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sexta-feira, 30 de setembro de 2005

 

Aldo e líderes não chegam a acordo sobre reforma política

Primeira reunião convocada pelo presidente da Câmara é marcada por clima tenso
Brasília - O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), não obteve apoio na primeira reunião de líderes para a votação da proposta de emenda constitucional que permite que o Congresso faça mudanças na lei eleitoral até 31 de dezembro, para entrar em vigor no próximo ano.

Ao abrir a reunião, Aldo afirmou que não havia condições de a Câmara votar o projeto que muda as regras eleitorais até hoje - prazo final definido por lei - para que as alterações entrem em vigor no próximo ano. Ele ouviu os líderes sobre a possibilidade de votar em outubro a proposta de emenda que altera esse limite para as mudanças, mas não obteve sucesso.

O líder do PSDB, Alberto Goldman (SP), condicionou a votação a um acordo sobre o conteúdo da mudança eleitoral. Segundo ele, o PSDB não concorda em "abrir a porteira sem saber o que vai passar por ela". "Nada será aprovado se não houver consenso na regra eleitoral", afirmou. "Não queremos nenhuma armadilha para que haja retrocesso ou recuo".

O líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), afirmou que vai consultar o partido, mas adiantou que não concorda com a proposta. Ele defendeu que o Congresso vá aperfeiçoando a lei eleitoral mesmo que seja para a entrada em vigor mais no futuro. "Todo mundo faz um discurso bonito para defender a reforma, mas na hora de votar procura defender o seu próprio interesse", afirmou.

Rebelo cobra explicações
A primeira reunião do presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B- SP), com os líderes do governo e da oposição foi marcada por um clima tenso. O líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT- SP), cobrou explicações do líder do PSDB, Alberto Goldman (SP), sobre a declaração do tucano de que a vitória do governo teria sido a "vitória do mensalão". Goldman não quis responder à crítica.

Na reunião, Aldo tentou fechar um acordo para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 446/05, do deputado Ney Lopes (PFL-RN), que prorroga para 31 de dezembro o prazo para que mudanças na legislação eleitoral valham para eleições no ano subseqüente. O prazo atual é de um ano (ou seja, final de setembro ou início de outubro, já que as eleições são realizadas no primeiro domingo de outubro).

Após divergências entre oposição e governo, os líderes decidiram que as discussões sobre a reforma eleitoral só serão retomadas no Congresso em outubro. Sem entendimento, a proposta não foi aceita pelos representantes da oposição. Eles defendem uma maior discussão em torno do tema, que inclui diversos pontos polêmicos. Dentre eles, a redução da cláusula de barreiras, o voto em lista e o financiamento público de campanhas eleitorais.

O líder do PSDB, deputado Alberto Goldman (SP), afirmou ser favorável à votação da PEC mas condicionou sua apreciação a um consenso em torno das discussões da reforma política.

 

Investigação da CPI destrói versão do empréstimo para o PT

Sub-relator diz ao JB, que documentos provam falsidade das alegações de Valério e Delúbio
BRASÍLIA - O sub-relator da CPI dos Correios para movimentações financeiras, deputado federal Gustavo Fruet (PSDB-PR), afirmou ontem que é falsa a versão defendida por Marcos Valério, acusado de ser o operador do mensalão, e pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares de que os recursos repassados ao PT foram empréstimos não contabilizados para pagar dívidas de campanha.
Com base em documentos apreendidos nas empresas de Valério e no escritório do contador dele, Marcos Prata, Fruet disse que essa versão não tem fundamento.

- Fica claro que há uma tentativa de justificar um dinheiro que ele repassou ao PT - destacou o deputado.

Segundo o sub-relator da CPI, sua declaração é baseada no cruzamento das informações da movimentação bancária de Valério com os dados contábeis da conta usada para repassar dinheiro às pessoas indicadas por Delúbio e também com os documentos do contador.

- Quando se analisam os ativos das empresas não constam empréstimos ao PT. Valério apresentou um dado para a CPI e nós achamos uma outra informação na contabilidade do seu contador.

Agora, prosseguiu Fruet, Valério pode fazer uma retificação em sua contabilidade informando os empréstimos. No entanto, se caminhar nessa direção, ele poderá ter que responder por alguns crimes.

- Estará correndo dois riscos: de um lado a fraude fiscal ou falsidade ideológica. Se fizer a retificação, evidentemente não tem autorização do Banco Central para fazer esse tipo de empréstimo - disse Fruet.

Segundo o parlamentar, Valério não terá como apresentar um contrato entre ele e os dirigentes do PT comprovando os empréstimos porque esse documento não existe.

O deputado petista José Eduardo Cardozo (SP), sub-relator da CPI dos Correios para a análise de contratos, confirmou que indícios reforçam a informação de que os empréstimos foram uma fachada. Ele disse que a situação dos dirigentes do PT envolvidos no escândalo ficará ainda mais complicada se for descoberto que era ilegal a origem dos recursos repassados por Valério ao PT.

- Se comprovado que o dinheiro veio de fontes ilícitas, Valério e os dirigentes do partido que fizeram isso poderão ser enquadrados em outros dispositivos do Código Penal além do crime eleitoral - disse Cardozo.

Fruet indicou quais são as possíveis fontes de irrigação do valerioduto. Segundo o parlamentar, parte dos recursos teria origem na SMP&B, agência de publicidade de Valério. Ele disse que há indícios de que alguns contratos entre a agência e empresas estatais foram superfaturados. Além disso, prosseguiu o parlamentar, existem notas fiscais frias dos serviços prestados pela agência às estatais.

Outras fontes seriam os bancos Rural e BMG, que teriam Valério como intermediário.

- A ironia é que agora Valério terá de ser executado pelos bancos, que precisam se justificar para seus acionistas e para o Banco Central.

A CPI dos Correios ainda tem três linhas de investigações: contratos de publicidade entre as agências de Valério e empresas privadas, aplicações dos fundos de pensão de empresas estatais e dinheiro movimentado no exterior.

O presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), já avisou que está disposto a estender os trabalhos da comissão até que todas as quatro sub-relatorias concluam suas investigações para que, então, o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), apresente seu relatório final.

- Precisamos cumprir aquilo que nos propusemos a fazer. Temos de apresentar resultados - afirmou Delcídio.

quinta-feira, 29 de setembro de 2005

 

Fim do nepotismo nos tribunais deve provocar novos concursos públicos

LUIS TÔRRES
Servidores públicos do Poder Judiciário na Paraíba comemoraram ontem decisão do Conselho Nacional de Justiça que baixou resolução proibindo a contratação de parentes para os tribunais e determinando prazo de 90 dias para afastamento dos funcionários beneficiados pelo nepotismo entre 1988 e 1996. A previsão, de acordo com os sindicatos, é de aumento imediato nas vagas para preenchimento por meio de concurso público assim que familiares de juízes e desembargadores passarem a deixar os tribunais.

"Os quadros atuais já estão com dificuldades de pessoal, imagine quando os parentes de juízes e desembargadores deixarem os cargos comissionados", declarou Romero Maia, funcionário do Tribunal Regional do Trabalho, na Paraíba, e diretor do Sindicato dos Servidores do Judiciário Federal. De Santa Catarina, onde participa de conferência, o presidente do TRT paraibano, juiz Afrânio Melo, também admitiu que o cumprimento da decisão do Conselho irá exigir a realização de novos concursos.

"Já temos seleção marcada para janeiro de 2006, mas com o afastamento de novos servidores, certamente teremos que discutir novos concursos", destacou, apoiando a decisão do CNJ, que foi tomada em caráter administrativo e será transformada em resolução na próxima reunião do conselho, que acontece em duas semanas. Na ocasião, serão definidos os graus de parentesco aceitáveis para contratação sem concurso.

O servidor Romero Maia acredita que a medida vai vigorar e que "democratiza o ingresso na carreira". "É injusto que muitos queimem as pestanas dia e noite estudando para conquistar cargos e outros entrem pela janela", destacou.
Nova reunião definirá regras de parentesco
A decisão do CNJ foi tomada em caráter administrativo e será transformada em resolução na próxima reunião do conselho, que acontece em duas semanas. Na ocasião, serão definidos os graus de parentesco aceitáveis para contratação sem concurso.

A servidora do Tribunal Regional Eleitoral e diretora do Sindjufe, Nara Limeira, destacou que a medida chega em boa hora. "O combate ao nepotismo acompanha uma onda de moralização no País", declarou. Ação movida no início do ano pelo Ministério Público Federal sugere a imediata exoneração de sete servidores do TRE paraibano. Todos eles parentes de desembargadores que atuaram no Tribunal.Para Nara Limeira, além do nepotismo, é preciso atacar ainda o "clientelismo" das contratações no serviço público. "Às vezes, não é o parente beneficiado, mas o amigo, o correligionário, e isso também deve ser combatido", completou. Além dos tribunais federais, a nova regra do CNJ recai sobre os tribunais nos estados. O presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça da Paraíba, Juarez Fernandes, disse que não se pode mais permitir que funções no Poder Judiciário sejam ocupadas por funcionário não ingresso por meio de concurso públicos.

Para a Associação dos Magistrados da Paraíba, a decisão do CNJ é um avanço nas ações administrativas do Poder Judiciário. O presidente da Associação, juiz Marcos Sales, destacou que a briga agora é pelo enxugamento do número de cargos comissionados no serviço público. "Temos mais de 19 mil cargos comissionados no serviço púbico brasileiro. Isso é um absurdo e um problema para a qualidade dos serviços prestados", destacou.

 

Governo "investiu" mais de R$ 1,5 bi em Aldo

Para garantir a eleição do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) para a presidência da Câmara pela apertada margem de 258 a 243 votos em segundo turno, o governo jogou pesado. Mobilizou pelo menos quatro ministros para o corpo a corpo no Congresso e prometeu a partidos como PL, PP e PTB a liberação de mais de R$ 1,5 bilhão em verbas. Também prometeu cargos de segundo e terceiro escalões, especialmente para o PTB do ex-deputado Roberto Jefferson, cassado após aprofundar a crise política com denúncias de "mensalão".

No dia anterior à eleição de ontem, o Planalto, mediante intervenção direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já tinha prometido liberar R$ 680 milhões de um total de R$ 1 bilhão para o Ministério dos Transportes, capitaneado por Alfredo Nascimento, do PL, em troca de apoio à candidatura de Rebelo. No mesmo dia, já tinha acertado junto ao PTB a devolução dos cargos perdidos pela sigla após as acusações de Jefferson.

Mais que isso, o ministro do Turismo, o petebista Walfrido Mares Guia, garantiu, horas antes do pleito, que o governo federal irá liberar R$ 335 milhões de um orçamento de aproximadamente R$ 500 milhões para a pasta, de acordo com o jornal O Estado de S.Paulo. Na semana anterior às eleições, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciou que injetaria mais R$ 500 milhões em emendas de bancadas.

O Palácio do Planalto também buscou votos entre os parmentares do PP, partido do ex-presidente da Casa Severino Cavalcanti (PE), que renuniciou ao mandato para escapar da cassação por cobrança de propina. Foi usada a mesma estratégia de oferta de cargos e recursos em relação a PL e PTB: o Ministério das Cidades, comandado por Márcio Fortes (da cota do PP), deverá ter os cargos de segundo escalão ocupados por nomes escolhidos pelo partido de Severino. Atualmente, descontando Fortes, a pasta é ocupada predominantemente por petistas.

Durante as negociações com o PP, quando já tinha garantido presença no segundo turno, Aldo chegou a ligar para o ex-presidente Severino Cavalcanti em busca de apoio. Com emendas garantidas para sua base eleitoral (o ex-deputado tentará voltar â Câmara em 2006), Severino, que ainda exerce forte influência em seu partido, deu o sinal verde para a sigla votar no candidato governista.

