câmara cassar logo Zé Dirceu; será melhor para Lula-lau. A cassação acabará ocorrendo, não tem jeito. É só uma questão de menos tempo ou mais tempo. (GILSON GONDIM)

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