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segunda-feira, 12 de setembro de 2005

 

Extrato do Bradesco comprova o que disse Buani e cópia do cheque aparece

O empresário Sebastião Buani - que acusa o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), de cobrança de propina - recebeu do Banco Bradesco o extrato com a movimentação de sua conta em que está registrado o saque de um cheque de R$ 40 mil. O advogado de Buani, Sebastião Coelho, informou ao Terra que a cópia do extrato foi entregue à Polícia Federal na manhã de hoje em Brasília.
Buani compareceu espontaneamente e entregou ao delegado Sérgio Menezes, que investiga o caso, a documentação que registra movimentações entre os anos de 2002 e 2003 - dentre eles, esse saque de R$ 40 mil que teria sido repassado por funcionários de Buani a Severino.
"Hoje estou mostrando o mensalão. Amanhã vou mostrar o mensalinho", disse Buani a jornalistas, referindo-se a microfilmagens de cheques que, de acordo com ele, serão entregues à PF na terça-feira. "Este é o primeiro documento que prova que eu estou falando a verdade", completou.
Buani é dono do restaurante Fiorella, que fica na Câmara dos Deputados. Ele afirma que teria firmado um contrato com o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), para prorrogar a concessão de seu restaurante.
Em troca, Severino teria cobrado, segundo Buani, R$ 40 mil. Porém, mesmo tendo recebido o dinheiro, Buani contou que Severino passou a cobrar R$ 10 mil por mês, para uma concessão de um ano, em caráter emergencial.
SEVERINO DIZ QUE É FRAUDE
O presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), se defendeu das denúncias de corrupção que o ameaçam de cassação e afirmou que ficará no cargo, apesar de não ter apoio político de parlamentares de situação nem de oposição. "Resistirei como presidente da Câmara dos Deputados. Não posso me curvar à pressão dos poderosos, estejam eles onde estiverem", afirmou.
Severino disse ter sido chantageado pelo empresário Sebastião Augusto Buani, dono de um restaurante na casa, de quem teria cobrado propina. "A chantagem dele é fazer com que eu tome posições que não fossem éticas como presidente da Câmara", afirmou Severino, sem dar detalhes. De acordo com o parlamentar, Buani o procurou em seu gabinete em 1º de setembro e caso não fosse atendido, iria a falar com a imprensa.
O deputado diz ainda "com absoluta convicção" que o documento que autoriza a prorrogação do contrato do restaurante é falso. "Não assinaria conscientemente pois é inócuo perante a lei", diz o deputado. Ele contratou um perito particular para analisar o documento. De acordo com o laudo, o papel foi montado "eletronicamente". Severino afirma garantir não ter assinado a prorrogação.
O presidente da Câmara diz ser perseguido por ser nordestino. "Sei que muita gente não aceita que um nordestino humilde esteja à frente da Câmara".


Nome de secretária de Severino aparece em cheque
Buani mostra cheque com nome de secretária de Severino
14/09/2005 - Terra

O empresário Sebastião Buani confirmou hoje, em entrevista coletiva em Brasília, que a pessoa que sacou os R$ 7,5 mil de sua conta no Banco Bradesco, foi Gabriela Kenia Martins, a secretária particular do presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), e não seu motorista como foi primeiramente informado. O cheque foi descontado em 30 de julho de 2002.
Segundo Buani, esse cheque entregue à secretária era para complementar o "mensalinho" - de R$ 10 mil - que Severino, na época 1º secretário da Casa, cobrava de Buani para manter a concessão do empresário no restaurante Fiorella, localizado no anexo 3 da Casa. "Se eu não tivesse esse cheque eu teria uma batalha jurídica muito grande pela frente. A verdade é essa", disse Buani. Na terça-feira, cinco partidos de oposição pediram a abertura de processo de cassação do mandato de Severino.
De acordo com o empresário, as cobranças eram feitas por telefone e, em algumas vezes, dentro do restaurante. "A musa do mensalinho não é a minha mulher nem a minha filha, mas a dona Gabriela. Agora ela é a musa do mensalinho".
Buani disse que deseja viver em paz com a sua consciência. "Eu fiz isso não foi com intuito nenhum de atingir politicamente. Eu queria contar a minha história. Politicamente eu sei que vai dar uma reviravolta, um mudança. Eu acho que deve acontecer uma mudança neste País, mas isso não é uma decisão minha. É uma decisão da Câmara", defendeu.
LULA MANTEM-SE NEUTRO
Lula se manterá neutro sobre Severino, diz Wagner
O ministro da Coordenação Política, Jacques Wagner, disse hoje que o governo vai manter uma posição neutra nas apurações de denúncias contra o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE).
Em entrevista coletiva na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Wagner afirmou que não existe a figura do apoio nem condenação prévia, informou a rádio Jovem Pan. "Queremos que as investigações sejam feitas. O presidente Lula não vai se manifestar sobre o mérito da questão", afirmou.
Questionado se Wagner responsabilizaria a oposição pela crise política no País, o ministro disse que "toda a vez que a política faz com que as pessoas percam o bom senso e a racionalidade, isso não é bom para a democracia.

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