Ministros
A mobilização do governo para garantir a presidência da Câmara também incluiu as participações dos ministros de PP, PL e PTB - partidos fundamentais para a vitória de Rebelo. Orientados pelo coordenador político de Lula, Jaques Wagner, Walfrido Mares Guia (PTB - Turismo), Alfredo Nascimento (PL - Transportes) e Márcio Fortes (PP - Cidades) foram encaminhar as promessas às suas bases.

No caso do PTB, a intervenção de Mares Guia foi fundamental para emplacar a barganha. Ao final do primeiro turno, o candidato Luiz Antônio Fleury Filho (SP) constatou que não tinha recebido os votos de todos os parlamentares de sua bancada e ameaçou abandonar a sigla. Então o titular do Turismo interveio, acenando com R$ 50 milhões em emendas e ameaçando deixar o cargo caso fosse "traído". Após momentos de tensão, os deputados petebistas fecharam apoio a Rebelo, levando os governistas a comemorarem, antecipadamente, a viória nas eleições de ontem.
Aldo diz que quer ´pacificar´ a Câmara dos Deputados

Pacificar a Câmara dos Deputados

Restabelecer o ambiente de diálogo, negociar e pacificar a Câmara dos Deputados. Esse é o objetivo do novo presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), após o conturbado comando de seu antecessor, Severino Cavalcanti (PP-PE). "Essa será a prioridade, para que assuntos polêmicos possam ser debatidos e discutidos, mas ao mesmo tempo resolvidos", disse, em entrevista à Globo News.

Questionado sobre se defenderá a matéria polêmica apoiada por parte do seu partido, a redução de 5% para 2% da cláusula de barreira para partidos que disputarem a eleição do ano que vem, Aldo foi enfático: "Sou presidente de 513 deputados. Não sou presidente de um partido ou de uma facção. Qualquer matéria polêmica será submetida a votação de acordo com a vontade da maioria". O primeiro desafio que Aldo Rebelo enfrentará será votar urgentemente a minirreforma eleitoral, cujo prazo se esgota nesta sexta-feira. "Vou concentrar o primeiro esforço nesse desafio", salientou.

Outro embate importante será a votação dos processos de cassação de 16 deputados acusados de envolvimento com a corrupção. Em entrevista ao Jornal da Globo, o novo presidente da Câmara disse que não vê problemas em presidir as sessões para votar os processos de cassação, entre eles o de José Dirceu (PT-SP). Aldo foi testemunha de defesa de Dirceu no Conselho de Ética. "Não vejo problema (em presidir julgamento) porque presidirei com a mesma isenção que os (processos) dos demais deputados", afirmou. Os processos, segundo ele, não serão conduzidos nem tão lentamente, para não parecer "procrastinação", nem tão rápido "que pareça julgamento sumário". "O julgamento deve obedecer o ritmo determinado pelo regimento interno, amparado na Constituição e nas leis do País", salientou.

Adriana Cardoso do Jornal Estado de São Paulo

quarta-feira, 28 de setembro de 2005

 

PARA DANIELLA

Apresento-lhe o texto prometido:

EXPERIÊNCIA

Processo de seleção da Volkswagen: os candidatos
deveriam responder a seguinte pergunta:"Você tem experência?"
A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele
foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e ele com certeza
será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia, e acima de
tudo por sua alma.

REDAÇÃO VENCEDORA
Já fiz cosquinha na minha irmã pra ela parar de chorar,
Já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto,
já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo.
Já confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro,
já me cortei fazendo a barba apressado,
já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difí­ceis de esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas,
já subi em árvore pra roubar fruta,
já caí da escada de banda.
Já fiz juras eternas,
já escrevi no muro da escola,
já chorei sentado no chão do banheiro,
já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando,
já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado,
já me joguei na piscina sem vontade de voltar,
já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios,
já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro,
já tremi de nervoso,
já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua,
já gritei de felicidade,
já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um para sempre" pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol,
já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos,e a
vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas
lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração.
E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita:
"Qual sua experiência?".
Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência... Experiência.
Será que ser "plantador de sorrisos" é uma boa experiência?
Não! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos! Agora gostaria de
indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta:
"Experiência? Quem a tem, se a todo o momento tudo se
renova?"

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Esta do papagaio vale pra discontrair

O executivo entra no Avião, caminha todo o corredor até encontrar seu lugar no primeiro banco. O homem fica chocado ao ver que na janela, ao lado de sua poltrona está nada mais nada menos que um PAPAGAIO!!!
Todo cintado e afivelado, olhando indiferente pela janela...

O avião já está lá nas alturas quando o papagaio começa gritar a todo o pulmão, chamando a aeromoça:
- O VAGABUNDA! VABABUNDA!!!
A moça solícitada vem feito um foguete. O papagaio pede um whisky, sem gelo. A moça corre, traz, serve, vai embora.

Passado um tempo, a mesma coisa.
-Ô VADIA!!! TRAZ MAIS UM!!!

Meia hora depois, meio tonto, o papagaio repete a operação, com sucesso... o sujeito fica embasbacado, aí surge uma pontinha de vontade de beber também. Educadamente, chama a aeromoça:
-Senhorita!
Nada.
- Senhorita!? é possível me trazer um uísque, por favor?
A moça nem tchuns. O cara fica indignado.

Aí o papagaio dispara, já "coalhado":

-Biscate, traz mais um, caraio!

Furioso, o vizinho do Papagaio resolve apelar:
-É isso mesmo! Traz um uísque aí sua prostituta, biscate, vagabunda!!!!!!!!

Não dá um minuto, aparecem dois gorilas da tripulação, pegam o papagaio pelas asas e jogam pelo ar. Na sequência, jogam o sujeito, que pesadão, cai que é uma beleza.

O papagaio abusado vendo o sujeito cair cobra o mico:
- Ô palhaço, para quem não tem asa, voccê é bem abusadinho né???

Enviada por Lenita Carvalho, Cascavel, PR

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Inglês em 1 minuto
Como aprender a escrever 400 palavras em Inglês em apenas um minuto
Jornalista brasileiro que há 5 anos vive nos EUA e ainda não fala
direito...
Se você pensa que estou brincando, experimente ler toda
esta matéria e depois me conte.
Comece logo a estudar Inglês que, diferentemente do que você pensa, é
extremamente fácil de aprender bastando apenas a seguir regrinhas
elementares.
Mas, antes de tudo, quero explicar que as regras abaixo apresentam uma
ou mais exceção, o que demonstra duas coisas: primeiro que tais
exceções só servem precisamente para confirmar as Regras e, segundo
que é bem preferível, errar numa ou noutra ocasião e aprender 400
palavras em inglês num minuto, do que ficar preocupado com a rara
exceção... e não aprender
nada.
Regra 1
Para todas as palavras em português que terminem em
DADE (como a palavra cidade) retire o DADE e coloque em
seu lugar TY e assim CIDADE passou a ser CITY.
Vejamos agora um pouco das cento e tantas palavras que você já
aprendeu nestes primeiros vinte segundos de leitura deste artigo:
CIDADE = CITY
VELOCIDADE = VELOCITY
SIMPLICIDADE = SIMPLICITY
NATURALIDADE = NATURALITY
CAPACIDADE = CAPACITY
Regra 2
Para todas as palavras em português que terminem em "ÇÃO" (como a
palavra NAÇÃO) tire fora o "ÇÃO" e coloque em seu lugar "TION" e
assim a palavra NAÇÃO passou a ser NATION (as respectivas pronúncias
não importam no momento, e,
além disso, você estaria sendo muito malcriado querendo exigir demais
de uma aula de graça!).
Vejamos agora algumas das centenas de palavras
em que a imensa maioria delas se aplica a essa regra:
SIMPLIFICAÇÃO = SIMPLIFICATION
NAÇÃO = NATION
OBSERVAÇÃO = OBSERVATION
NATURALIZAÇÃO = NATURALIZATION
SENSAÇÃO = SENSATION
Regra 3
Para os advérbios terminados em "MENTE" (como a palavra
NATURALMENTE), tire o "MENTE" e em seu lugar coloque "LY" (e assim a
palavra passou a ser NATURALLY.
Quando o radical em português termina em "L", como na palavra
TOTALMENTE, acrescente apenas "LY").
Veja agora abaixo algumas delas:
NATURALMENTE = NATURALLY
GENETICAMENTE = GENETICALLY
ORALMENTE = ORALLY
Regra 4
Para as palavras terminadas em "ÊNCIA" (como no caso de ESSÊNCIA),
tire o "ÊNCIA" e em seu lugar coloque "ENCE".
Eis algumas delas abaixo:
ESSÊNCIA = ESSENCE
REVERÊNCIA = REVERENCE
FREQÜÊNCIA = FREQUENCE
ELOQÜÊNCIA = ELOQUENCE
Regra 5
E para terminar esse artigo, ficando ainda com mais água na
boca,aprenda a última e a mais fácil delas (há >um monte de outras
regrinhas interessantes, mas não disponho aqui de espaço para tudo).
Para as palavras terminadas em "AL" (como na palavra GENERAL) não mude
nada,escreva exatamente como está em português e ela sai a mesma
coisa em inglês.
Veja alguns exemplos:
NATURAL = NATURAL
TOTAL = TOTAL
GENERAL = GENERAL
FATAL = FATAL
SENSUAL = SENSUAL
Conforme você acaba de ver, a menos que seja um leitor preguiçoso e
lento, não foi preciso gastar mais de um minuto para aprender 400
palavras em inglês.
Façam o favor de dar crédito a quem lhes revelou a dica, tá? Mas não
espalhem, senão o mundo vai aprender o idioma em 30 dias.
Sérgio Kalili
Jornalista brasileiro e beletrista em inglês.










A minha piada preferida de todos os tempos é essa: tinha duas mulheres bem velhas conversando. Uma disse para a outra: estou tão velha que estou ficando caduca. Quando ponho meu pijama às vezes fico confusa, não sei se estou indo dormir ou se estou levantando.Aí a outra respondeu: Deus me livre de ficar assim (batendo três vezes na madeira). Espera um pouquinho que eu vou atender a porta, estão batendo.
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QUE BOM! ENCONTREI COISA PARECIDA
Mas você tem experiência?

::: 12/03/2003
Lembra-se daquela propaganda que tinha o bordão: é fresquinho porque vende mais ou vende mais porque é fresquinho? Atualmente temos verificado semelhante dilema no que tange ao primeiro emprego. Plagiando a propaganda citada teremos: o jovem não consegue o primeiro emprego porque não tem experiência ou não tem experiência porque não consegue o primeiro emprego?
Este assunto tem sido uma preocupação muito recorrente em cursos e palestras que tenho ministrado. Em entrevista a uma rádio local, um dos pontos destacados pelos ouvintes foi justamente a exigência de experiência e o primeiro emprego.Como enfrentar esta realidade?

Muitos candidatos, na última eleição, tiveram em sua plataforma de governo espaço considerável para propostas que permitissem a inserção do jovem no mercado de trabalho. Programas que visam abrir as portas para a primeira experiência profissional. Juiz de Fora, como parte de seu plano estratégico, já possuí o programa Ponto de Partida: Meu Primeiro Emprego. Em síntese, estes programas buscam meios de incentivar a abertura de vagas para jovens estudantes ou recém formados. Estes programas, iniciativas louváveis, não são suficientes para atenderem uma demanda crescente. Então o que pode ser feito pelos próprios interessados? O que tem proporcionado sucesso e espaço a algumas pessoas e a outras não?

