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sábado, 3 de dezembro de 2005

 

Sobrevida ao quadrilheiro negada

Gilson Gondim (*) Quarta-feira foi um grande dia. Começou com o anúncio de que o PIB brasileiro encolheu 1,2% no terceiro trimestre de 2005. Depois veio a rendição do Supremo Tribunal Federal, que, diante das reações furiosas da imprensa, da maioria do Congresso e da opinião pública, não teve coragem de dar mais uma sobrevida ao quadrilheiro Zé Dirceu. Por fim, a cassação do quadrilheiro, que teve contra si apenas 20 votos a menos que seu algoz Roberto Jefferson, mesmo tendo lutado muito mais e tido muito mais apoio. Os três partidos do mensalão, o PT, o PP e o PL, votaram em peso a favor de Dirceu, que, mesmo assim, não passou dos 192 votos favoráveis, contra 293 votos pela cassação e suspensão, por oito anos, do direito de candidatar-se a cargos eletivos. Os números desmentiram os comentaristas políticos que diziam, durante a votação e antes da apuração, que o resultado seria extremamente apertado, que o resultado era imprevisível, etc. Na Rádio CBN e na Globo News, não faltaram idiotas torcendo quase abertamente por Dirceu e apresentando comentários distorcidos. Foram derrotados também. A cassação de Dirceu foi uma condenação do governo Lula-lau. Afinal, tudo o que o SuperZé fez, e que foi considerado motivo para a cassação, ele o fez como Chefe da Casa Civil de Lula-lau. Ao cassar Dirceu, a Câmara disse uma porção de coisas. Disse que a compra de parlamentares e partidos existiu e que essa compra foi comandada de dentro do Palácio do Planalto. Disse que estamos diante de um governo corrupto e de um presidente corrupto ou idiota. Se tivessem um mínimo de coerência, considerando o que disseram ao cassar Dirceu, nossos políticos decretariam o impeachment de Lula-lau. Esperar coerência deles, no entanto, é esperar demais. Vamos ver se pelo menos o eleitorado vai ter coerência. Se Dirceu é culpado, como quase todos acreditamos, então Lula-lau também é. Fora Lula-lau! O desempenho do governo Lula-lau na área econômica deu um largo passo do sofrível em direção ao desastroso, com o anúncio de que o PIB caiu 1,2% no terceiro trimestre. Os otimistas agora dizem que o crescimento da economia em 2005 vai ficar em 3%. Enquanto isso, a Índia, a China, a Rússia, a Turquia, o México, o Chile, a Argentina etc. crescem mais de 6% ao ano. E ainda há uns idiotas por aí dizendo que a economia vai reeleger Lula-lau. Só se formos um povo de debilóides masoquistas
* * * E o Supremo bateu pino. A sociedade desta vez foi mais forte do que as "sumidades" do STF, sempre tão cordatas com o poder. Nelson Jobim, Sepúlveda Pertence e alguns outros espernearam à vontade, mas não tiveram a coragem para dar mais um tapa na cara do país. O pseudocomunista Aldo Rebele, presidente da Câmara, também não teve essa coragem. Como diriam nossos irmãos portugueses, para nós a quarta-feira foi um gozo em cuecas. Um dia para celebrar.
* * * Amanhã é dia de marmelada. Se não ocorrer uma combinação de acontecimentos extremamente improvável, a CBF fará o que vem preparando há semanas: entregar o título de campeão brasileiro ao Corinthians, beneficiário de anulações de partidas e "erros" de arbitragem. Uma vergonha. O pior é que os títulos roubados entram para as estatísticas com o mesmo peso daqueles conquistados honestamente. Depois das vitórias da quarta-feira, tudo indica que voltaremos, no domingo de futebol, a ser o país da marmelada. P.S.: Por coincidência, o Corinthians é o time de Lula-lau.

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