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quinta-feira, 6 de abril de 2006

 

Medalha para o Senador Cristovam Buarque

REQUERIMENTO N° /2005

EMENTA: Concede Medalha “Augusto dos Anjos”, ao Senador Cristovam Buarque.
AUTOR: Deputado Walter Brito Filho




Sr. Presidente,


REQUEIRO à Vossa Excelência, na forma regimentar e após ouvido o Plenário, que se conceda a Medalha “Augusto dos Anjos” ao Senador Cristovam Buarque, sendo de suma importância este registro de caráter histórico.



JUSTIFICATIVA:


É notória a ansiedade da nação brasileira em busca de líderes para lhe governar. Sente-se nas ruas a transformação da alegria das eleições de 2002, que pôs Lula na Presidência da República e os atuais Deputados e Senadores, no Congresso Nacional, em tristeza e revolta. Percebe-se que as esperanças frustradas abateram a alta estima do povo, dando lugar a um cenário de desilusões. Nunca se viu tanta indignação popular. É doloroso contemplar o quadro desolador que assolou o país. Por outro lado, ainda mais preocupante é o verdadeiro rolo compressor que passa sobre a classe política com o perigo de esmagar a todos sem qualquer distinção. Nesta avalanche, incautos cidadãos são levados a generalizar o conceito de que político é uma praga nacional, sem se ter o cuidado de separar os que fazem exceção a esta regra e lutam para a recuperação moral do país. Se avança sobre todos sem sequer poupar as lideranças mais autênticas, identificadas como imunes às mazelas desta legislatura. Cabe, portanto, o dever de protegê-las e proclamá-las, independentemente do partido a que pertençam, estimulando-as e buscando, para elas, apoio e reconhecimento da opinião pública.

A classe política brasileira foi eficiente para fazer a principal transformação que o país precisava para modernização e reformas. A partir dos anos noventa, sem nenhum derramamento de sangue, derrubou o poderoso regime militar e, progressivamente redirecionou o país para os caminhos democráticos, alcançando a sua sonhada plenitude, com as eleições dos seus dirigentes, em todos os níveis de governo. Conseguiu, desta forma, devolver à nação, o direito de escolher seus Vereadores, Prefeitos, Deputados, Senadores, Governadores e Presidentes.

Refletindo bem, nenhum povo do globo terrestre foi mais sábio do que a nação brasileira na saída e transição de uma ditadura para uma democracia. Esta conquista foi de todos, mas só se tornou possível com o concurso e a inteligência das lideranças políticas, muitas delas ainda em plena atividade, hoje. Foram elas que em época muito mais difícil do que a que vivemos induziram intelectuais, artistas, trabalhadores, jornalistas e estudantes a juntarem-se aos mais variados segmentos da sociedade brasileira para a luta pela redemocratização do país. A partir daí, o povo brasileiro nunca falhou. Sempre aceitou a orientação de suas lideranças e, quando convocado às ruas jamais deixou de dar sua contribuição de cidadania e espírito público.