Observando uma turma de 40 formandos de um curso, pelo período de 3 anos, identifiquei que, pelo menos, 10 estão bem nesta profissão.Outros 10 estão caminhando devagar e o restante ou não exerce ou não conseguiu abrir espaço em sua atividade. Alguns destes se dizem arrependidos, que a profissão está saturada e etc. Mais uma vez uma pergunta surge: - Que diferença pode ser identificada entre aqueles que lograram êxito ou estão caminhando para isto e os demais?

A resposta que pude obter da observação é que quanto mais oportunidades de experiência – estágios, atividades extracurriculares e etc. – buscou o formando durante o curso, maior o grau de sucesso futuro. A relação é diretamente proporcional. A verdade é que você constrói seu futuro profissional, principalmente durante a sua formação. São os estágios, os trabalhos voluntários, a dedicação. Muitos só fazem isto quando terminam o curso. Levam o período de formação apenas “assistindo aulas e estudando para as provas”. A maioria não tem envolvimento com sua própria formação. Não se preocupam em adquirir “bagagem” durante este período. Depois com o diploma na mão vão em busca de oportunidades que lhe permitam exercer o que aprenderam. Deparam-se com um mercado retraído e seletivo acentuado ainda mais de não terem ou terem pouca experiência anterior. As empresas abrem espaço àqueles que trazem seu currículo “recheado”. Diante da negativa e sem a vivência exigida, o recém-formado se vê pressionado a começar adquirindo experiência em trabalhos voluntários ou de baixíssima remuneração. Só que aí vem um agravante: a pressão da família e da "sociedade" pois têm que sobreviver disto. Vão ouvir que agora têm que manter-se por conta própria. Para a maioria, dar-se a trabalhos gratuitos ou de baixa remuneração passa a ser visto pejorativamente. Isto é totalmente diferente se feito no período estudantil.

Em praticamente todas as profissões você encontrará dificuldades e oportunidades para se inserir no mercado de trabalho frente à situação atual do país. Depende de você ter excelência no que vier a fazer e conquistar seu espaço. Quando se é bom no que se faz sempre se consegue espaço, por mais que para alguns isto possa demorar um pouco mais do que para outros. Um dos caminhos do sucesso é o nível de comprometimento com sua formação. É aproveitar a proteção do título de estudante para poder arriscar, errar e aprender. É o período em que você poderá contar com maior apoio dos professores. Terá este recurso sempre ao seu dispor. E quando aparecerem falhas você poderá se defender dizendo que está aprendendo, adquirindo vivência. Isto não será assim depois de formado. A expectativa e cobrança dos outros é diferente. A proximidade para recorrer ao apoio dos mestres é menor. Aproveite o período de formação. Faça estágios, seja voluntário para atividades que irão lhe trazer experiência mesmo que de graça. Aproveite as oportunidades, ou ainda melhor, crie as oportunidades. Muitos talentos são descobertos pelas empresas exatamente nesta fase. Não é à toa que todas as grandes empresas possuem seus programas de trainee e/ou estagiários. Faça acontecer e sucesso.



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Eduardo Santos é psicólogo e consultor
formado pelo Centro de Ensino Superior
de Juiz de Fora e Pós-Graduado em Consultoria em RH.
Saiba mais clicando aqui.

sábado, 24 de setembro de 2005

 

Ex-secretários confirmam “ordens” de Cícero

Em acareação, Rúbria, Evandro e Potengy sustentaram que o ex-prefeito autorizava cessões de contratos
Adriana Rodrigues
A delegada Luciana Paiva, responsável pelo inquérito da Operação Confraria, realizou, ontem das 9h15 às 11h00, na sede da Superintendência da Polícia Federal na Paraíba, em João Pessoa, uma acareação entre os ex-secretário s Evandro Almeida, Rúbria Beltrão, Potengy Lucena e Everaldo Sarmento, para esclarecer pontos conflitantes verificados nos depoimentos em relação as autorizações para cessões dos contratos feitos com base na licitação “vencida” da gestão do ex-prefeito Carlos Mangueira na administração prefeito Cícero Lucena para execução de obras com recursos federais. As cessões de contratos, um procedimento irregular, teriam sido usados para fraudar licitações para a execução de convênios federais.

O ex-prefeito Cícero Lucena, também foi intimado para acareação, não compareceu e de acordo com comunicado enviado pelo seu advogado, Walter Agra, encontra-se fora do Estado, no eixo Rio/São Paulo, mas mesmo que tivesse comparecido iria permanecer no direito de permanecer calado, ou seja, só falar em juízo, conforme informou a delegada.

O que motivou a acareação, conforme revelou a delegada, foram declarações conflitantes existentes entre os depoimentos de Evandro Almeida, Potengy Lucena e Rubria Beltrão, que foram semelhantes, com os depoimentos dados por Everaldo Sarmento e Cícero Lucena, totalmente contraditórios com os demais.

De acordo com o advogado Antônio Flávio Toscano, que está atuando na defesa de Evandro Almeida, e que acompanhou toda a acareação, os pontos divergentes nos depoimentos de Evandro, Rubria e Potegy com o de Everealdo, divergem no sentido de que as cessões dos contratos produzidas, que são objetos do inquérito como derivativas de práticas de crimes, junto às empresas construtoras, foram feitas por determinações de Everaldo Sarmento e do ex-prefeito Cícero Lucena, que sustentou em seu depoimento que não era ordenador de despesa e que não teve participação nas cessões.

"Evandro não teria competência, sozinho, para fazer essas cessões. Então, essas cessões eram determinadas em um nível superior hierárquico ao dele, na condição de secretário de Infra-estrutura, a ordem vinha de cima. Da mesma forma, eu não posso falar por ele, mas ouvi e vi Rúbria e Potengy Lucena sustentaram essa posição. Já Sarmento disse que não lembra que havia dado ordens e orientações aos demais secretários", comentou.

O advogado ressaltou, ainda, que, durante a acareação, os acareados mantiveram as afirmações prestadas anteriormente à delegada, no caso de Evandro e Rúbria, as mesmas que deram durante os depoimentos dados na prisão. " A verdade de Evandro , a verdade de Rúbria, a verdade de Potengy foram sustentadas. E Everaldo Sarmento sustentou a verdade dele. Cabe agora à delegada, e posteriormente ao Poder Judiciário, verificar qual das verdades é a verdade real", comentou

Segundo a delegada Luciana Paiva, durante a acareação, realizada mesmo com a ausência do ex-prefeito, os ex-secretários reafirmaram tudo que disseram no depoimento anterior, com exceção de Everaldo Sarmento, que entrou em contradição ao argumentar falha de memória. Ela considerou a acareação bastante satisfatória e que serviu para esclarecer os pontos conflitantes existentes entre os depoimentos. "Na minha concepção não houve contradições entre os depoimentos de Rúbria, Evandro e Potengy, o que avalio como as verdades ditas", revelou a delegada.

Luciana Paiva não afirmou se será necessário a realização de uma nova acareação entre os ex-secretários e o ex-prefeito Cícero Lucena, porque vai remeter os autos do inquérito na próxima Segunda-feira ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região, com sede em Recife (PE), para redistribuição para a Justiça Federal da Paraíba. "Só vou reavaliar a necessidade de uma nova acareação quando retomar os trabalhos. Mas, a acareação de hoje foi bastante esclarecedora e serviu para tirar algumas dúvidas em relação aos depoimentos dados pelos acareados", declarou. [«]


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Flávio Sátiro propõe tolerância zero contra a corrupção

O corregedor do Tribunal de Contas da Paraíba, conselheiro Flávio Sátiro Fernandes, propôs ontem, na Assembléia Legislativa, a "tolerância zero" com a corrupção que hoje escandaliza o País. Contemplado com a Medalha de Epitácio Pessoa, ele considerou, na sessão solene instalada para a homenagem, que os esforços neste sentido exigem "um basta às liminares facilitadoras da libertação daqueles cuja detenção é imperiosa".

Flávio Sátiro, que já exerceu por três vezes a presidência do TCE, entende que o êxito das ações moralizadoras da vida pública nacional também necessitam de "um ponto final aos habeas corpus precoces que livram da prisão os depoentes mentirosos ou silentes e, ainda, que se acabem, de uma vez por todas, com as perniciosas pizzarias em que se transformam as CPIs".

Recomendou ele o fim da impunidade dos que avançam no patrimônio da sociedade, em vista do efeito multiplicador com que isso favorece a propagação dos delitos. "Eu diria que é chegada a hora de retirar das cadeias os ladrões de galinha e colocar em seu lugar os que roubam o dinheiro público", observou.

Em seu discurso, Flávio Sátiro à deputada Edina Wanderley pela homenagem a ele prestada decorrente de proposta da parlamentar de Patos. [«]


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filho do comandante Geral da PM, Lima Irmão, ganha duas vezes mais do que um coronel

Lima Irmão diz que filho teve bolsa de estudos e coronel vê privilégios
Presidente do Clube dos Oficiais afirma que há clima de revolta entre policiais
Adelson Barbosa dos Santos
A denúncia de que o tenente Allyson Lima, filho do comandante Geral da PM, Lima Irmão, ganha duas vezes mais do que um coronel, repercutiu, ontem, nos quartéis da corporação, em todo o Estado. Segundo o coronel Francisco de Assis, presidente do Clube dos Oficiais, o clima é de revolta, principalmente entre os tenentes, cujos vencimentos estão na ordem de R$ 2,1 mil.

Conforme denúncia do deputado Gervásio Filho, o tenente Alysson recebeu, em 2004, segundo comprovante do Imposto de Renda, cerca de R$ 9,8 mil por mês. No ano, o tenente recebeu R$ 118.558,28. No mesmo período, um coronel recebeu R$ 57.178,41.

Lima Irmão justificou que seu filho ganhou R$ 118.558,28 em 2004 a título de bolsa de estudo. Segundo ele, o rapaz recebeu a bolsa para gastos pessoais fora da Paraíba, durante treinamento para pilotagem de um helicóptero que será comprado para a PM, no próximo ano. Afirmou que a concessão de bolsa é legal e que seu filho foi escolhido pelo critério da competência.

Não é assim que pensa o coronel Francisco. Segundo ele, Allyson "ganhou a bolsa por ser filho do comandante". "Qual o critério que ele utilizou para mandar o filho fazer o treinamento?", indagou. Ele mesmo respondeu: "A indicação foi pessoal do comandante. Muitos tenentes e majores disputavam a indicação e não foram escolhidos".

Ele acrescentou que a escolha de Allyson "ocorreu na calada da noite, sem critério, a não ser o do vínculo familiar e pessoal". Francisco disse que foi vítima da perseguição do comandante Lima Irmão. Afirmou que, com base na mesma lei que contemplou Alysson, ele preencheu todos os requisitos para um curso na PM do Rio Grande do Norte, fez a matrícula e tomou todas as providências para a viagem numa segunda feira.

"Na sexta-feira, às 19h, o comandante decidiu que eu não iria mais e suspendeu a matrícula, alegando problemas financeiros. Tudo porque eu mostrei irregularidades na PM. Foi perseguição mesmo", declarou o coronel. [«]


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Presidente do PSB defende aliança com peemedebistas
Eduardo Campos abona a ficha de filiação de Marcondes e outras lideranças
Vanderlan Farias
O presidente do diretório nacional do PSB, deputado federal Eduardo Campos, deu carta branca aos dirigentes do partido na Paraíba para que decidam sobre as alianças que farão nas eleições de 2006. Campos, entretanto, não escondeu sua preferência pelo PMDB e outros partidos que apoiaram o atual prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, em 2002.

