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sábado, 12 de julho de 2008

 

Entrevista de Francisco Barreto a Wscom

16:08 | 12.07.2008

Francisco Barreto abre sequência de entrevistas com candidatos a prefeito de João Pessoa
Wscom

Wscom Francisco Barreto "Ricardo Coutinho não nos mete medo. Ele é um gigante com pés de barro. Vão acontecer surpresas"

O Portal WSCOM Online abre sua sequência de entrevistas com os candidatos à Prefeitura Municipal de João Pessoa. O primeiro entrevistado é Francisco Barreto, do Partido Trabalhista Nacional (PTN). Ele tem como candidato a vice-prefeito Antônio Barbosa Bala, filiado ao Partido da Mobilização Nacional (PMN). Sua coligação, 'João Pessoa em Mãos Limpas', ainda tem o apoio do Partido da República (PR).

Francisco Barreto esteve na Redação do WSCOM e falou sobre suas propostas, desafios e criticou duramente o atual prefeito da Capital. "Ele (Ricardo Coutinho) está fazendo campanha há três anos e meio, massificando a mídia. Ricardo colocou a mídia no pelourinho. A irresponsabilidade dos gastos com a mídia é de tal sorte, que a Prefeitura gastou R$ 17 milhões no setor, contra R$ 3 milhões na área da Saúde."

Dentre as propostas do candidato está uma profunda revisão nas áreas de Educação, Saúde e limpeza urbana. "Nós não temos escolas, temos depósitos de alunos. Nós não temos PSFs, nós temos postos sem qualidade. Essas áreas de emprego e renda, Saúde e Educação são básicas e terão uma atenção maior."

Por que ser candidato a prefeito?

Eu tenho uma experiência de mais de 25 anos com o manejo da coisa pública. Sou um servidor público. Eu exerci diversas funções importantes. Fui secretário adjunto no Estado de Pernambuco, fui coordenador de um programa desenvolvido pelo Banco Mundial, voltado para a criação de emprego e renda dentro das cidades de porte médio. Fui coordenador do Sine (Sistema Nacional de Emprego) do Ministério do Trabalho, além de secretário de Planejamento do Estado, secretário de três pastas municipais desta Capital (Desenvolvimento Urbano, Administração e Gestão Governamental e Articulação Política). Então, do ponto de vista técnico, a minha qualificação me dar flexibilidade com o trato da coisa pública. Em segundo lugar, e uma coisa que eu acho muito importante, é a forma como as políticas públicas estão sendo tratadas em João Pessoa. Esse tratamento não corresponde à natureza e a intensidade da crise urbana. Em terceiro lugar e não menos importante, é o registro da minha indignação da forma como a atual administração vem se comportando. Forma essa eivada de autoritarismo, eivada de prepotência, eivada de uma série de comportamentos que estão aí, que derivam muito mais de projetos personalistas, de projeto que têm um cunho muito mais de promoção pessoal de um cidadão do que dos interesses da cidade. Além de tudo isso, constata-se atualmente uma ruptura total com os movimentos populares, da falência de uma certa dignidade política, com a cooptação de legendas e partidos, métodos reprováveis no manejo dos recursos públicos, obras sociais e moralmente injustas. Então todas essas coisas me empurram para ser candidato e tenho obrigação de ser candidato a prefeito desta cidade. Minha candidatura nasce de um imperativo muito mais - diria eu - franciscano, missionário, de procurar oxigenar a vida pública e política de João Pessoa e criar uma discussão crítica sobre todas as questões urbanas. Não existe qualquer ambição pessoal na minha candidatura.

O senhor foi secretário da prefeitura, na atual gestão. O que aconteceu para que o senhor saísse da equipe de seu principal adversário?
Como disse antes, eu fui secretário em três pastas diferentes. Eu digo sempre que houve dois rompimentos nesse processo. O primeiro deles foi o rompimento do prefeito com ele próprio, com relação aos métodos e as formas de tratar a coisa pública. E a gota d´água do meu afastamento da Prefeitura foi a Mesa da Câmara, onde eu fazia articulação política e não concordei com os métodos que seriam utilizados. Além disso, na linguagem dos historiadores, fazer a pré-ação dos vereadores. A pré-ação é o ato de capturar negros e índios, no passado. Foi justamente o que aconteceu aqui em João Pessoa com os vereadores. Minha ruptura tem um componente político e ideológico, de não concordar com as coisas que estavam ocorrendo e eu tomei a iniciativa de fazer um documento longo, numa atitude de lealdade, criticando com o que eu não concordava, antes de sair. Entre a preservação da minha consciência crítica e da minha autonomia como cidadão e a vassalagem política que se mantém no poder, eu nunca deixei de optar pela primeira possibilidade.