Elevemos o alto astral. Esta sensação de derrotados e traídos tem que desaparecer para dar lugar a esperança e a fé. Esta é a missão da classe política para a vacinar o contágio do que houve no plano federal que se alastrou pelo país afora e conter a sua generalização. Para isso, as desilusões que deprimem a alma, irritam e fazem crescer a indignação nacional, devem ser alentadas com explicações e atitudes honestas. Ninguém se engane, a nação está ansiosa por grandes líderes. Devemos nos esforçar para evitar que o desespero que cega não ponha na vala comum “gregos e troianos”. Temos que recuperar a alta estima do povo, ajudando-o a acertar novos rumos, assim como fizemos em passado recente, levando-o às ruas, agora, para reconquistar a credibilidade perdida.
Lembremos que o voto é a arma mais inteligente para se fazer justiça e é com esta arma que o povo escolherá proximamente seus líderes. Sejamos grandes para Deus e decentes com o nosso povo. Não podemos esquecer que o futuro depende de nossas ações no presente. É preciso semear agora para colher um futuro melhor. Sabe-se que a nação não precisa de super-heróis, nem de soluções mágicas. Precisa, sim, de líderes honestos, bem-dispostos, cultos e sensíveis, que saibam reconstruir a dignidade nacional, tanto de dirigentes como de dirigidos, na gerência da coisa pública.
Senhores Deputados, temos a elevada honra de apresentar aqui, o nome de um destes homens, que o Brasil consagrou e precisa dele como líder nacional. Ele faz parte da galeria de valores desta conjuntura, que atravessa imune, o contágio da febre de incompetência e de corrupção que atingiu o Congresso Nacional. É a figura do Senador Cristovam Buarque. Ele deu provas de sua idoneidade e competência como educador, administrador, político e intelectual. Tem o perfil do líder perfeito. Transcendeu das suas experiências culturais, nas letras e nas artes, para o exercício consagrado da administração pública. Nele se vislumbram os melhores projetos para recuperação e desenvolvimento do país, através da educação. Sua história, suas idéias e suas propostas pertencem muito mais ao Brasil do que propriamente aos partidos políticos. É um manancial de sabedoria escoando soluções para correção dos males que assolam o país. A Paraíba não poderia ficar omissa neste momento que o Brasil tanto precisa realçar destaques nacionais.

É preciso trocar a mídia que deprime e fere brios, pela difusão do que positivamente eleva a estima nacional. Explorar e propagar as qualidades de um homem público, do quilate de um Cristovam Buarque é uma honra para qualquer cidadão e, para nossa Paraíba é um exercício de educação moral e cívica, transmitido ao Brasil.

Por outro lado, faz-se oportuno lembrar a contribuição política, participativa e heróica dos paraibanos dada a história do país, cujos maiores vultos também advieram das letras e das artes. Reluziram na literatura, na cátedra, e, principalmente, na administração pública, onde se tornaram grandes executivos e parlamentares. Homens como Epitácio Pessoa, João Pessoa, José Américo de Almeida, Oswaldo Trigueiro de Albuquerque e Mello, Alcides Carneiro, Pedro Moreno Gondim, Ernani Sátiro, Ivan Bichara Sobreira, Ronaldo Cunha Lima, Celso Furtado, João Santa Cruz, Assiz Lemos e tantos outros destaques nacional.
Peço vênia para fazer aquí um registro da atuação do ex-Deputado Assis Lemos na história política contemporânea. São memoráveis suas ações nos episódios dos anos sessenta, muitos deles ligados a vida desta Casa Legislativa. Assis Lemos ainda está em plena atividade intelectual e tem visível afinidade ideológica e política com nosso preposto homenageado, o qual é autor do prefácio de um dos seus livros.
Em face do exposto, senhores Deputados peço que se preste esta justa e merecida homenagem a sua Excelência, o Senador Cristovam Buarque, outorgando-se-lhe a Medalha Augusto dos Anjos, a condecoração de maior expressão cultural do Estado.