"O caso da Paraíba resolvem os companheiros da Paraíba. A direção estadual vai discutir o assunto com as outras forças políticas que caminham juntas. Nós fizemos uma aliança que deu certo na eleição do Ricardo Coutinho aqui em João Pessoa e esperamos que aqueles que estiveram juntos continuem juntos para outras alianças no futuro", afirmou Campos, pouco depois de encerrada a solenidade de filiação de novas lideranças paraibanas ao partido.

Campos disse que vai respeitar qualquer decisão tomada pelos dirigentes estaduais, mas acredita que, pelo quadro desenhado até agora, o caminho dos socialistas será mesmo na direção de uma coligação com os peemedebistas que votaram em Ricardo Coutinho.

"A direção estadual vai decidir o rumo do partido. Tenho a impressão de que o rumo será uma aliança e uma unidade com as forças que representam o mesmo que o PSB", insistiu o dirigente nacional socialista.

Eduardo Campos considerou "um momento muito importante" para o PSB a filiação de dezenas de lideranças municipais e estaduais, incluindo o deputado federal Marcondes Gadelha, durante a solenidade de ontem na Assembléia Legislativa. Segundo ele, são significativas não apenas as lideranças políticas, mas também os representantes de movimentos sociais que resolveram ingressar no Partido Socialista Brasileiro.

Vilma Faria esteve na Assembléia Legislativa
Vanderlan Farias
Em clima de campanha, o PSB filiou ontem dezenas de lideranças municipais e estaduais, incluindo o deputado federal Marcondes Gadelha (ex-PTB), durante solenidade no plenário da Assembléia Legislativa da Paraíba.

O presidente nacional do partido, Eduardo Campos, a governadora do Rio Grande do Norte, Vilma de Faria, a deputada federal Sandra Rosado (RN) e sua filha, a deputada estadual Larissa Rosado (RN) prestigiaram o evento socialista.

Também estiveram por lá o vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior (PMDB), e o vereador pessoense Flávio Eduardo Fuba(ex-PPS). Os organizadores distribuíram com a imprensa uma relação de 30 nomes, incluindo políticos, dirigentes de associações e representantes de movimentos sociais, que assinaram ficha de filiação ontem.

O número é inferior ao divulgado previamente pelos dirigentes, mas a expectativa é de que até o prazo final de filiações para candidatos ás eleições de 2006, que se encerra no próximo dia 30, novas lideranças ingressem no PSB. O próprio prefeito Ricardo Coutinho, presidente estadual, admitiu que o processo de filiação deve continuar mesmo após esse prazo.

Além do deputado Marcondes Gadelha, se filiaram ontem o prefeito de Livramento (José Anastácio), os vereadores Guilherme Almeida (Campina Grande), Bonifácio Rocha (Patos), José Flávio (Livramento), Lenilson Bezerra (Congo), José Wellington de Oliveira (Jericó) e João Bezerra (Caraúbas), a superintendente da STTtrans, Aracilba Rocha, e o vice-prefeito de Santa Rita, Péricles Vilhena.

Também assinaram ficha o empresário Buega Gadelha, irmão de Marcondes e presidente da Fiep, o ex-vice-prefeito de Sousa, Leonardo Gadelha (filho de Marcondes), ex-prefeito de Itaporanga, Marleno Barros, o advogado Hebert Levi, o empresário Fernando Antonio e os jornalistas Abelardo Jurema Filho e Jonas Batista.

A governadora Vilma de Faria e as deputadas Sandra e Larissa Rosado chegaram cedo ao plenário da Assembléia Legislativa. Coube a Larissa abrir a série de discursos, antes mesmo da chegada dos presidentes nacional e estadual do PSB. Eduardo Campos e Ricardo Coutinho chegaram com mais de uma hora de atraso, mas ainda discursaram.

Antes de deixar a Assembléia Legislativa, o presidente nacional do PSB acompanhou e até vibrou com as palavras de ordem da militância que lotou as dependências do plenário.

Prefeito de João Pessoa quer coligação
O prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, descartou a possibilidade de lançamento de candidatura própria ao governo do Estado nas eleições de 2006 e deixou claro que o projeto do PSB é contribuir para a vitória das oposições na Paraíba. Embora não tenha citado nomes, Ricardo deu a entender que os socialistas pretendem apoiar o senador José Maranhão (PMDB) para a sucessão estadual.

Embora reconheça que o partido tem nomes para qualquer disputa majoritária, o prefeito evitou até colocar a possibilidade de indicação do nome do vice, na chapa de Maranhão, como condição para uma aliança com o PMDB para a disputa do ano que vem.

"Claro que o partido temo nomes para disputar qualquer cargo, mas isso vamos discutir no momento certo. Antes de escolher nomes, temos que pensar numa idéia comum como objeto central de uma aliança eleitoral. Temos que fazer coligação com partidos que tenham idéias semelhantes às nossas", explicou o prefeito, que também preside no PSB na Paraíba.

Segundo Ricardo, o principal projeto do PSB, no momento, é eleger representantes na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal. O partido hoje não conta com nenhum deputado na Paraíba. Nivaldo Manoel, que assumiu o mandato com a posse de Ricardo na prefeitura, aderiu ao esquema do governador Cássio Cunha Lima e filiou-se ao PPS.

O prefeito prevê novas filiações até o próximo dia 30, prazo final de mudança de partido para quem deseja disputar as eleições de 2006, mas preferiu não adiantar nomes. O PSB espera a definição do deputado Vital do Rego Filho (sem partido) e do vice-prefeito da Capital, Manoel Júnior (PMDB), convidados para ingressar no PSB. [«]


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Salomão e seis vereadores ingressam hoje no PMDB
Os senadores José Maranhão e Ney Suassuna participam, hoje, na cidade de Sousa, das filiações de várias lideranças da família Gadelha ao PMDB. O prefeito Salomão Gadelha assinará a ficha de filiação, às 9h30, em solenidade que será realizada na Câmara Municipal de Sousa.

Também se filiarão ao PMDB a esposa de Salomão, Aline Gadelha (secretária de Saúde de Sousa e pré-candidata a deputada estadual), o vice-prefeito André Gadelha e os seis vereadores de forma sua base de sustentação na Câmara Municipal.

Os vereadores são: Aldeone Abrandes (presidente da Câmara), Ananias Vieira (vice-presidente da Câmara), Ridenize Diniz (primeira secretária da Câmara), Augusto Mouzinho Sarmento (líder do prefeito), Nedimar Gadelha Júnior e Jucélio Marques.

Fernanda Gadelha, sobrinha de Salomão e filha do ex-deputado estadual Doca Gadelha, também se filiará ao PMDB, hoje, em Sousa.

Na mesma solenidade, vão se filiar ao PMDB cinco vereadores do município de Marizópolis, que são aliados do empresário Marcus Braga. Salomão convida os peemedebistas de Sousa a permanecerem filiados à legenda.

"Serão muito bem tratados, terão espaço no Governo municipal e já saem na vantagem, porque ganham a Prefeitura e, no próximo ano, o Governo, com José Maranhão. O senador fará o mesmo apelo apara que seus amigos de Sousa permaneçam conosco".

Salomão disse que ingressará no PMDB com a missão de contribuir para o crescimento e o fortalecimento da legenda no Sertão Paraíba. Ele declarou que também vai trabalhar para que o PMDB eleja o senador José Maranhão, para governador em 2006. [«]

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

 

SEVERINO: A ELITIZINHA ME DERRUBOU

Severino renuncia e atribui queda à ‘luta contra uma elitizinha’



Sete meses e seis dias depois de assumir a presidência da Câmara de forma surpreendente, Severino Cavalcanti (PP-PE), 74, renunciou às 16h54 de ontem ao cargo e ao seu mandato de deputado federal.

Dizendo-se vítima de "empobrecimento ilícito" na vida pública e afirmando que foi condenado politicamente pela mídia e por aqueles que querem o seu lugar, Severino caiu após 19 dias de pressão resultante da acusação de que recebeu propina em 2002 e 2003, quando era primeiro-secretário da Casa.

Assim como a sua ascensão, a sua queda foi tumultuada. Em um discurso de despedida lido ainda na cadeira de presidente, no plenário lotado da Câmara, o agora ex-deputado demonstrou estar bastante emocionado e afirmou, em 33 minutos de fala, que caiu porque lutou contra "uma elitizinha", contra "os donos do Congresso", e que provará sua inocência nos tribunais.

No final, antes que alguém pudesse aplaudir, ouviu o grito de uma mulher na galeria: "Vai embora Severino, seu corrupto!" Após is-so, um grupo do outro lado das galerias começou a entoar gritos de ordem contra o pe-pista. A sessão foi suspensa, a segurança retirou vários manifestantes à força, momento em que Severino aproveitou para se retirar com forte esquema de segurança e sem falar com a imprensa.

"Repito que as acusações contra mim são inconsistentes; na verdade, são falsas e mentirosas, e vou comprovar isso nos tribunais", afirmou no discurso, apesar de não abordar nenhum ponto da acusação nem apresentar provas de sua inocência. Ele assim justificou sua renúncia: "Se continuasse como presidente, iria atravancar o funcionamento da Casa. Entre a Casa e o meu sacrifício eu prefiro ficar com a Casa", disse, em uma das partes em que improvisou.

No texto lido de seis páginas, acu-sou a imprensa e adversários por sua derrocada: "Meus acusadores (...) não me deixaram alternativa: optei, assim, pela renúncia porque já me sabia condenado de antemão. Minha culpabilidade foi declarada, sem apelação, antes das provas e mesmo do processo, e minha condenação veio antes de qualquer sentença: veio pela imprensa, veio pela voz de alguns poucos, veio por aqueles interessados em tornar vaga, o mais rapidamente possível, a cadeira do presidente da Câmara".

terça-feira, 20 de setembro de 2005

 

Severino Cavalcanti deve renunciar nesta quarta

Severino Cavalcanti deve renunciar nesta quarta
O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), esteve ontem no Palácio do Planalto para um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro, solicitado por Severino - que comunicou sua decisão de renunciar ao cargo e ao mandato parlamentar por causa de denúncias de envolvimento em irregularidades -, durou cerca de uma hora.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o presidente da Câmara a portas fechadas, sem registro de imagens. O automóvel oficial com o deputado saiu do Planalto pela portaria dos fundos, por onde havia entrado.

O clima era de constrangimento no Palácio e os assessores de Lula fizeram questão de informar que se tratava de um encontro institucional de chefes de dois poderes.

Para conseguir audiência com Lula, Severino e aliados telefonaram para pelo menos quatro interlocutores do presidente. O ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, o deputado Arlindo Chinaglia, o assessor do gabinete pessoal da Presidência, Gilberto Carvalho, e o ministro da Secretaria Geral, Luiz Dulci, foram procurados pelo ainda presidente da Câmara.

O presidente da Câmara passou o fim de semana na residência oficial em Brasília. Segundo outro parlamentar ligado a ele, Severino conversou, em casa, com vários ministros do governo Lula, entre eles, Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, Roberto Rodrigues, da Agricultura, e Jaques Wagner.

 

Cícero Lucena: Polícia Federal ouvirá empresário e ex-secretário

Confraria: Polícia Federal ouvirá empresário e ex-secretário
Delegada Luciana Paiva revela que elabora lista de nomes para novos depoimentos
Adriana Rodrigues
A Polícia Federal retoma hoje os depoimentos no inquérito da Operação Confraria, ouvindo mais um empresário do ramo da construção civil. A delegada Luciana Paiva, responsável pelo inquérito, vai ouvir hoje, às 9h, o depoimento de Giovani Gondim, representante da empresa Sancol.

