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domingo, 5 de novembro de 2006

 

Números incontestáveis

Com uma vitória assentada em números, passam ao largo as operações fantasiosas, que enganam apenas a própria oposição, numa insistência de um tal ‘terceiro turno’. Cássio Cunha Lima, há uma semana atrás, se tornava o primeiro governador reeleito da história da Paraíba. Quebrava a barreira de um milhão de votos. Impunha quatro derrotas, em duas eleições consecutivas, ao grupo comandado pelo senador José Maranhão. O eleitorado da Paraíba é de 2.573.766 votantes. No primeiro turno, foram às urnas 2.150.114 (83,70%). No segundo turno votaram 2.132.596 eleitores. A abstenção ficou em 441.170 votos (17.14%). Ou seja, em relação ao primeiro turno o número de eleitores que deixou de votar foi de 22.441. A chamada alienação de votos – a soma dos brancos, dos nulos e das abstenções – caiu em relação aos pleitos passados. Isso caracteriza uma participação efetiva do eleitorado, o que respalda ainda mais a vitória de Cássio. A maior registrada até agora foi em 1998, quando passou dos 24%. Cássio obteve 942.316 votos no primeiro turno, contra 924.544 dados a Maranhão. Juntos, os outros quatro candidatos a governador que disputaram o primeiro turno conseguiram 30.219 votos. No segundo turno, Cássio foi reeleito com 1.003.102 votos (51,35%). O candidato derrotado José Maranhão ficou com 950.269 votos (48,65%). Do primeiro para o segundo turno, Cássio aumentou 60.786 votos. Enquanto que Maranhão só conseguiu aumentar 25.725 votos. Ou seja, só daquela soma dos outros quatro candidatos do primeiro turno, Maranhão perdeu 4.494 votos. Os números não traduzem uma divisão do Estado, como divagam os oposicionistas. Eles ratificam a liderança do reeleito. Maranhão não conseguiu sequer aglutinar os votos da oposição. A derrota começou por aí.

Proporcional
Em termos percentuais, Maranhão empatou com Roberto Paulino em 2002. No segundo turno, candidato peemedebista também contra Cássio, Paulino ficou com 48,6% dos votos válidos.

Polarização
No primeiro turno, foram 66.022 votos em branco (3,07%), 187.013 nulos (8,70%) e uma abstenção de 418.729 votos (16,30). Números reduzidos na disputa direta entre Cássio e Maranhão. Reduzidos No segundo turno foram 23.981 votos em branco (1,12%) e outros 155.244 votos nulos (7,28%). As abstenções ficaram em 17,14%. (441.170 eleitores). A alienação dos votos atingiu 25,54% este ano.
Arraial
Em Campina Grande, Lula teve 134.237 votos. Geraldo Alckmin, com 71.933 votos, superou Maranhão, que ficou com 63.562 votos dos campinenses. Cássio bateu a todos, com 143.112 votos.
Pesado até... Nem em Araruna, sua terra natal, Maranhão conseguiu vincular seu nome ao de Lula. O candidato a presidente pelo PT conseguiu 6.223 votos - 871 votos a mais que o candidato a governador. ...para Lula Uma prova que Lula era quem arrastava a candidatura de Maranhão na Paraíba. Não o contrário, como o PMDB apregoou ao petista, quando de sua participação em dois comícios na Paraíba. Esfarelados
Para o vice-presidente estadual do PT, Júlio Rafael, a convivência com o PMDB faz alguns petistas copiarem os métodos. “Primeiro racham o partido, depois, representando sub-facções, reivindicam cargos”. Daltônico Uma das queixas remoídas pelo candidato derrotado José Maranhão é de que Cássio teria pintado prédios públicos com a cor do seu partido (verde). Só que as cores do PSDB são amarelo e azul. Moderado O senador eleito do PSDB garantiu que não fará oposição ferrenha ao governo Lula. “Quando for para votar matérias de interesse do país, estarei votando com o governo”, observou Cícero Lucena. Responsabilidade Cícero, contudo, lembra que foi eleito pelo PSDB. “Sou senador de uma oposição de 33 milhões de votos no país, representada pela candidatura de Geraldo Alckmin. Mas votarei com responsabilidade”.
Hiperlink
Maioria folgada Uma articulação cuidadosa pode garantir aos aliados do governador Cássio Cunha Lima as presidências da Assembléia Legislativa, da Câmara de Vereadores de João Pessoa e da Câmara de Vereadores de Campina Grande. Os aliados de Cássio têm maioria ampla nessas três casas legislativas. Só perdem para eles mesmo. É preciso apenas aparar algumas arestas de vaidades. Na Assembléia, por exemplo, a folga governista permite uma mesa dentro da coligação que apoiou Cássio, mas o oposição deve garantir seu quinhão.

Pimenta do Reino
Amarelou, tá fora Duas secretárias municipais receberam uma missão especial. Por ordem superior, começaram a esquadrinhar os cargos comissionados da Prefeitura de João Pessoa. Têm que identificar, um a um, quem vestiu “amarelo” no primeiro e no segundo turno das eleições. Quem não seguiu o projeto político do PSB, se for identificado, deve perder o cargo. Pelo que se sabe, apenas o secretário de Educação, Walter Galvão, foi contra essa caça às bruxas.

O PMDB cobra espaços na administração municipal de João Pessoa. Dois objetivos são claros. Quer dar um perfil maranhista à gestão de Ricardo Coutinho e, ao mesmo tempo, monitorar todos os passos do prefeito pessoense.

O vereador Luciano Cartaxo (PT) descartou a possibilidade de ser candidato a presidente da Câmara Municipal de João Pessoa. Ainda não decidiu se retornará à liderança da base do prefeito Ricardo Coutinho. (da coluna de Hermes de Luna JP)

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