Onde a cidade pode melhorar?

Olha, são várias coisas que a gente tem que trabalhar. Não podemos ver João Pessoa tal como ela se encontra aí. Nós estamos diante de uma crise urbana extremamente profunda e essa crise se materializa, sobretudo, no campo social. João Pessoa ainda é uma cidade que apresenta níveis de equilíbrio urbano em determinadas áreas. Quero esclarecer que não existe apenas uma João Pessoa. Você tem 'três cidades' dentro de uma. Tem a João Pessoa que reflete essa área concêntrica, que vai se expandindo ao longo da história e sai de Jaguaribe até ao Bairro dos Estados, passando por todos os bairros da praia. Nesta área não existe grandes problemas de infraestrutura, embora se configure hoje uma questão crítica relativa ao problema da circulação viária. A Capital apresenta estrangulamentos importantes. A segunda João Pessoa é caracterizada pelos grandes conjuntos habitacionais. Sustentado pelo pretexto de edificar habitações populares, nasceram esses enormes e inúmeros conjuntos, dos quais os mais expressivos são Mangabeira e Valentina, que são verdadeiras cidades. Mangabeira, por exemplo, tem mais de 100 mil habitantes. Nessas localidades existem problemas intermináveis e têm que ser enfrentados urgentemente. E, por último, a terceira João Pessoa, é ocupada por favelas e invasões. Neste último caso, se não houver soluções rápidas, essas áreas podem ser segregadas do restante da Capital. Na outra ponta está a Estação Ciência, com gastos de 25 milhões de dólares. Com este valor dava para gerar 25 mil oportunidades de empregos. A Estação Ciência é uma ostentação agressiva à pobreza de João Pessoa.

E possível encontrar uma saída para resolver os problemas dessas, que o senhor chama de três cidades?

Ainda na definição das três cidades em uma - antes de qualquer coisa - a intervenção deve seguir um projeto macro e direcionar o pensamento e as ações a uma cidade para os próximos 20 e 30 anos. Nós estamos no limiar de uma fronteira, que está muito clara - entre uma cidade que ainda pode restaurar o equilíbrio no uso e na ocupação do solo urbano ou derivar para uma área de segregação social muito grave. São dois limites: João Pessoa pode se transformar em uma Curitiba ou vamos nos inclinar para composição urbana de uma Baixada Fluminense. E é preciso pensar isso imediatamente. A intervenção pública não pode ser feita de forma isolada; uma escola ali, um PSF acolá. O desenvolvimento urbano deve ser pautado em obras estruturantes e com o propósito único: qual a cidade que nós queremos construir. Em segundo lugar, é bom deixar claro que existe uma prepotência técnica que criou um somatório de bijuterias urbanas. E se gasta uma fortuna com isso. Quando na realidade nós temos problemas que são de extrema gravidade, no que diz respeito ao manejo das áreas segregadas. Nossa Secretaria de Planejamento não existe. Ela pode até existe fisicamente, mas com outra função ou com outros objetivos, mas não é uma Secretaria de Planejamento. É preciso que nós tenhamos um processo de planejamento capaz de refletir criticamente, capaz de implementar políticas urbanas de mais longo prazo. Para isso é preciso provocar uma ruptura nessas decisões herméticas e prerrogativas de quatro ou cinco pessoas. Primeiro, pensar macro a cidade a longo prazo; segundo, definir eixos estruturantes, que possam conduzir esta cidade; terceiro, ter uma política de gestão pública, que resolva a democratização de decisão e tenha um papel relevante no sentido de quebrar essa equação tão complicada que se encontra aí. De um lado se joga muito dinheiro fora, do outro não tem dinheiro para o que se deveria fazer. E tratar as três cidades de forma diferenciada. O problema mais crônico está nas 200 favelas, onde deriva a preocupação de gerar emprego e renda.