Amanhã, também às 9h, será a vez do depoimento do ex-secretário da Prefeitura de João Pessoal, Everaldo Sarmento, que foi responsável pelas Pastas do Planejamento e das Finanças da Capital durante a administração do ex-prefeito Cícero Lucena (PSDB). Com ele, serão encerrados os depoimentos dos ex-secretários suspeitos de envolvimento na Operação.

Relatório da CGU
De acordo com a delegada, além dos dois depoimentos marcados para hoje e amanhã, faltam ainda ser ouvidos um empresário cearense e outros envolvidos, citados no relatório da Controladoria Geral da União (CGU), que deu origem às investigações.

Segundo informações de Luciana Paiva, o empresário da Sancol, Giovani Gondim, foi convocado para depor no inquérito porque a empresa foi uma das que ganhou a cessão do contrato para execução das obras que estão sendo investigadas pela Operação Confraria, que está investigando um esquema de fraudes em licitações e desvios de recursos federais na Prefeitura de João Pessoa, durante a gestão de Cícero Lucena, que compreende o período de 1997 a 2004.

Até agora o inquérito da Operação Confraria, instalado no ano passado, já indiciou 21 pessoa, tomou 28 depoimentos, cumpriu 27 mandados de busca e apreensão e oito de prisões, com a efetivação de sete prisões, entre elas a do ex-prefeito Cícero Lucena, alguns ex-secretários municipais e empresários da construção civil, que foram libertados dias depois através de habeas-corpus. A única prisão que não foi efetuada, conforme revelou a delegada, foi do vereador licenciado Potengy Lucena, que foi revogada por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), antes de seu cumprimento, mas que é um dos indiciados no caso. [«]


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segunda-feira, 19 de setembro de 2005

 

PIADAS

Um cabo eleitoral, muito safado, faz um discurso apresentando seu candidato, mais safado ainda:
- Olhem para este homem! Ele não tem os olhos de Cristo? Não tem as mãos de Cristo? Não tem os cabelos de Cristo?
Foi aí que um bêbado gritou:
- Então crucifica, esse Filho da Puta!
Enviado por Conrado, São Paulo, SP

A minha piada preferida de todos os tempos é essa: tinha duas mulheres bem velhas conversando. Uma disse para a outra: estou tão velha que estou ficando caduca. Quando ponho meu pijama às vezes fico confusa, não sei se estou indo dormir ou se estou levantando.Aí a outra respondeu: deus me livre de ficar assim (batendo três vezes na madeira). Espera um pouquinho que eu vou atender a porta, estão batendo.

A professora pergunta na sala de aula:
- Pedrinho qual a profissão de seu pai? - Advogado, professora.
- E a do seu pai, Marianinha? - Engenheiro.
- E o seu, Aninha? - Ele é médico.
- E o seu pai, Joãozinho, o que faz? - Ele... Ele... Ele é dançarino numa boate gay!
- Como assim? pergunta a professora, surpresa. - Fessora, ele dança na boate vestido de mulher, com uma tanguinha minúscula de lantejoulas, os homens passam a mão nele e põem dinheiro no elástico da tanguinha e depois saem para fazer programa com ele.
A professora rapidamente dispensou toda a classe, menos Joãozinho. Ela caminha até o garoto e novamente pergunta:
- Menino, o seu pai realmente faz isso??? - Não, fessora. Agora que a sala tá vazia, eu posso falar! Ele é Dirigente do PT, mas dá uma vergonha enorme falar isso na frente dos outros!!!

 

Izar vai esperar renúncia de Severino até quarta

O presidente do Conselho de Ética, o deputado Ricardo Izar (PTB-SP), afirmou hoje que vai aguardar até quarta-feira para abrir o processo de investigação contra o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE). Inicialmente, a intenção era começar as investigações amanhã, mas como o progressista já sinalizou que deverá renunciar ao mandato, Izar vai aguardar a decisão.
"Está havendo esta possibilidade dele renunciar. Então, vamos esperar até quarta-feira", justificou. Caso o deputado Severino Cavalcanti decida enfrentar o processo, o presidente do Conselho de Ética disse que irá indicar para relatoria o deputado Edmar Moreira (PL-MG), ou deputado Nelson Trade (PMDB-MS). Os dois são os membros mais antigos do Conselho de Ética.
Procurador diz ter prova concreta contra Severino
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, disse nesta segunda-feira que já possui provas contundentes de que o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), recebeu dinheiro do empresário Sebastião Augusto Buani, dono do restaurantes Fiorella, para renovar o contrato de concessão.
As provas que recebeu, segundo ele, são dados mais concretos e materiais do que os da polícia. O procurador-geral disse que recebeu as provas "de livre e espontânea vontade", mas não revelou quem as entregou.
O procurador afirmou que não haverá a necessidade de pedir a quebra de sigilos bancário e telefônico de Severino, como sugeriu a Polícia Federal na sexta-feira

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

 

Supremo estende a Dirceu direito de defesa

O Poder Judiciário, diga-se Ministro Nelson Jobim, por mais que justifique e fundamente a legalidade da decisão, não convence a nação brasileira. A liminar concedida, parece mais políticagem com a Câmara, do que problema judicial. O STF pode até está sendo intrasigente no zelo do cumprimento dos direitos constitucionais dos cidadãos, mas ninguém acredita. A idéia passada com a tomada de depoimentos e as discussões transmitidas ao vivo, para todo país, foi de defesa oral. Para o povão que já tirou suas conclusões tudo agora não passa de procrastinação. Atente-se, por outro lado, para a postura imediata do primeiro vice-presidente, José Thomaz Nonô (PFL-AL),expressando-se com a democrática generosidade de sugerir, à Mesa da Casa que abra o prazo de cinco sessões, reclamado pelos deputados, para que tomem ciência do processo contra eles.Senão vejamos na notícia abaixo:

Supremo estende a Dirceu direito de defesa

Brasília - O ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Velloso, estendeu para o deputado José Dirceu (PT-SP) a decisão do presidente do STF, Nelson Jobim, que garantiu o direito de defesa e a conseqüente paralisação dos processos de cassação de seis petistas suspeitos de quebra de decoro. Velloso decidiu pedir informações à Mesa da Câmara para saber se esse grupo de parlamentares teve direito de se defender antes do processo ser encaminhado ao Conselho de Ética.

O ministro afirmou que quando receber as informações examinará vai manter ou não a liminar concedida ontem por Jobim, em caráter de urgência. Velloso é relator do mandado de segurança impetrado pelo grupo de parlamentares do PT.

Na Câmara, o primeiro vice-presidente, José Thomaz Nonô (PFL-AL), disse que vai sugerir à Mesa da Casa que abra o prazo de cinco sessões, reclamado pelos deputados, para que tomem ciência do processo contra eles. Mas reconhece que a discussão judicial sobre isso pode levar mais tempo do que as cinco sessões. "O lugar de fazer a defesa é o Conselho de Ética", afirmou, referindo-se ao argumento dos deputados de que o direito de defesa teria sido cerceado pela Mesa. (Mariângela Gallucci e Denise Madueño).

STF - CONCEDE LIMINAR A DIRCEU E SUSPENDE TRAMITAÇÃO DE PROCESSO
O deputado federal José Dirceu (PT/SP) obteve liminar do Supremo que suspende a tramitação do processo disciplinar instaurado contra ele pela Câmara dos Deputados. A decisão é do ministro Carlos Velloso, que atendeu ao pedido de extensão da cautelar feita pela defesa do parlamentar no Mandado de Segurança (MS) 25539.

De acordo com informações do STF, antes de o processo ser distribuído, o presidente do Supremo, ministro Nelson Jobim, havia concedido a liminar a outros seis deputados, determinando a imediata suspensão da tramitação e processamento de medida disciplinar contra eles, encaminhada pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, até o julgamento final (mérito) do mandado de segurança.
PTB vai retirar processo e livrar Dirceu da cassação
O presidente do PTB, Flávio Martinez, afirmou ontem que retirará o processo de cassação contra o deputado José Dirceu (PT-SP) até a próxima quarta-feira.

Segundo Martinez, o ex-deputado Roberto Jefferson, que teve o mandato cassado na semana passada e mentor do pedido contra Dirceu, avalia agora que foi usado como "massa de manobra" pelo PSDB e PFL. Ele argumentou que, se a oposição quiser, ela que abra um processo contra Dirceu no Conselho de Ética.

A retirada abre espaço para Dirceu renunciar ao mandato e assim preservar seus direitos políticos, até que outro processo contra ele seja aberto. As CPIs dos Correios e do Mensalão já fizeram o pedido, mas o processo ainda não teve início. O PTB também pedirá a retirada de processo contra o deputado Sandro Mabel (PL-GO).

Relator acusa partido de acordão
O relator do processo de cassação do deputado José Dirceu (PT-SP) no Conselho de Ética, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), acusou hoje o PTB de fazer um "acordão" com o PT para beneficiar o petista ao retirar o processo de cassação contra Dirceu. Segundo ele, a "senha da pizza" foi o voto de Dirceu no processo de cassação de Roberto Jefferson. Dirceu foi flagrado pela imprensa anulando o voto.

"A senha da pizza foi o José Dirceu votando nulo. Ele é muito zeloso e não cometeria este tipo de erro pelo o que tenho observado nas investigações. Foi o único deputado flagrado votando", especula Delgado. Para Júlio Delgado, o "acordão" será confirmado caso o PTB retire a representação contra José Dirceu que deu origem ao processo de cassação por quebra de decoro ao Conselho de Ética.

Daniel Dantas depõe nas CPIs
A semana é de agenda cheia nas CPIs. Dois depoimentos serão tomados em sessões conjuntas. Hoje, três comissões (dos Correios, do Mensalão e dos Bingos) juntas ouvem o doleiro Antônio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona. Na quarta, o empresário Daniel Dantas depõe em duas comissões: a dos Correios e a do Mensalão.

O doleiro Toninho da Barcelona cumpre pena de 25 anos na penitenciária de Avaré, em São Paulo, por evasão de divisas, entre outros crimes. Sem apresentar provas, o doleiro tem relatado um suposto esquema de remessa ilegal de recursos para o exterior pelo PT.


Os deputados beneficiados inicialmente foram João Paulo Cunha, Josias Gomes da Silva, Luiz Carlos da Silva (Professor Luizinho), Paulo Roberto Galvão da Rocha, José Mentor e João Magno de Moura, todos do Partido dos Trabalhadores (PT).

Em sua decisão, o ministro Carlos Velloso, afirmou que poderá reexaminar o pedido de liminar no MS 25539 após a chegada das informações solicitadas à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. “De regra, não concedo medida liminar sem ouvir a parte contrária, vale dizer, sem que seja instaurado o contraditório”, disse o ministro, e acrescentou que somente concede liminar sem audiência da parte contrária no caso de perecimento de direito.

