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terça-feira, 24 de outubro de 2006

 

Petistas acusam delegado de investigação paralela no caso Dossiê

Líderes do PT reagiram de forma enérgica em relação à atuação do delegado da Polícia Federal Edmílson Bruno, suspeito de manter um esquema paralelo de investigações sobre o caso do dossiê contra os tucanos. O deputado federal Jorge Bittar, vice-líder do PT na Câmara dos Deputados, considerou o fato uma "trama maquiavélica para conduzir a opinião pública". Baseado em trechos de conversa gravada entre o delegado e jornalistas de diversos veículos, foi possível mostrar que Edmílson montou linha paralela de investigação e armou farsa para divulgar as fotos do dinheiro que seria usado para a compra do dossiê.
"Há, evidentemente, uma trama montada contra a candidatura Lula. Isso é absolutamente evidente, tanto nessa investigação paralela quanto também pela manipulação de certos órgãos da mídia, que só fazem apurações manipuladas, como o caso do Abel Pereira, que até hoje não foi apurado", disse Bittar. Segundo ele, "há coisas arquitetadas nacionalmente que envolvem a oposição tucano-pefelista com o apoio da mídia, tentando conduzir a população para o candidato tucano-pefelista. Mas a população já percebeu essa manipulação. Alckmin é a volta ao martírio dos oito anos de Fernando Henrique Cardoso".
Bittar defendeu que a CPI que investiga a máfia dos sanguessugas convoque o delegado para responder às denúncias. Ele prometeu acompanhar a investigação interna da Polícia Federal contra o delegado.
Segundo o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que esteve ontem no Rio para uma palestra, o delegado tomou uma atitude "ilegal e politicamente orientada" em sua investigação. "Está claro que ele teve o objetivo de prejudicar a campanha de Lula, no bojo de uma montagem política de interesse do tucanato", disse Tarso Genro.
Já o governador eleito da Bahia e um dos coordenadores da campanha de Lula no Nordeste, Jaques Wagner (PT), não perdeu a oportunidade de alfinetar a oposição.
"Na Polícia Federal, não é para ter turma, é para trabalhar. Deve ser resquício qualquer da época em que a Polícia Federal atendia ao governo e não à sociedade", afirmou. Jaques Wagner se referiu à possibilidade de Bruno ser ligado aos adversários do presidente Lula, embora não tenha citado nomes nem partidos políticos.
Segundo Wagner, a coordenação da campanha do presidente não pensa, por enquanto, em entrar com recursos na Justiça nem recorrer às instâncias superiores contra o delegado. Na opinião dele, as medidas devem ser tomadas pela própria direção da PF.
"Se houve uma investigação paralela, é inadmissível. As medidas administrativas devem ser tomadas", disse o governador eleito. "Sempre defendi a Polícia Federal como sendo uma instituição republicana", completou.
Adiada busca em casa de câmbio da Baixada A Polícia Federal adiou a busca que faria ontem na empresa Vicatur Câmbio e Turismo, de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, de onde pode ter saído a maior parte dos 248,8 mil dólares destinados à suposta compra do dossiê Vedoin. O motivo foi o vazamento do nome da empresa. O objetivo da operação, que não tem data para ser realizada, é obter a contabilidade paralela da agência e desmontar o esquema de "clientes laranjas", pessoas que teriam emprestado seus CPFs para a compra de dólar. A PF sabe que eles são de família humilde que mora na Baixada.
Os dólares fazem parte do montante de R$ 1,75 milhão, apreendido em poder dos petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha, presos num hotel em São Paulo, no dia 15 de setembro.
Uma das sócias da Vicatur, Sirlei da Silva Chaves, negou ontem que a agência esteja envolvida com a emissão dos dólares. Sirlei, que estava acompanhada de Marco Apolo, cunhado do sócio Fernando Manoel Ribas Soares, disse que a casa de câmbio atende a todas as normas do Banco Central.
Senador nega ligação com máfia O senador Aloizio Mercadante (PT) negou ontem em nota qualquer possibilidade de existência de documentos que o envolvam com a máfia das ambulâncias: "o depoimento é um factóide com objetivo de desviar a atenção das investigações sobre o esquema sanguessuga, gestado no governo anterior".
O petista afirma que não teve nenhuma emenda liberada ao Orçamento, destinada à compra de ambulâncias. Segundo Mercadante, quando o empresário Abel Pereira admite que se encontrou com os Vedoin, "está reconhecendo que estava buscando informações para prejudicar minha candidatura ao governo de São Paulo".
(Jornal O Dia)

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