É difícil ser um candidato de uma coligação pequena e trabalhar com um orçamento apertado?
Nós não raciocinamos em termo de gastos e dispêndios financeiros. Se a gente fosse racionar assim, jamais entraria em uma campanha política. É importante ressaltar o tratamento igualitário que a Justiça Eleitoral vai dar a todos os partidos e coligações. Nós temos que louvar esse tipo de tratamento. Agora, o atual prefeito está fazendo campanha há três anos e meio, massificando a mídia. Colocou a mídia no pelourinho, tendo o manejo desbragado. Para você ter uma idéia, a irresponsabilidade dos gastos com a mídia é de tal sorte, que a Prefeitura gastou R$ 17 milhões no setor, contra R$ 3 milhões na área da Saúde. Então o prefeito está em campanha há três anos e meio. Isso é uma vantagem enorme. Mas, mesmo assim, acredito que vão acontecer surpresas. Agora, o que seria dos grandes se não fossem os pequenos. Só se cresce quando é pequeno. E essa é a hipótese que a gente trabalha. Essas estruturas pesadas, carcomidas, absolutamente em processo de decomposição, aí estão esses partidos PT, PSB, PMDB, etc..., que foram partidos que tiveram um papel histórico neste país. Entre eles e nós, que estamos ousando e com coragem de combater e trabalhando com as idéias e o desejo de transformar, existe a população que está no meio de tudo isso. E eu acredito que a população tem a capacidade de refletir criticamente. Recursos não é problema, porque nós não temos. Então, deixou de ser um problema. Nós fomos golpeados, duas ou três vezes, durante processo de organização do partido e a preparação da candidatura, exatamente pelo PSB e seus correligionários, que tentaram nos retirar a candidatura, com um papel que eu considero um canibalismo eleitoral. E nós conseguimos sair. Hoje, somos vitoriosos. Ricardo Coutinho não nos mete medo. Ele é um gigante com pés de barro. A bíblia nos ensina que a gente não deve adorar bezerro de ouro.

Se o senhor for eleito, quais suas primeiras medidas frente à Prefeitura de João Pessoa?
A primeira medida eu considero fundamental. É quebrar o monopólio da decisão pública para poucas pessoas. Criar um patamar, do ponto de vista jurídico e legal, capaz de disciplinar com relação à decisão sob recurso. Não basta só decidir sob recurso, tem que fiscalizar os recursos. Então, o controle social dos recursos públicos é extremamente importante, coisa que não se faz. Necessariamente não é uma medida de impacto ou de natureza demagógica, mas sim da necessidade de rever a natureza, intensidade e o conteúdo desses gastos. Prioridades básicas: a deflagração de um processo de reorientação das compras públicas, no sentido de privilegiar fornecedores de bens e de serviços capazes de capilarizar o nível de emprego. Outra medida muito importante é fazer uma profunda revisão nas áreas de Educação e Saúde.

Nós não temos escolas, temos depósitos de alunos. Nós não temos PSFs, nós temos postos sem qualidade nenhuma. Essas áreas de, somadas a geração de emprego e renda, são básicas e terão uma atenção maior. Uma quarta área que gostaria de destacar, não necessariamente acima destas, é a de vocacionar a atividade pública municipal para a área de Segurança Pública. Inovar neste setor. Nada impede que o Governo Municipal entre na segurança, criando patamares de fiscalização, controle, orientação e prevenção da delinquência.

Eu chamo essa área de Defesa Social Comunitária. Ninguém entende mais de delinquência nos bairros do que os próprios moradores. Ninguém. Claro que essa medida é de prevenção. Polícia no sentido repressivo é papel dos governos Estadual e Federal. A mesma coisa vai acontecer com limpeza urbana.

Por que tem que se pagar sempre as grandes empresas de lixo, acoitadas na corrupção. Esse governo municipal sabe disso, até por que ele participa também. A proposta é criar micro estruturas dentro das comunidades com financiamentos de pequenos equipamentos e a participação dos moradores para a limpeza urbanas de dezenas de localidades de João Pessoa.

Perfil

Francisco Barreto é professor de Economia do Setor Publico da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e especialista em Desenvolvimento Local e Gestão Pública. Tem pós doutorado em Economia, Planejamento e Finanças Públicas pela Universidade de Paris I Pantheon-Sorbonne. Publicou inúmeros artigos e livros sobre Planejamento, Desenvolvimento Local e Sustentável, Globalização e Reforma do Estado.