Quem é Cristovam Buarque:
Engenheiro mecânico, formado pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1966, e doutor em Economia pela Sorbonne, Paris, em 1973. Entre 1973 e 1979, trabalhou no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington, e desde 1979 é professor da Universidade de Brasília, da qual foi reitor de 1985 a 1989. Entre 1995 e 1998 governou o Distrito Federal e em 2002 elegeu-se senador pelo PT com a maior votação dada a um político no Distrito Federal. Filiou-se ao PDT em setembro de 2005. É membro do Instituto de Educação da Unesco. Durante o mandato de governador do Distrito Federal, ficou conhecido como administrador que cumpriu seu compromisso com a inclusão social, transformando em lei o que escreveu nos 20 livros que publicou. Entre as diversas soluções criativas para combater a pobreza, imaginadas pelo professor Cristovam e implantadas pelo seu governo, a mais conhecida no Brasil e no exterior é a Bolsa-Escola, responsável por uma revolução na educação e na luta pela erradicação da pobreza. De 1999 a 2002, Cristovam Buarque dividiu seu tempo entre a UNB, seus escritos e a Organização Não-Governamental Missão Criança, criada por ele para promover a bolsa escola, idéia que mantém mais de mil famílias com bolsa escola financiada com recursos privados. Assumiu o Ministério da Educação (MEC) em janeiro de 2003 e permaneceu no cargo até janeiro de 2004. Sua gestão no MEC foi marcada pela obstinação com o compromisso do PT de realizar no Brasil uma verdadeira revolução educacional. Nos 13 meses em que atuou como ministro disseminou a noção de que a educação não é mero serviço ou direito assistencial, e sim a única maneira de construir um País moderno, solidário e eficiente. Suas metas no MEC incluíam a eliminação do analfabetismo; a garantia de escola pública de qualidade para todas as crianças, a partir dos 4 anos de idade, até a conclusão do ensino médio; a formação e valorização do professor, incluindo a duplicação de seu salário; a modernização das escolas e dos métodos de ensino, que incluíam tanto a reforma física quanto a implantação de técnicas de ensino a distância; e uma reforma da universidade brasileira, para que ela responda aos desafios éticos e técnicos do Século XXI. Ao longo de sua carreira, Cristovam publicou mais de 20 livros e colaborou por mais 20 vinte anos com jornais e revistas de larga circulação. Também trabalhou como consultor de diversos organismos nacionais e internacionais do sistema das Nações Unidas. Foi Presidente do Conselho da Universidade para a Paz das Nações Unidas, membro do Conselho Presidencial que elaborou a proposta de Constituição (Constituinte, 1987) e integrante da Comissão Presidencial para a Alimentação, dirigida por Betinho.

Sala das Sessões da Assembléia Legislativa da Paraíba, em 22 de
novembro, de 2005.

WALTER BRITO FILHO Deputado

 

Infelicidade ronda mundo do executivo

A causa está no desequilíbrio da sociedade ocidental - Recursos Humanos Segundo Robert Wong ( Por Yan Boechat, para o Valor De São Paulo)

Durante 23 anos, com base em centenas de entrevistas, Wong conheceu a angústia de uma categoria profissional."Headhunter" dos mais influentes do país por mais de 23 anos, Robert Wong conhece a fundo a maior parte dos principais executivos brasileiros. E é enfático quando fala deles. "A maior parte dos executivos é infeliz." A constatação é feita com base nas centenas, senão milhares, de entrevistas que fez com candidatos a presidentes, diretores ou gerentes de grandes companhias ao longo do tempo em que esteve à frente da Korn & Ferry, umas das principais empresas de recrutamento do mundo. Chinês de nascimento e fora do mundo dos "headhunters" há um ano, Wong decidiu escrever um livro para tentar explicar a razão de tanta infelicidade. A causa, segundo ele, está no desequilíbrio generalizado que toma conta da sociedade ocidental. "As pessoas estão preocupadas demais em conquistar, ganhar dinheiro, status, e se esquecem delas mesmas", afirma ele, um ex-desequilibrado que foi eleito pela revista inglesa "The Economist" como um dos 200 "head- hunters" mais influentes do mundo. Em seu "O Sucesso Está no Equilíbrio", o taoísta Robert Wong garante ter unido a sabedoria oriental, o pragmatismo americano e a criatividade brasileira para mostrar às pessoas que atingir o equilíbrio é possível. E que, com ele, tudo fica melhor na vida.