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

 

Extrato do Bradesco comprova o que disse Buani e cópia do cheque aparece

O empresário Sebastião Buani - que acusa o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), de cobrança de propina - recebeu do Banco Bradesco o extrato com a movimentação de sua conta em que está registrado o saque de um cheque de R$ 40 mil. O advogado de Buani, Sebastião Coelho, informou ao Terra que a cópia do extrato foi entregue à Polícia Federal na manhã de hoje em Brasília.
Buani compareceu espontaneamente e entregou ao delegado Sérgio Menezes, que investiga o caso, a documentação que registra movimentações entre os anos de 2002 e 2003 - dentre eles, esse saque de R$ 40 mil que teria sido repassado por funcionários de Buani a Severino.
"Hoje estou mostrando o mensalão. Amanhã vou mostrar o mensalinho", disse Buani a jornalistas, referindo-se a microfilmagens de cheques que, de acordo com ele, serão entregues à PF na terça-feira. "Este é o primeiro documento que prova que eu estou falando a verdade", completou.
Buani é dono do restaurante Fiorella, que fica na Câmara dos Deputados. Ele afirma que teria firmado um contrato com o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), para prorrogar a concessão de seu restaurante.
Em troca, Severino teria cobrado, segundo Buani, R$ 40 mil. Porém, mesmo tendo recebido o dinheiro, Buani contou que Severino passou a cobrar R$ 10 mil por mês, para uma concessão de um ano, em caráter emergencial.
SEVERINO DIZ QUE É FRAUDE
O presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), se defendeu das denúncias de corrupção que o ameaçam de cassação e afirmou que ficará no cargo, apesar de não ter apoio político de parlamentares de situação nem de oposição. "Resistirei como presidente da Câmara dos Deputados. Não posso me curvar à pressão dos poderosos, estejam eles onde estiverem", afirmou.
Severino disse ter sido chantageado pelo empresário Sebastião Augusto Buani, dono de um restaurante na casa, de quem teria cobrado propina. "A chantagem dele é fazer com que eu tome posições que não fossem éticas como presidente da Câmara", afirmou Severino, sem dar detalhes. De acordo com o parlamentar, Buani o procurou em seu gabinete em 1º de setembro e caso não fosse atendido, iria a falar com a imprensa.
O deputado diz ainda "com absoluta convicção" que o documento que autoriza a prorrogação do contrato do restaurante é falso. "Não assinaria conscientemente pois é inócuo perante a lei", diz o deputado. Ele contratou um perito particular para analisar o documento. De acordo com o laudo, o papel foi montado "eletronicamente". Severino afirma garantir não ter assinado a prorrogação.
O presidente da Câmara diz ser perseguido por ser nordestino. "Sei que muita gente não aceita que um nordestino humilde esteja à frente da Câmara".


Nome de secretária de Severino aparece em cheque
Buani mostra cheque com nome de secretária de Severino
14/09/2005 - Terra

O empresário Sebastião Buani confirmou hoje, em entrevista coletiva em Brasília, que a pessoa que sacou os R$ 7,5 mil de sua conta no Banco Bradesco, foi Gabriela Kenia Martins, a secretária particular do presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), e não seu motorista como foi primeiramente informado. O cheque foi descontado em 30 de julho de 2002.
Segundo Buani, esse cheque entregue à secretária era para complementar o "mensalinho" - de R$ 10 mil - que Severino, na época 1º secretário da Casa, cobrava de Buani para manter a concessão do empresário no restaurante Fiorella, localizado no anexo 3 da Casa. "Se eu não tivesse esse cheque eu teria uma batalha jurídica muito grande pela frente. A verdade é essa", disse Buani. Na terça-feira, cinco partidos de oposição pediram a abertura de processo de cassação do mandato de Severino.
De acordo com o empresário, as cobranças eram feitas por telefone e, em algumas vezes, dentro do restaurante. "A musa do mensalinho não é a minha mulher nem a minha filha, mas a dona Gabriela. Agora ela é a musa do mensalinho".
Buani disse que deseja viver em paz com a sua consciência. "Eu fiz isso não foi com intuito nenhum de atingir politicamente. Eu queria contar a minha história. Politicamente eu sei que vai dar uma reviravolta, um mudança. Eu acho que deve acontecer uma mudança neste País, mas isso não é uma decisão minha. É uma decisão da Câmara", defendeu.
LULA MANTEM-SE NEUTRO
Lula se manterá neutro sobre Severino, diz Wagner
O ministro da Coordenação Política, Jacques Wagner, disse hoje que o governo vai manter uma posição neutra nas apurações de denúncias contra o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE).
Em entrevista coletiva na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Wagner afirmou que não existe a figura do apoio nem condenação prévia, informou a rádio Jovem Pan. "Queremos que as investigações sejam feitas. O presidente Lula não vai se manifestar sobre o mérito da questão", afirmou.
Questionado se Wagner responsabilizaria a oposição pela crise política no País, o ministro disse que "toda a vez que a política faz com que as pessoas percam o bom senso e a racionalidade, isso não é bom para a democracia.

quinta-feira, 8 de setembro de 2005

 

Buani confirma pagamento de propina a Severino

Buani confirma pagamento de propina a Severino
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Sebastião Buani chora em entrevista

O empresário Sebastião Augusto Buani confirmou hoje, durante entrevista coletiva em Brasília, que pagou propina ao presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), para garantir a renovação do contrato do restaurante, que fica no 10º andar da Câmara.
Segundo Buani, que chorou durante a entrevista, ele foi chamado ao gabinete do então primeiro-secretário da Câmara, Severino Cavalcanti, para discutir sua situação.
Sebastião Buani confirmou que Severino lhe pediu R$ 20 mil por cada ano pela renovação, mas como disse que não tinha o dinheiro acabou fechando um valor de R$ 40 mil pelos três anos de renovação. O empresário disse que o dinheiro foi entregue num envelope pardo. O empresário disse que fez o saque de cerca de R$ 20 a R$ 30 mil em sua conta bancária e complementou o restante com dinheiro do caixa do restaurante.
Buani explica que, em 1997, ganhou em segundo lugar a licitação para ocupar os quatro restaurantes e sete lanchonetes da Câmara durante cinco anos. Segundo ele, a empresa que ganhou a licitação ficou apenas por três anos "por maus serviços prestados". Foi então que ele assumiu até 2002, quando terminava o contrato.
O empresário diz que, em março de 2002, entrou com solicitação na Câmara para que o tempo de concessão começasse a contar a partir de sua entrada, em 2000. Quando o pedido estava na mesa do então primeiro-secretário, relata ele: "Recebi um telefonema para ir ao seu gabinete, lá foi me apresentado um documento".
Segundo Buani, o documento foi redigido pelo deputado federal Gonzalo Patriota: "Quem me avisou que tinha uma saída para o meu problema foi ele Patriota (...), mas acertei com o Severino". O então primeiro-secretário teria dito, segundo Buani: "?A gente precisa de uma ajuda e gostaria de saber no que o senhor pode ajudar. (...) Você vai me dar R$ 20 mil por ano?". Buani contou aos jornalistas ter argumentado na ocasião que não tinha R$ 60 mil. O acordo foi, então, fechado em R$ 40 mil.
O empresário contou que no primeiro mês após o acerto do "mensalinho", ele não teve o valor exigido por Severino. O parlamentar teria então "gentilmente" permitido que os R$ 5 mil restantes fossem divididos em várias cotas, de acordo com o relato de Buani.
Buani conta que, nesse momento, fechou os restaurantes que tinha em outros pontos da cidade e pagou o que chama de "mensalinho" em março, abril e maio. Em junho, veio um novo recesso. "Aí o homem ficou bravo", contou Buani. Segundo o empresário, ele pagou Severino por meio de um cheque. Esta, segundo ele, é a única prova dos pagamentos, já que o restante teria sido feito em "dinheiro vivo com a arrecadação diária dos almoços".
Ele chorou ao contar que uma de suas filhas pediu certa vez para ele largar o restaurante na Câmara. "Papai, deixa essa vida, não precisamos dessa vida, vamos embora", contou. Ele conta que abraçou a filha e que prometeu que aquela situação iria acabar. "A partir daquele dia eu nunca mais paguei o tal do 'mensalinho'. Não sei se era setembro ou outubro de 2003", disse.
Em janeiro de 2004, Buani disse que perdeu a concessão do melhor restaurante que operava na Câmara. "Foi aí que comecei a ter problemas para administrar meu negócio. No meio do ano, perdi os outros. Foi quando cometi a loucura de pagar caro à Câmara para tentar manter o restaurante do anexo 4", disse. Buani conta que passou a pagar R$ 11.580 pelo aluguel e R$ 2 mil de água e luz. Sem conseguir pagar, foi acumulando dívidas com a Câmara dos Deputados.