Cassado pela ditadura militar viveu na França o período do exílio, onde fez toda sua formação superior, da graduação ao doutorado, e inclusive pós-doutorado. Estudou Economia, Ciências Sociais, Administração e Finanças Públicas. Foi aluno de Celso Furtado, Josué de Castro, Milton Santos, Paulo Freire, Charles Betelheim, Manoel Castells, entre outros intelectuais brasileiros e franceses. Sua experiência profissional inclui passagem pelas mais diversas e respeitadas instituições nacionais e internacionais como técnico da Cepal-Onu e Unesco.

Barreto tem ainda experiência administrativa, já tendo ocupado os cargos de Secretário Adjunto de Planejamento do Estado de Pernambuco e de Secretário de Planejamento da Paraíba. No plano federal foi Coordenador do SINE e do programa de Emprego e Renda MTB/OIT/MINTER/CNPU para as regiões metropolitanas e cidades médias do país.

Como Secretário do Município de João Pessoa, em 1985, ocupou as pastas do Planejamento e da Administração. Ainda na capital, de 2005 a 2006 foi secretário do Desenvolvimento Urbano, da Administração e da Gestão Governamental e Articulação Política. Na cena política, Barreto foi vereador de João Pessoa (1988/92).Fernando Patriota WSCOM Online
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OTIMIZADOS COMENTA: Ha muita coisa especial e pouco conhecida na entrevista do Professor Barreto. Faz sentida a sua visualização macro urbana, desejada para o planejamento da cidade . Quanto a criticas a administração e a conduta da gestão no trato aos concidadãos, ele exprime uma opinião amplamente comentada nas rodas sociais e políticas. Entretanto, parece não haver atingido a popularidade do Prefeito que continua no topo da glória pré-eleitoral. Mas, é cedo para se avaliar como vai ser assimilado o discurso de Barreto pela população, o qual apenas começou a ressoar. O tom é explosivo, como ele próprio detonou - "Ele (Ricardo Coutinho) está fazendo campanha há três anos e meio, massificando a mídia. Ricardo colocou a mídia no pelourinho. A irresponsabilidade dos gastos com a mídia é de tal sorte, que a Prefeitura gastou R$ 17 milhões no setor, contra R$ 3 milhões na área da Saúde." Até aonde chegarão estes comentários, com quase nada de espaço no horário eleitoral gratuito e com o visível erro tático de inibir a mídia espontânea, ninguém sabe. Entretanto, é certo que o povo gosta deste tipo de oposição e se por acaso o discurso de Barreto encontre acolhimento na concha de ressonância da mídia dos não beneficiários das contas da Prefeitura, a guerra está deflagrada, prometendo muito barulho. Vencer os três anos e meio de plena liberdade publicitária de Ricardo, no período de três meses que restam para a eleição, com as restrições do período eleitoral, é muito difícil para Barreto. Mas, como tanto Ricardo como Barreto tem discursos que poderão dar mais eco a campanha e abafar João Gonçalves (o mais destacado oponente do Prefeito) e os demais concorrentes, a disputa para Prefeitura de João Pessoa poderá se bipolarizar entre Ricardo/Barreto e somente a partir daí Ricardo correr perigo. Wilson Terroso de Sousa

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09:17 | 19.07.2008

Entrevista Exclusiva: João Gonçalves analisa conjuntura e expõe propostas
Wscom

Wscom Deputado João Gonçalves “Os que mais precisam estão fora do contexto desta gestão pública municipal”

O deputado estadual João Gonçalves (PSDB) é o segundo candidato a prefeitura de João Pessoa que é entrevistado pelo Portal WSCOM Online na série que vai entrevistar todos os prefeitáveis da Capital.

Na conversa com o jornalista Fernando Patriota - escalado para sabatinar os candidatos – Gonçalves garantiu que tem chances reais de vencer as eleições de outubro e que não vai fazer uma administração de continuidade ao do ex-prefeito de João Pessoa e hoje senador, Cícero Lucena (PSDB).

‘Vamos fazer um novo trabalho’, disse o líder da Coligação ‘Por Toda João Pessoa’, que ainda conta com o apoio do PDT, DEM e PSDC.

Gonçalves também falou de suas propostas e bateu forte contra a administração de Ricardo Coutinho (PSB), candidato a reeleição.