Valor: Por que a escolha do tema equilíbrio? O senhor percebeu que havia um desequilíbrio generalizado no mundo corporativo?
Robert Wong: Eu trabalho há 23 anos como "headhunter" e conheço quase todos os executivos brasileiros. A maior parte desses executivos com que eu lido o tempo todo podem estar profissionalmente bem, materialmente ricos, muito poderosos, mas, posso assegurar, estão também muito infelizes. Posso falar com propriedade sobre isso porque eu já estive desequilibrado. Fui um "workaholic", viajava demais, tudo que eu fazia era demais.

Valor: O senhor generaliza isso?
Wong: Sim. A quase todos os executivos falta alguma coisa, e normalmente falta algo no lado pessoal. Praticamente todos, com raras exceções, quando perguntados se lamentam algo que fizeram ou deixaram de fazer, não reclamam de não terem fechado algum contrato milionário, ou não terem comprado mais uma empresa. Todos lamentam não terem abraçado seu filho mais, não terem aproveitado a vida no seu dia-a-dia.

Valor: Onde está a raiz de tanta infelicidade? Trata-se de uma questão pessoal ou há uma fonte externa, como a procura desenfreada por lucros e a competição?
Wong: Não é possível definir os percentuais de responsabilidade, mas sem dúvida os dois fatores são preponderantes. As pressões, a comparação com os outros, a competição, criam uma angústia terrível. Se você quer alguma coisa e não consegue, você vai ficar angustiado. Se você quer alguma coisa e consegue, você está preparando sua próxima angústia, porque você vai querer algo mais. No aspecto interno, eu digo que existem duas felicidades. Há a felicidade instantânea, como ganhar mais um bônus, fechar um grande contrato ou receber uma promoção. Essa felicidade causada por fatores externos é momentânea. Quando os efeitos passarem, você volta ao que era antes. Vai querer mais e mais. E tem outra felicidade que eu chamo de alegria, que é independente de fatores externos. É uma coisa que você carrega dentro de si. Poucas pessoas conseguem chegar nisso. O problema é que o homem não sabe como parar para olhar para si mesmo e encontrar seu equilíbrio. Você já viu um animal comer mais do que precisa?

Valor: Peixes de aquário podem morrer de tanto comer.
Wong: Porque ele é condicionado a isso pelo homem. Mas na natureza os animais sabem o que é suficiente, têm respeito pelo ambiente onde vivem. O homem perdeu essa capacidade.
Valor: Assim como o peixe é induzido a comer demais, o ambiente corporativo de alta competição não está induzindo os profissionais a fazerem tudo demais?
Wong: Eu acho, sim, que existe uma competitividade grande. A sociedade, os governantes, as empresas, extrapolaram no incentivo à competitividade. Vou dar um exemplo interessante. No Oriente, nas artes marciais, você tem apenas duas categorias: o mestre e o aprendiz. Quando o Ocidente importou essas artes marciais, também inventou características competitivas, que não existem lá. Colocaram faixa branca, amarela, cinza e tantas outras que nem sei. Todas essas hierarquias são uma forma de competição. E isso, claro, impacta as pessoas. Eu acho que competição é uma coisa boa, só que, exageradamente, não é legal. Da mesma forma que coletivismo exagerado não é bom.

Valor: Esse livro é um desabafo em relação ao ambiente corporativo, ao dia-a-dia de uma empresa, que tem uma estrutura hierárquica ainda muito militarizada? A vida corporativa o sufocou?
Wong: Não sei se foi um desabafo, mas talvez seja a extrapolação, colocar para fora meus pensamentos. Eu vivenciei isso intimamente. Tem uma pergunta que faço sempre nas minhas entrevistas com os candidatos a executivos, que é: se você pudesse voltar no tempo o que você estaria fazendo hoje? Tenho certeza que a grande maioria deles não estaria fazendo o que faz hoje. O engenheiro gostaria de ser médico; o médico, engenheiro; o dentista queria ser jogador de futebol... Isso mostra que houve um erro de escolha lá no passado. Tudo isso remete ao ponto crucial das causas de todas as frustrações: a falta do autoconhecimento. As pessoas não se conhecem de fato. Muitas estão ganhando rios de dinheiro. E daí? Conheço milionários que são extremamente infelizes. Algo lhes falta, e eles procuram compensar isso com casa, dinheiro, sucesso, mulheres. Suas vidas se transformam em suas conquistas e eles esquecem quem são de fato em sua essência.

