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quarta-feira, 18 de abril de 2007

 

A Praia Proibida

18/04/2007 = (Marcos Tavares do Jornal da Paraíba)
O recente concurso do TRE mostrou que João Pessoa não tem leitos que comportem um evento por pequeno que ele seja. Nossa capacidade hoteleira nos deixa fora dos principais eventos e congressos nacionais, o que reduz nosso turismo e uma visita esporádica de vizinhos e aventureiros. Tudo isso porque as grandes cadeias não se animam a investir no Estado onde uma legislação ultrapassada reserva a orla marítima a uns poucos privilegiados. Nenhuma grande companhia hoteleira se arrisca longe da orla, pois o turista quer o mar, a proximidade com a água, o barulho do oceano embalando seu sono e isso na Paraíba é vetado por uma legislação anacrônica feita no período ditatorial e para preservar a hegemonia do hotel Tambaú no setor. Hoje nada disso tem razão de ser, mas há quem se apegue a essa norma para impedir a cidade de crescer. Não advogo uma praia cheia de espigões, mas sim hotéis de alto gabarito instalados espaçadamente, com todo o recuo possível e distância entre eles de maneira a não tirar a brisa marítima. Isso em nada ofenderia nossa ecologia e possibilitaria um salto quantitativo no turismo que Natal e Fortaleza já deram, nos deixando apenas as sobras do seu banquete. O que existe na Paraíba é um respeito extremado e difícil de entender a um grupo de xiitas radicais que por absoluta falta do que fazer querem deter o progresso e, como têm acesso à mídia, transformam sua fraqueza numa força descomunal que não bate nem com seu número nem com sua importância na sociedade. Normalmente são contra tudo e todos que não defendem a estagnação. Precisamos de leis mais atuais, mais modernas, que contemplem o dia de hoje e não a realidade de décadas atrás. Ou faremos isso ou nosso turismo jamais decolará por falta de investimento das grandes cadeias e por pura inanição. Viver entre o futuro e o passado é a decisão que temos de tomar, e tomar logo antes que seja tarde demais para corrigir o erro.
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Segunda, 24 de Setembro de 2007 - 18h27

Pesquisa condena escalonamento de edifícios na orla

Pesquisa realizada pelo Mestrado de Engenharia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) constatou que a forma escalonada de construção de edifícios na orla marítima de João Pessoa cria uma rampa que impossibilita a circulação do vento.

De acordo com a pesquisa, ao contrário do que se imagina, apenas dez por cento desse vento vai passar entre os prédios, causando o surgimento de ilhas de calor. A pesquisa foi projetada para analisar os efeitos negativos provocados pelo escalonamento dos prédios construídos na orla marítima de João Pessoa.

A pesquisa constatou que a retenção do ar acaba acarretando a concentração de poluentes no interior das áreas urbanas, ocasionando um desconforto térmico e doenças respiratórias.

Durante mais de 31 dias foi feita uma coleta de dados em três áreas distintas da orla na capital paraibana. Foram analisadas a temperatura, a umidade relativa do ar, a direção e velocidade dos ventos, para verificar as condições do clima.

Desde que foi aprovada a lei que restringe a construção de espigões na orla marítima, no início dos anos 90, que o professor do Mestrado de Engenharia da UFPB, Francisco Gonçalves vem fazendo pesquisas sobre os efeitos dos prédios no clima da área. (Por Wellington Farias, da Agência de Notícias UFPB)

Comments:
conheca os principios de funcionamento do importante sistema urbano de Joao Pessoa, o escalonamento, em http://escalonamento.tripod.com
 
Percebi que no artigo

http://escalonamento.tripod.com

se encontra a VERDADEIRA ciência, já que sou da área e entendo sobre o assunto. É de estarrecer como no trabalho feito por aqueles professores da universidade se acham tantas asneiras técnicas. Aqueles arquitetos deveriam voltar a fazer seus traços e deixar a pesquisa científica para quem entende.
 
O artigo do cientista Ernani Sartori - http://escalonamento.tripod.com - é show de bola. Pelo brilhante artigo, onde encontramos seus profundos e exatos conhecimentos técnicos, vê-se que esse cara é extremamente competente.
 
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