O WSCOM Online teve a iniciativa exclusiva de entrevistar todos os seis candidatos que concorrem ao maior cargo político da Capital com o único propósito de mostrar a população quais são as intenções dos homens e da mulher que desejam administrar o maior município da Paraíba, com quase 700 mil habitantes. Por outro lado, entendemos que também é papel do Jornalismo fortalecer a democracia e o poder de voto.



Deputado, por que ser candidato a prefeito de João Pessoa?

A disposição de ser candidato é uma possibilidade que Deus está permitindo que eu e meu companheiro de chapa, Doutor Aníbal (PDT). Como eu, foi vereador e hoje é deputado estadual. Nós somos preocupados co as questões desta cidade e temos que preparar João Pessoa para um milhão de habitantes. Precisamos também ter o compromisso e o respeito com todos seus moradores. Esta Capital ainda é uma cidade pacata e simples e feita por pessoas generosas. Nossa identificação, dentro e fora do país, é a forma agradável que tem o pessoense de receber todos que aqui chegam. Entendemos que João Pessoa necessita de instrumentos de desenvolvimento e, principalmente, de equilíbrio social. Nossa cidade passa por uma fase de transição administrativa, que tem um prefeito que trabalha com obras de pedra e cal, mas tem aumentado as desigualdades sociais. Nós sabemos que nada foi feito para melhorar os corredores binários desta cidade. João Pessoa está abarrotada de veículos e precisa urgentemente de novas alternativas de trânsito. Um simples viaduto passando por cima da Geraldo Mariz – menos de R$ 500 mil – já resolveria a questão da Avenida Epitácio Pessoa, em parte. Os problemas não param por aí. A Saúde e Educação no município estão praticamente abandonadas. Nós não vamos dar sequência a gestão do ex-prefeito, Cícero Lucena. Nós vamos fazer uma nova gestão nesta cidade. Estamos trabalhando com a questão macro de João Pessoa. Melhorar a qualidade de vida. Aplicar verdadeiramente as políticas públicas. Nossa Capital é, hoje, um campo de desemprego. Temos uma política definida de geração de emprego e renda. O que tiver de bom nesta administração nós vamos melhorar estruturalmente. Outro problema é a área tributária. João Pessoa não suporta mais a carga tributária e nem o Plano Diretor que está na Câmara dos Vereadores que aumenta a carga tributária durante cinco anos consecutivos. Para se ter uma idéia o prefeito acionou judicialmente 80 mil contribuintes. A tabela de correção imobiliária, em certos casos, atinge 800%. Essa é uma frente que vamos atacar e discutir com a população de forma clara e direta. Um dos setores que mais emprega, a construção civil, está parada. Por mais que o atual gestor fale, não condiz com a realidade, basta consultar o mercado imobiliário. A Saúde de João Pessoa está em seu pior instante de sua história. Como médico, nosso candidato a vice vai saber tratar da melhor forma possível a saúde dos pessoenses. Vamos também acabar com essa história de centralização de poder, que o prefeito exerce claramente em sua gestão e este modelo está fadado e com os dias contados e vou lutar para acabar com essa discussão de reeleição. Porque o que agente está vendo é um prefeito fazendo campanha, não para ser reeleito, mas para ser governador da Paraíba. Ele colocou mais de seis mil pessoas de com serviços prestados. Então por tudo isso eu quero ser prefeito de João Pessoa.

O nome do candidato a prefeito pelo PSDB demorou a sair. O senhor acredita que essa demora prejudicou a campanha?