Valor: Mas não são esses os valores que balizam nossa sociedade hoje e principalmente o meio no qual o senhor atuou por tantos anos?
Wong: Sim, é verdade, mas isso não justifica toda essa infelicidade. Posso dizer isso com propriedade, porque eu já fui desequilibrado e hoje tenho o equilíbrio.

Valor: O livro é uma crítica?
Wong: Não. É um abre olhos. Esses valores também são bons. Tudo é bom. O exagero é que não é bom. O equilíbrio é bom. Isso não é uma crítica à sociedade, é uma crítica ao desequilíbrio.
Valor: Mas, afinal, a causa desse desequilíbrio está no indivíduo ou no meio que ele habita?
Wong: O meio pode ser o estopim do desequilíbrio. Muita gente se diz vítima das circunstâncias. Nós não somos vítimas de nada. Nós somos responsáveis pelo o que ocorre conosco. Não existem problemas; existem desafios. Se encararmos os desafios como uma visão positiva, criamos uma oportunidade. Mas ao encaramos de forma negativa, aí temos um problema. Nós não temos controle do meio externo, mas meu papel em relação a ele eu controlo. A causa do desequilíbrio está em você mesmo.

Valor: O senhor afirma que para encontrar o equilíbrio as pessoas precisam ser mais naturais, não seguirem tão cegamente as normas pré-estabelecidas. Esse não é um conselho arriscado para ser dado em um momento em que a maior parte das empresas ainda segue uma estrutura hierárquica rígida?
Wong: Tem muita gente com um grau de criatividade muito grande e muitas empresas têm medo de perder o controle sobre essas pessoas, por isso tantas regras para controlar. O fato é que as empresas controlam. E por que controlam? Porque elas não confiam nas pessoas. Se você confia em alguém, você delega; se você não confia, você controla. É claro que o ser humano é imperfeito e as regras são necessárias. Mas o que acontece, novamente, é que há um desequilíbrio. Existem muitas normas, e boa parte delas são hipócritas e falsas. Segui-las cegamente é, como eu chamo em meu livro, ser normal, e não natural. O que acontece é que hoje nós estamos muito para o lado do normal, seguindo muitas normas e regras. Quem são as pessoas mais felizes hoje? As crianças, porque elas são naturais, espontâneas e não seguem tantas regras pré-estabelecidas. Se voltarmos a ser mais crianças, nos libertarmos dessas amarras muitas vezes hipócritas, seremos mais felizes.

Valor: O senhor diz não criticar os valores que regem nossa sociedade atual. No entanto, nesta conversa, o senhor citou vários pontos negativos que são muito característicos da sociedade ocidental. Utilizando seu próprio conceito, o senhor é mais normal do que natural quando diz não criticar o conjunto de valores que compõem nossa sociedade hoje?
Wong: Eu não posso criticar a sociedade, eu posso fazer observações. Eu posso criticar a mim mesmo, apenas. Em relação à sociedade, eu sou um observador.

Valor: Qual a diferença entre crítica e observação?
Wong: Observação é observar coisas. Eu falo o que eu penso, sem emitir juízo de valor. Eu nunca digo que é negativo, porque o que pode ser bom para mim pode ser ruim para os outros. Já fiz muito isso. Influenciei muita gente. Agora, apenas o que posso falar são meus pensamentos, sem querer mudar o mundo.

Valor: Esse trabalho é o resultado de um conflito entre o Robert Wong ocidental e o Robert Wong oriental?
Wong: Não sei se é conflito; talvez um reencontro com as raízes.

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