''Estou numa luta de vida ou morte''
Entrevista: Fernando Gabeira

(Paulo Celso Pereira) JB
Quando usou o microfone do plenário para atacar o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), afirmando que iria iniciar um movimento para retirá-lo do poder, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) estava apenas repetindo um gesto que já havia feito. A diferença foi que, com a transmissão pela TV, Gabeira virou popstar. Durante esta entrevista, que durou cerca de uma hora, Gabeira foi interrompido várias vezes com expressões de apoio. Ele brinca: “Sou um alternativo que chegou ao mainstream”:
– Já tinha sacaneado ele várias vezes mas só perceberam depois que apareci no Jornal Nacional.
Gabeira apontou os holofotes para Severino Cavalcanti, que até então estava fora das denúncias de corrupção. Sábado tudo mudou. Acusado de receber propina do dono de um dos restaurantes da Casa na época que era primeiro-secretário, Severino está com o mandato em risco.
– Se antes, cassa-lo era um dever, agora, se não fizer, corro o risco de ser processado por omissão.
Um dos organizadores do movimento Brasil Verdade, que tenta melhorar a imagem da Câmara, Gabeira defende a “implosão” de todos os partidos. Descrente com a política e cogitando a possibilidade de sair do Parlamento caso não haja uma renovação dos quadros, ele segue defendendo projetos ligados ao meio ambiente, comércio exterior, direitos humanos e a legalização de drogas. Em meio ao sucesso, Gabeira enfrenta o pedido de cassação feito pelo deputado Benedito Dias (PP-AP).
– Temo que ele seja preso antes do fim – provoca.
Como é o movimento Brasil Verdade?
– Temos três objetivos: garantir que as investigações se desenvolvam e a punição seja feita de acordo com a lei para iniciar uma recuperação da credibilidade no Congresso; lutar por uma reforma eleitoral que tenha ao menos a redução dos custos e o aumento da transparência; e constituir uma força que contribua com a governabilidade, independente do desfecho com impeachment ou não.
E a cassação de Severino Cavalcanti?
– Faz parte desse movimento o pedido de cassação do Severino. No bojo dessas denúncias, o que era uma posição apenas minha se transformou numa posição pelo menos da oposição, da esquerda do PT e das forças que se distanciam do fisiologismo. Se antes era um dever, agora se não o cassarmos corro o risco de ser processado por omissão.
Como avalia a presença dele na Casa?
– Severino sempre teve uma representatividade que era limitada aos votos dos fisiológicos. Aqueles que, de modo geral, querem apenas melhoria de salário e mais verbas de gabinete. Esse número nunca ultrapassava 110 deputados. No entanto, o PT resolveu lançar um deputado difícil, o Luiz Eduardo Greenhalgh. Simultaneamente, houve uma divisão com a aparição da candidatura do Virgílio Guimarães. A desarticulação do governo permitiu que houvesse segundo turno. E quando a oposição percebeu que o Severino foi para o segundo turno, votou nele em peso, pensando em punir o governo, sem perceber que estava punindo o Parlamento.
Em quem o senhor votou?
– Votei no Greenhalgh, pois acreditava que apesar de tudo, o partido do governo tinha o direito de apontar o candidato. Muita gente fala, que se houvesse essa crise com o Greenhalgh na presidência talvez fosse pior que o Severino. Não acredito nisso. Com o Greenhalgh era possível lutar. Ele seria apenas um executor mais sofisticado de uma política de abafa. Mas um pouco de sofisticação, podemos combater.
Houve um deslumbramento na chegada do baixo clero ao poder?
– A chegada do Severino alterou bastante o quadro. Inicialmente ele procurou cumprir as promessas que fez ao grupo fisiológico aumentando a verba de gabinete em R$ 8 mil e procurando satisfazer aqueles deputados mais inexpressivos. A primeira decisão dele foi fazer quem nunca viajou começar a viajar. O que aparentemente é uma decisão democrática, mas a viagem era entendida como uma extensão da política brasileira, como um elemento da diplomacia parlamentar. Ele não entende assim, vê as viagens como uma forma de agradar, de dar a todos a oportunidade de sair e ter algumas diárias.
Como foi recebido seu discurso?
– A recepção foi muito boa, uma coisa fora do comum. As pessoas percebem claramente que o Brasil é um país muito mais complexo do que daria a entender a presença dele lá, que é um retrocesso completo e lamentável. O Severino defendeu empresas que têm trabalho escravo. Estamos na aurora do século 21. No século 19, um deputado pernambucano já lutava contra a escravatura. Era Joaquim Nabuco. Severino representa um retrocesso em relação a Nabuco.
O senhor percebe um sentimento de desilusão nas ruas?
– Há uma sensação de que os políticos fracassaram. Mas há uma luz, porque algumas pessoas imaginam que nem todos são iguais. O que me impressionou é que no meu debate com o Severino houve uma nuance: ao passo que as pessoas na rua elogiavam, os deputados acharam que estava certo, mas que o tom foi um pouco alto demais. Dá a impressão que o fato de as pessoas viverem na Câmara, trabalharem juntas, desenvolverem amizades e terem interesses comuns faz com que elas fiquem um pouco anestesiadas. Elas passam a ser mais tolerantes. A população não.
Como o senhor vai reagir em relação a seu processo de cassação?
– Sempre disse que o deputado Benedito Dias (PP-AP) deveria me processar. Só temo que ele seja preso antes do final. Porque foi denunciado pelo Procurador-Geral da República pela formação de quadrilha de desvio de verbas do Hospital do Câncer de Macapá. Ele deve acelerar o processo para não ser preso antes.
Como o senhor analisa a chegada desta crise ao Planalto?
– Não é que tenha chegado ao Planalto, ela nunca saiu de lá. É um grupo que detém todos os cadáveres no armário e todos os segredos. Sejam segredos de financiamento escuso de campanha, sejam segredos ligados à tentativa de sufocar a investigação da morte do Celso Daniel.
E isso não lhe surpreende?
– Não. Compreendo isso como uma decorrência do processo. Todas as campanhas presidenciais que passam por um longo processo apresentam uma série de escândalos que vão sendo abafados. E o núcleo no poder vai sendo constituido também por aquelas pessoas que detêm os segredos dos cadáveres no armário.
Lula tem ido aos sindicatos buscar o apoio das massas, como analisa isso?
– Ele não está buscando o apoio das massas, está usando um grupo de sindicalistas e políticos para constituir auditórios favoráveis que garantam aplauso na hora certa, transmitindo a impressão que tem apoio popular. Se gostasse da massa ele ia para a Central do Brasil ou para a Praça da Sé. Lula está um pouco errático, a última tentativa foi se agarrar ao fantasma do Juscelino Kubitscheck, mas nem a família do Juscelino aceita.
O senhor está desiludido?
– Não. Estou consciente de que o governo morreu. O que fazemos agora é discutir o que fazer com o corpo até 2006. Não vejo chances de o governo se recuperar. O que se define agora é se ele vai continuar fraco até o final ou se vai cair antes. Se ficar até 2006 será preciso constituir na sociedade uma força que consiga ajudá-lo a chegar até o final sem necessariamente prestigiá-lo. Marcando claramente que queremos ajudar a governar, mas temos uma distância do governo.
O senhor pensa em continuar no Parlamento?
– Depende. Estou numa luta de vida ou morte. Se o parlamento não se renovar, não buscar outro rumo, não me interessa voltar. Posso contribuir para o Brasil fora dele. Se ele ganhar rumo e seriedade, me interessa.
Quando o PT começou a mudar?
– Chegou um momento em que Lula disse: chega de disputar eleição, preciso ganhar. Para isto preciso de recurso e de um bom programa de televisão. Aí Lula passou a se ligar a Duda Mendonça. O processo do marketing substituiu o processo tradicional de campanha, que era na rua, com comícios e caminhadas. Lula percebeu que um insight do Duda podia ganhar um milhão de votos e na rua, por mais que batalhasse, falaria com 10 mil pessoas. Aí, evidentemente, as campanhas alteraram radicalmente. Eles passaram a ver a política de uma forma clara: se ganha com muito dinheiro e com os melhores profissionais de marketing. Passaram a subestimar a política como movimento.
O PT tem futuro?
– É preciso um adjetivo. Tem futuro brilhante? Promissor? Futuro vegetativo todos nós temos. O problema é que não tem mais futuro como um partido que possa empolgar o país, que possa galvanizar uma transformação. Ele perdeu essa chance. Pode se recuperar ao longo do tempo, voltar a conquistar uma eleição aqui e ali. Pode ser que daqui a 10 ou 15 anos ganhe outra eleição presidencial, mas já sem aquelas características do passado. É só mais um partido.
E como fica a idéia de esquerda?
– Terá de ser renovada. De certa forma, caiu o Muro de Berlim no Brasil. Caiu o mito da classe operária como salvadora que era um dos componentes da mitologia do século passado. Junto dela caiu a idéia de que os fins justificavam os meios e o princípio do centralismo democrático. Entramos em uma nova fase, em que os trabalhadores não têm mais um papel privilegiado na correlação de forças que vai mudar o país. E as transformações talvez não sejam rocambolescas como era programada na esquerda. A esquerda terá de apresentar projetos claros, viáveis e realistas. De certa maneira, a idéia de esquerda e direita vai sempre existir, mas a esquerda não será mais um bem absoluto e a direita deixou de ser o mal absoluto.
O tema da legalização das drogas ainda é importante para o senhor?
– Continuo trabalhando em torno de uma política de drogas. Mas a situação é tal no Brasil que esse tema não tem tido o destaque que deveria. Para se defender, a tropa de choque do Severino usou isso contra mim, dizendo que eu não podia falar do Severino porque propunha a legalização e Severino insinuou que eu não era macho. Como Cazuza disse, me chamam de veado e maconheiro e assim podem roubar melhor nosso dinheiro.
Qual sua relação com o PV?
– Entrei no PV de novo porque eles estavam precisando de mais um deputado para ter direito a uma série de coisas e sou um deputado verde independente do partido. Mas é um partido formado por pessoas que não querem confronto. O PV no Brasil não tem nenhuma capacidade de influenciar na realidade porque está completamente destituido de substância teórica. Não existe partido político se você não tem pessoas capazes de pensar o programa, aplicá-lo na realidade e reinventá-lo quando a realidade muda. O PV não tem essa massa crítica. Temos de desejar a implosão do sistema partidário para que possamos reorganizá-lo.
Como assim?
– Fazer uma implosão para que novos partidos se formem e novas afinidades se afirmem. Esse processo é permanente, esses partidos estavam diante de uma época que acabou. Qual a pessoa inteligente hoje que entra em partido? É muito raro.

terça-feira, 6 de setembro de 2005

 

ARMADO O PALANQUE DA MORALIDADE

Poucas vezes a nação brasileira conseguiu indignar-se como agora. Percebe-se que apesar de ainda em curso, as apurações de irregularidades promovidas a partir do Congresso Nacional, repercutem como fator indutor que seduz organizações governamentais e não governamentais a promoverem ações com vista a varrer o país da corrução. Não que esses organismos estivessem de braços cruzados, mas porque as amarras que impediam a mobilidade e eficiência de suas ações se arrebentaram . Soltaram-se e deram margens de manobras para uma ação mais eficaz em benefício da moralidade pública. Ressalte-se nesta direção o trabalho da Imprensa, do Poder Judiciário, da Polícia Federal, da Controladoria Geral da União, dos Ministérios Público Federal e Estaduais, de instituições religiosas e de entidades sociais classistas, entre tantos outros . Pode-se afirmar, confiantemente, que devido ao exercício de cidadania e de profissionalismo sério, coporificaram-se nessa causa patriótica e estão abastecendo de combustível especial a grande "tsuname do bem" que irá devastar os corruptos que dominam os setores público e privado, mentindo e roubando a Nação brasileira. Está claro que em pouco tempo, o Brasil vai apresentar ao mundo a maior lição de patriotismo democrático e inteligência política. Nota-se que está declarada uma revolução política com nítidos contornos eleitorais para o próximo pleito, sem precedentes em toda história política brasileira. Será, sem dúvidas, espelhada nos fatos correntes, com correção de rumos ditados pelas armas da indignação, convertidas e sufragadas nas urnas através do voto. Sem declaração desse objetivo, mas detonando esse inevitável resultado, serão os organismos e instituições públicas e privadas envolvidas na defragada campanha contra a corrupção que irão ditar as regras do jogo, com a credibilidade de quem adquiriu simpatia popular e conquistou respeito pelo magnífico trabalho em execução. O que ocorre na Paraíba não é diferente do que assistimos em todos os estados brasileiros. Desta vez, surgirão novos quadros políticos redesenhados dentro de novos padrões. Não vão ser engendrados de cima pra baixo, pelos partidos corrompidos ou pelos políticos enganadores, mas, como já está ocorrendo, de baixo para cima, do fórum das discussões profícuas, que produz a indução solidária da reativação da moral e dos bons costumes. A notícia abaixo, veiculada no Jornal da Paraíba (Luíz Tôrres) é um fato histórico que as gerações futuras apreciarão com sentimento de reconhecimento e gratidão aos heróis brasileiros que estão ofertando este trabalho, até com risco de vida, para tornar este País melhor. São verdadeiros heróis de uma Revolução já vitoriosa, à vista de todos. Quem viver verá ...

Paraíba perde R$ 464 milhões por ano com desvio de verbas públicas

A Paraíba perde R$ 464 milhões por ano com desvio de verbas públicas, de acordo com estimativas divulgadas ontem pelo chefe da Procuradoria da República no Estado, procurador Fábio George. O valor equivale a aproximadamente 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, que chegou, em 2002, a pouco mais de R$ 11,6 bilhões, conforme dados do IBGE. Boa parte do dinheiro, segundo o procurador, deveria ser destinado a programas sociais, mas desaparecem nas mãos de gestores corruptos. Ontem pela manhã, junto com representantes da Controladoria-Geral da União e da OAB, ele esteve na sede da TV Cabo Branco para anunciar o lançamento de campanha contra corrupção na Paraíba. "Sem o apoio da mídia, não conseguiremos alcançar a amplitude das nossas ações", destacou Fábio George. No Brasil inteiro, disse o procurador, a estimativa aponta para um desvio anual de R$ 70 bilhões. Um valor que poderia aumentar em dez vezes, por exemplo, o poder de programas assistencialistas como o Bolsa Família. Para Fábio George, que representa o Ministério Público Federal no Fórum Paraibano de Combate à Corrupção, 'quanto mais pobre o Estado, maior o impacto da corrupção'. Ontem pela manhã, o procurador foi recebido pelo superintendente das TVs Cabo Branco, Guilherme Lima, e pelo empresário José Carlos da Silva Júnior, de quem recebeu total apoio para campanha de combate à corrupção, que será lançada nesta quarta-feira, dia 7, em todo o Estado. Além dele, estiveram presentes à reunião, o chefe da Controladoria-Geral da União na Paraíba, Alberto Silva, o presidente da Comissão contra Corrupção da OAB-PB, advogado João Ricardo Coelho, e Alexandre Guedes, representante dos movimentos sociais no Fórum Paraibano de Combate à Corrupção. Eles pretendem divulgar um vídeo sobre o tema, além de distribuir panfletos e cartazes, destacando a importância da participação popular no combate à corrupção. Composto por quase 30 órgãos, o fórum espera sensibilizar a sociedade para intensificar a fiscalização da aplicação dos recursos públicos na Paraíba. “Vamos dar todo apoio à campanha porque ela é um projeto de grande utilidade pública", destacou Guilherme Lima. Para o empresário José Carlos da Silva, há uma reação da sociedade contra a corrupção, especialmente em função dos escândalos que estão abalando o País.
Disque-corrupção será lançado amanhã Nesta quarta-feira, junto com o lançamento da campa-nha, o fórum pretende lançar um disque-denúncia para atender ligações de todo o Estado. O número 127 passará a funcionar a partir de amanhã. A idéia é canalizar todas as denúncias que os órgãos fiscali-zadores do dinheiro público na Paraíba recebem diariamente. O procurador Fábio George informou que, nos últimos três meses, o Ministério Público Federal recebeu cem denúncias de corrupção. Oitenta municípios são alvo de ações movidas pelo MPF. “Há um dado que revela que se pudéssemos reduzir em 10% a corrupção no Brasil, conseguiríamos, em 25 anos, aumentar em 50% a renda per capita do brasileiro", declarou o procurador. Além disso, será lançado um portal na internet. O grupo pretende ainda distribuir panfletos e cartazes sobre o tema. Para Alberto Silva, chefe da CGU na Paraíba, o Fórum de Combate à Corrupção é importante porque vai agilizar as ações contra agentes acusados de desviar verbas públicas. Na semana passada, 15 órgãos, entre eles o Tribunal de Contas da União, a Polícia Federal, o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público estadual, assinaram termo de cooperação para facilitar a troca de informações. 'Estamos empenhados em acelerar as ações para desestimular os atos ilícitos", destacou. O fórum pretende ainda criar uma ONG contra a corrupção. (LT)

domingo, 4 de setembro de 2005

 