Evidente que essa demora foi prejudicial, levando em consideração que agente já poderia ter avançado seis meses, um ano. Mas como o partido estava querendo colocar aquele modelo de prévias em João Pessoa, e como não passou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), acabamos por perder tempo. Mas, nunca é tarde para ser feliz. Nós temos que conversa muito com os moradores desta cidade. Uma cidade que vive hoje de mídia. Na realidade, temos um Centro Histórico abandonado, caindo, desmoronando. Nós temos a Lagoa, um cartão postal, em pleno abandono. Ponto de Cem Réis, o Viaduto da Miguel Couto, o Pavilhão do Chá, completamente esquecidos. E população não sabe porque. Se não fez neste mandato, vão fazer no outro? As tarifas de transporte pública, com dois aumentos, em média, por ano. O trabalhador não suporta. O preço da passagem de ônibus é extremamente cara para um percurso tão curto. Quero melhorar e aperfeiçoar o sistema de integração das linhas. Não o sistema de integração temporal, que é uma enganação. Temos que fazer outros pontos de integração espalhados pela cidade, para que o cidadão, no sol ou na chuva, possa ficar no local cômodo. Agora, um sistema temporal em que você comprando um bilhete, não tem direito a ela, tem que reclamar na Curadoria do Cidadão. E o pior, trata-se conduta vedada. O prefeito atual colocou isso em prática há uma semana da convenção partidária. Tudo isso estamos atentos. E vamos colocar João Pessoa, definitivamente, no século XXI. Nossa Capital tem a terceira maior população de idosos do País e esse público não tem acessibilidade nas ruas, assim como os deficientes físicos. Temos um estatuto do idoso que não é respeitado por esta Prefeitura. Eu tenho o respeito e a consideração com a pessoa idosa. Meu pai faleceu com 85 anos e minha mãe tem 84 anos. Nós precisamos preparar esta cidade para a terceira idade. O meio ambiente foi visivelmente agredido por esta administração. Não se tem a competência de tratar uma praga em nossas mangueiras centenárias e que era o sustento de muita gente, como na localidade de Paratibe e Monsenhor Magno. Poderia ser criada uma secretaria da agricultura para produzir alimentos às margens do Rio do Cabelo e do Rio Mangabeira. Os que mais precisam estão foram do contexto desta gestão pública municipal. Temos mais de duas mil ruas para serem pavimentadas. Será que a construção da Estação Ciência foi no melhor momento? Precisava discutir mais com a sociedade. Eu acredito que esta não foi o melhor momento. A população talvez não saiba, mas tem escola municipal que não tem nem merenda.

Quais são as chances efetivas de levar essa eleição para um segundo turno?

Essa pergunta me deixa até emocionado. Por onde agente tem caminhado, a solidariedade é forte e parte diversos segmentos. Como você pode entender uma gestão pública, onde a Saúde está esquecida? Em João Pessoa foi fechada a Maternidade Santa Maria, foi fechado o hospital do Valentina, foi fechado o PAM da Primavera, o Lactário da Torre. Enfim, uma série de medidas que chegam assustar a população. Foram fechados quadro PSFs, para instalar uma unidade de saúde. E o que é mais grave e que ainda não foi sentindo pela maioria; as últimas inaugurações que o prefeito fez foram para driblar o período eleitoral. Ele inaugura a obra e fecha. Aqui, inauguram unidade de saúde e fecharam as portas. Um hospital em Mangabeira da mesma forma e Hospital Santa Isabel vão fechar também. Somado a isso, vem o problema político-partidário. O prefeito enganou todo mundo, quando fez a escolha do seu vice, que não conhece os problemas da cidade e que só tem complicado o desenvolvimento de João Pessoa. O planejamento da cidade não existe. Quando se coloca uma draga para prestar um serviço a traga afunda dentro da lama, porque não há menor conhecimento técnico. Se por para Mangabeira, pelo Valentina, não passa. O mesmo acontece nas avenidas Tito Silva, Beira Rio, em vários pontos da João Machado, a exemplo nas proximidades do Hospital São Vicente de Paulo. E no Bessa............................


Perfil

O candidato tucano, João Gonçalves, tem como companheiro de chapa, Aníbal Marcolino, do Partido Democrático Trabalhista (PDT). João Gonçalves nasceu no Bairro de Cruz das Armas, João Pessoa, no dia 2 de novembro de 1958. Com 49 anos, ele começou a trabalhar muito cedo, aos 10 anos, como caixa de um bar. Em seguida, foi vender aves e ovos na feira, evoluindo para o comércio de botijões de gás, cimento e refrigerante.

Tem duas graduações: em Zootecnia, pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e Administração, pela Unipê. E em breve estará retomando o curso de Direito. Participou ativamente dos movimentos estudantis contra a ditadura militar, bem como de movimentos esportivos. Já foi presidente de clube de futebol. Foi vereador por três mandatos e duas vezes deputado estadual, cargo que exerce atualmente pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). João Gonçalves é casado, pai de quatro filhos e avô de uma neta. Fernando Patriota Wscom Online

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