.comment-link {margin-left:.6em;}

quinta-feira, 1 de junho de 2006

 

Cícero - Confraria no Senado

Pois é, a Operação Confraria chegou ao Congresso. Durante longa sessão, os procuradores Antônio Edílio e Fábio George foram ouvidos pela Comissão de Fiscalização do Senado, sobre as muitas denúncias de irregularidades registradas na gestão do ex-prefeito Cícero Lucena.
Algumas questões ficaram claras. A origem das investigações, por exemplo, surgiu por acaso. Segundo Edílio, "o Ministério Público atirou no que viu, e acertou no que não viu", pois estavam investigando denúncias de irregularidades na construção da calçadinha da orla.
A obra era financiada com recursos federais da Embratur. Foi quando se descobriram as irregularidades, com a falta de licitação pra realização da obra. O então prefeito Cícero ressuscitava uma licitação de 1991, vencida pela Construtora Coesa, repassada para várias outras empresas.
Foi a partir daí que o Ministério Público Federal acionou a CGU, para investigar a obra, ainda em março de 2003. Segundo Antônio Edílio e Fábio George, mesmo acionada, a CGU ficou mais de um ano sem investigar e só iniciou o processo, após reiteradas solicitações do MPF.
Aqui, mais uma surpresa. Como se sabe, a CGU foi o alvo preferencial de Cícero. Após sua prisão, ele afirmou que a CGU realizara seu trabalho com inspiração política. Os procuradores mostraram, ontem, no Senado, exatamente o contrário. Cícero deve desculpas a CGU.
Edílio e Fábio consideraram as irregularidades, encontradas nas investigações, como muito graves, ao serem indagados pela senadora Ana Maria Carepa, presidente da Comissão. E revelaram ter encontrado problemas em mais de R$ 170 milhões em recursos federais aplicados.
Uma verdadeira radiografia sobre as irregularidades foi mostrada, no Senado. E, ao final, a senadora Carepa entregou aos procuradores duas dezenas de novos contratos, em seu poder, nos quais se constatam indícios de mais irregularidades, em valores maiores do que os já investigados.
É sinal de que a Operação Confraria tem muito ainda pra render. Cenas dos próximos capítulos já foram antevistas, ontem, no Senado.
Presenças no depoimento
O deputado Inaldo Leitão e o senador Ney Suassuna acompanharam parte dos depoimentos dos procuradores na Comissão de Fiscalização. Inaldo assistiu ao início dos trabalhos, não gostou e foi embora.
Ney indagou
Já o senador Ney indagou dos procuradores se as investigações foram acionadas por políticos. Eles reagiram com firmeza, negando sequer que conheciam de perto o senador do PMDB.
Vigarice
O PL Jovem, aliado de Cícero Lucena, considerou "vigarice e traição" declarações do deputado Walter Brito de não ter compromissos com a sua candidatura ao Senado. Azedou de vez.

Por que não os daqui, também?
Peguei ontem no Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), que bebeu na fonte do Superior Tribunal de Justiça (www.stj.gov.br):
- O empresário Vittorio Tedeschi, investigado por fraude em licitações para serviços de lavanderia, vai continuar preso. O STJ negou pedido de liberdade ao empresário, preso pela Polícia Federal no curso da Operação Roupa Suja.
Enquanto isso, na Paraíba, fraudadores de licitação e lavadores de dinheiro público continuam livres, leves e soltos. E fazendo campanha, ainda por cima

Comments: Postar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?