PAULO SOUTO E FLÁVIO PICCOLI


Envolvidos no Superfaturamento da BR-230

MPF recorre ao STF para indisponibilizar os bens
Entre as pessoas físicas que foram acionadas na Justiça está o ex-secretário Flávio Piccoli
Os Ministérios Públicos Federal e Estadual interpuseram Recursos Especial e Extra-ordinário, dirigidos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), respectivamente, com objetivo de reformar o Acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça da Paraíba, através da 3ª Câmara Cível, que decidiu pela não manutenção da indisponibilidade dos bens e da quebra dos sigilos bancário e fiscal das pessoas físicas e jurídicas que foram acionadas na Justiça face ao superfaturamento detectado na duplicação da Rodovia BR 230, no trecho localizado entre os municípios de João Pessoa e Campina Grande. Em decisão de primeiro grau, proferida em 29 e abril de 2004, havia sido determinada, pela Vara da Fazenda Pública de João Pessoa, a indisponibilidade dos bens e das contas bancárias dos envolvidos na irregularidade, como também a quebra dos seus sigilos bancário e fiscal. Entretanto os réus conseguiram, através de recurso de Agravo de Instrumento dirigido ao Tribunal de Justiça (TJ), reverter a referida decisão. O TJ entendeu que não deveria prevalecer a decisão da Vara da Fazenda Pública, compreendendo que não existia risco dos réus dilapidarem o patrimônio para fugir da responsabilidade de ressarcimento ao erário.
E MAIS
O Ministério Público Federal e Estadual argumentam, nos recursos ora interpostos, que nos termos da Lei 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa), uma vez detectada a ocorrência de atos de improbidade é necessário o uso de todos os mecanismos legais existentes para o resguardo do interesse público e da moralidade administrativa, bem como para que se assegure, de forma cabal, o ressarcimento dos prejuízos sofridos pelo erário. A Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa, que tramita na 6ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de João Pessoa, foi proposta pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal, através do promotor Ádrio Nobre Leite e do procurador da República Fábio George, em desfavor do ex-secretário de Infra-estrutura do Estado da Paraíba, Flávio Luiz Piccoli, do ex-superintendente do DER/PB, Paulo José de Souto, e da empresa Via Dragados S/A (antiga Via Engenharia S/A), representada pelo sócio José Celso Valadares Gontijo. A ação pede o ressarcimento aos cofres públicos paraibanos dos valores referentes ao superfaturamento constatado na execução da obra, bem como a aplicação das sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa.

sábado, 3 de setembro de 2005

 

PREPARANDO AMBIENTE

Redação do Jornal da Paraíba
Laudo dos peritos da PF sobre obras de Cícero sai em 30 dias
DA REDAÇÃO O relatório final do resultado das inspeções feitas por peritos da Polícia Federal em obras públicas investigadas pela Operação Confraria em João Pessoa sairá em 30 dias. A garantia foi dada ontem ao delegado regional da PF na Paraíba, Gustavo Gominho, pelos próprios peritos, que deixaram a capital após um mês de inspeções. Os peritos levaram todo o material coletado para fazer as análises em Brasília, no Instituto Nacional de Criminalística. O objetivo é verificar a qualidade do material aplicado na obra e a eficiência da execução dos projetos. Gominho disse que os laudos dos peritos são extremamente importantes para a conclusão da Operação Con-fraria, que apura suposto esquema de fraudes em licitações e desvio de verbas públicas na capital. “São os peritos que vão dizer se as obras foram feitas como previam os contratos, comprovando ou não os indícios de superfaturamento e de desvio de verbas”, justificou o delegado. Os peritos analisaram mais de dez obras na capital. Entre elas, obras de esgotamento sanitário no Bessa, a calçadinha da Praia do Cabo Branco e ainda o viaduto do Cristo Redentor, incluído em outro inquérito coordenado pela Polícia Federal. A Operação Confraria já indiciou vinte pessoas.

 

PAULO SOUTO E PICCOLE NA BARRA DOS TRIBUNAIS

LÍVIA KAROL ARAÚJO d0 Jornal da Paraíba
Ministério Público pede ao STF e STJ quebra de sigilos de Piccoli e Souto.
Os Ministérios Públicos Federal e Estadual estão pedindo ao Supremo Tribunal Federal e ao Superior Tribunal de Justiça a quebra de sigilos bancário e fiscal da Construtora Via Dragados, do ex-diretor do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER), Paulo Souto, e de Flávio Piccoli, ex-secretário de Infra-Estrutura no governo de José Maranhão. Os três respondem a uma ação civil pública por superfaturamento das obras de duplicação da BR- 230, no trecho que liga João Pessoa a Campina Grande. O recurso especial e extraordinário impetrado pelo MP ainda quer que seja decretada a indisponibilidade dos bens dos réus. Em abril do ano passado, a 6ª Vara da Fazenda Pública da capital julgou uma ação civil pública de improbidade administrativa interposta pelo MPF e pelo MPE e determinou a indisponibilidade dos bens e das contas bancárias dos três envolvidos na irregularidade, como também a quebra de sigilo. A ação pedia a devolução dos valores referentes ao superfaturamento, que seria de R$ 8 milhões. Através de um agravo de instrumento impetrado no Tribunal de Justiça, os réus conseguiram reverter a decisão. Segundo informações da Procuradoria Geral da República na Paraíba, o Tribunal de Justiça, na época, entendeu que não deveria prevalecer a decisão da Vara da Fazenda Pública porque “não existiriam riscos dos réus dilapidarem o patrimônio para fugir da responsabilidade de ressarcimento ao erário”. O argumento do MPF e do MPE para buscar as instâncias máximas da Justiça foi de que a Lei da Improbidade Administrativa diz que uma vez detectados atos de improbidade é necessário utilizar todos os mecanismos legais existentes para o resguardo do interesse público e da moralidade administrativa, como também para assegurar o ressarcimento dos prejuízos sofridos aos cofres públicos. O Tribunal de Contas da União investigou denúncias de superfaturamento nas obras de duplicação da BR-230 e constatou um sobrepreço de aproximadamente R$ 8 milhões. A obra foi orçada em quase R$ 93 milhões e foi construída com verbas federais e estaduais. Na investigação do TCU, o órgão teria encontrado superfaturamento nos serviços de terraplenagem e a utilização de um equipamento inviável para a região onde a obra seria realizada. Paulo Souto, ex-diretor do DER, disse que até o começo da noite de ontem não tinha sido cientificado sobre a ação. “Este é um assunto que não me preocupa porque não houve superfaturamento e nem danos ao erário”, explicou. Ele ainda ressaltou que não teria pago o valor que está sendo questionado pelo MPF e MPE. Segundo Paulo Souto, esses recursos estariam em uma conta bloqueada à disposição do Tribunal de Justiça.

quinta-feira, 1 de setembro de 2005

 

DECISÃO UNÂNIME POR CASSAÇÃO DE JEFFERSON DESARMA PLENÁRIO

Conforme previmos em comentário sobre as declarações de Frei Betto, em artigo aquí republicado, a Câmara dos Deputados deu partida as previsões expostas naquele comentário. Vamos aguardar os próximos passos, se seu "Severino" deixar. Mesmo sendo a votação secreta sujeita a toda " influência" do Deputado Roberto Jefferson, junto aos seus pares, vai ser difícil para ele escapar da penalidade máxima. Isto pelo o risco de haver desdobramentos imprevisíveis, visto as investigações continuarem. Serão inevitáveis novas informações da imprensa ou mesmo advindas direta ou indiretamente do próprio Jefferson ou dos outros parlamentares processados. A unanimidade da Comissão de Ética, pedindo a cassação dele e de outros Deputados investigados desarmou qualquer artifício de defesa do plenário, para abrandar a pena solicitada. A sinalização dada com a votação unanime pela cassação, deixou à Casa sem condições de tergiversar sobre o julgamento. Absolver esta primeira leva de corrutos será uma declaração de conivência, que resultará num comprometimento de graves consequencias para os congressistas. Todos estão conscientes disso. Haja visto que Jefferson disse em todos os seus depoimentos, que não ia entregar ninguém e, por outro lado, também, não foi descoberta a origem da dinheirama . Desse modo, a absolvição soa aos ouvidos dos deputados como se fosse um suicídio coletivo.

DA COMISSÃO DE ÉTICA PARA O PLENÁRIO
Por unanimidade, o Conselho de Ética da Câmara aprovou o pedido de cassação do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). Os 14 integrantes da comissão acataram com ressalvas o relatório do deputado Jairo Carneiro (PFL-BA), que sugeriu a pena máxima para Jefferson. O ex-líder do PTB é acusado de cometer crime eleitoral, por ter recebido R$ 4 milhões do PT sem ter registrado a doação na Justiça Eleitoral; crime de tráfico de influência, porque fez indicações políticas para estatais com objetivo de arrecadar dinheiro para o PTB, e de ter feito denúncias sobre o mensalão sem ter apresentado provas, o que comprometeu a imagem da Câmara como um todo.
O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), disse que se surpreendeu com o resultado unânime, mas preferiu não comentar se essa votação pela perda de mandato de Jefferson poderá ser repetida no Plenário da Câmara.
Por discordar do relator e reivindicarem um pedido para adiar a votação, os advogados de defesa de Roberto Jefferson se retiraram do plenário do Conselho de Ética. O deputado José Militão (PTB-MG) foi nomeado de última hora para defender Jefferson, mas quem fez de tudo para invalidar o processo foi um outro aliado do ex-presidente nacional do PTB, deputado Nelson Marquezelli (SP). Ao comentar o resultado da votação, Marquezelli disse que Jefferson não deverá ser cassado, porque a votação no Plenário será por voto secreto e lá Jefferson tem muitos aliados.
O pedido de cassação será encaminhado agora para a direção da Câmara. Caberá ao presidente, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), definir a data em que o Plenário vai apreciar o pedido de cassação. Os integrantes do Conselho acreditam que isso ocorrerá na segunda semana de setembro.

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